quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sobre o amparo divino

Recebi um e-mail com uma mensagem sobre a providência divina. Vou reproduzi-lo, mas sempre essas coisas são mal interpretadas por que se perde o foco da realidade.
O Texto é o seguinte:

Após um acidente de avião, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo e ter se agarrado a parte dos destroços para poder ficar boiando.
Este único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitada e fora de qualquer rota de navegação.
Com muita dificuldade e restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol, da chuva, de animais, e para guardar seus poucos pertences. Novamente agradeceu.
Nos dias seguintes a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia.
No entanto um dia quando voltava da busca por alimentos já de noite, ele encontrou o seu abrigo em chamas, envolto em altas nuvens de fumaça. Terrivelmente desesperado ele se revoltou.
Gritava chorando:
”O pior aconteceu! Perdi tudo! Deus, por que fizestes isso comigo?”
Chorou tanto, que adormeceu, profundamente cansado. No dia seguinte bem cedo, foi despertado pelo som de um navio que se aproximava.
Viemos resgatá-lo”-disseram.
“Como souberam que eu estava aqui?”-perguntou ele.
“Nós vimos o seu sinal de fumaça!”
É comum sentirmo-nos desencorajados  e até desesperados quando as coisas vão mal. Mas Deus  age em nosso benefício, mesmo nos momentos de dor e sofrimento.

Bom, sendo realista, se estamos em uma ilha sem que a rota marítima seja uma rota natural ao trafego naval, dificilmente o que o texto mostra será realizado. Mas pode ocorrer.
A questão é apenas o objetivo de sua vida.
Vejamos. Quais as possibilidades de se estar em uma ilha deserta sem comunicação e sem rota marítima? Pequena, mas se isso acontecer, qual seria a situação aceitável de se realizar?
Trabalhar para sobreviver. Quer dizer transformar aquele deserto humano em lar, se ocupando para continuar com o bom senso intacto e procurando se alimentar o melhor possível.
Digamos que um tempo depois, apareçam náufragos que o ajudaram a povoar a ilha, formando um núcleo habitacional com vida própria e assim um novo meio de cultura e desenvolvimento do globo.
Pode acontecer o mesmo que o Tom Hanks, que foi obrigado a se lançar ao mar e por sorte ou pela mão divina o colocou dentro da rota de navios, ou acontecer o que a história fala.
Quando chegamos aqui já temos um “destino” definido. Esse caminho visa proporcionar um novo entendimento da vida, pois muito do que trazemos em nosso inconsciente esta ultrapassado pelo desenvolvimento terreno atual. Assim somos mandados para cá para uma oportunidade de alterarmos os nossos instintos em um caminho mais construtivo e menos arcaico em relação ao nosso troglodita interior. Como somos seres que reencarnamos, já que um troglodita saberia da pedra como ferramenta, mas nunca do Cobre na produção de espadas, ou antimônio em uma liga para carburador, seria fadado a ser um troglodita eternamente, se sua alma vivesse a eternidade ou reencarnaria para acompanhar o conhecimento terreno de tempos em tempos para assim ir se aperfeiçoando enquanto a Terra também se aperfeiçoa. Creio que a reencarnação seja algo mais lógico que uma ignorância eterna.
Se formos colocados nesta ilha temos algo a aprender ou construir, ao terminarmos ou descobrimos o que temos que aprender o fato cessa e somos salvos ou recuperados pela vida para seguirmos o nosso desenvolvimento em um lugar que nos possibilite novas experiências e oportunidades de compreensão de nosso mundo interior.
Assim aquilo que aparenta ser um sofrimento, nada mais é que a oportunidade de desenvolvermos um novo caminho em nossa atitude mental. E só superaremos a dificuldade no momento que com amor aceitarmos o que o destino nos reservou.