quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Outra questão entre religião e ciência são as imagens que ambas fazem de Deus como o criador do universo.
A ciência propõem o Caos como o responsável pelo surgimentos dos mundos e da vida, onde o Big Bang dá inicio a toda a formação de tudo que existe no universo ou espaço.
O que é interessante é que tudo se transforma com regras, leis e normas, tudo ocorre de forma organizada e determinada. 
Os animais se adaptam aos ambientes como a vegetação e é incrível como uma planta que não tenha a capacidade de se auto fecundar consegue gerar diversificações para esperar o surgimento de um pássaro ou mesmo da abelha para garantir que sua espécie se procrie e inunde uma área com seus descendentes. Isso ao meu ver requer um planejamento, já que a abelha poderia ter surgido do outro lado do mundo que estava a planta.
Algumas espécies de plantas necessitam dos animais para que se espalhe suas sementes pela ingestão dos frutos ou da abelha ou outros insetos como borboletas para que possam fecundar as suas flores e assim diversificar a sua carga genética. 
De uma forma não tão precisa temos uma fecundação com mutação que gera problema. O que de uma forma geral são raras, já que existem inúmeras pessoas vivas ao invés de bebes mortos ao nascer, ou com muito pouco tempo de vida. Apesar da nossa fragilidade em relação aos animais que morrem principalmente pela predação de outros, pois são alimentos, nós somos mais assaltados por condições insalubres do que por mutações genicas que nos levam ao óbito.
Isso demonstra um equilíbrio muito grande entre a vida e o óbito, estando a vida com muitos pontos a favor, pelo sistema de auto preservação que a máquina química corporal provê.
Com isso podemos concluir que o Caos é muito inteligente prevendo tudo isso e produzindo regras com tal eficiência que consegue manter a vida ativa em um planeta agressivo. 
Pessoalmente não consigo crer em um processo tão eficiente, sem que ocorra um inteligência que controle todas essas leis para permitir que a fragilidade da máquina química sobreviva em um planeta violento e agressivo como o nosso.
Assim a ciência consagra o Caos o Acaso como uma inteligência suprema sendo a grande provedora do mundo. 
Já a religião faz exatamente o oposto com os dogmas e as interpretações de textos conforme a conveniência e desejo da população.
Deus não usa de magia, pois ela de uma forma geral não existe. Se ela existisse, mágico não se negaria a desvendar o segredo de seus truques, pois seriam reais e ele ao invés de fazer um espetaculo estaria dando aula sobre o assunto.
Assim Deus não tira Jesus da cruz, que foi um grande profeta que seguiu as leis e divulgou-as e permitiu que fosse crucificado para mostrar que existem leis que regem o universo e que mesmo ele não vai altera o curso da vida para beneficiar alguém merecedor como Jesus, pois antes de seu nascimento isso já estava definido ou determinado. Isso fica um pouco nebuloso pois faltam ainda elementos que permitam explicar isso que complementarei mais a frente.
Assim Deus não te retirará do abismo, mas mandará alguém para ajuda-lo a sair do abismo. A ajuda Divina não é mágica como a vendem, mas ela age pelas leis que existem e estão ai para serem descobertas pela ciência. Assim a religião vende um Deus mágico, parcial e injusto que revolta tanta gente, como recentemente tivemos no congresso nacional a desfaçatez da absolvição de congressistas. Isso é responsabilidade do homem e não de Deus, as leis dele funcionam, mas elas agem nos momentos adequados que permitirá ao infrator compreender seus erros e se reformar. Como Deus ama seus filhos ele quer que eles cresçam e se desenvolvam com sucesso, sem exceção.  O que Ele deseja é que esse filho aprenda com o erro e assim migre para o caminho correto e do equilíbrio.
Então temos a religião elegendo um Deus que é um Caos e a ciência elegendo um Caos que é um Deus.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Um outro ponto é Deus.
Um ser supremo que tomou várias formas ao longo das gerações humanas. Existe uma livro chamado "Uma história de Deus" de Karen Armstrong que descreve o histórico de como Deus foi interpretado ao longo dos séculos e se denota que conforme a nossa compreensão das coisas terrenas se ampliavam, melhores eram as qualificações incorporadas a Deus.
A pergunta é:
Eu, como humano, na minha condição atual, tenho a capacidade de compreender Deus em sua plenitude?
Seria muita soberba dizer que sim.
Na verdade acredito que não exista ninguém na terra que possa. Posso atribuir qualidades a Deus, mas não posso compreende-lo em sua plenitude, não por ele, mas por mim, pois sei que sou um ser limitado e assim necessito caminhar muito para poder compreende-lo totalmente.
Outra coisa é Deus descer de seu pedestal e vir se comunicar com um mortal para lhe transmitir ordens ou leis. Imagine se o presidente da General Motors saísse de Detroit e viesse a São Caetano do Sul ajudar o auxiliar de montagem a apertar parafuso, ou ensina-lo.
Deus mandou um emissário, ou melhor Cristo mandou um emissário ou o diretor terreno mandou um emissário em seu nome. Como os Judeus não crêem em Jesus e os muçulmano vem Cristo como mais um profeta, seria muita pretensão afirmar que seria Cristo esse diretor. Evidentemente o messias judaico seria o diretor.
Deus é o Senhor do Universo, não apenas da Terra. Assim ele é o grande provedor de tudo que há ou existe. Desta forma necessita de espíritos capazes de auxilia-lo na condução de tudo.
Deus é capaz de fazer tudo? Sim. Então para que ele precisa de auxiliares para executar o seu projeto?
Realmente ele pode realizar todas as tarefas, mas então por que ele daria o livre arbítrio ao homem que lhe permite tomar decisões e se responsabilizar por elas, para depois coloca-lo de lado sem nenhuma função, para que ele viva ociosamente pelo espaço, sem realizar nada ou aprender nada.
Para que se tenha uma noção do que é isso, basta pensar que quando tiramos 30 dias de férias no vigésimo, ou vigésimo primeiro já esta nos dando uma insatisfação por não estarmos fazendo nada, apenas deitado em berço esplêndido.
A idéia de um paraíso de ociosidade foi dada por que antes o homem tinha um trabalho braçal extenuante onde se começava ao alvorecer e só terminava ao entardecer e sem férias. Assim pensar em um paraíso de paz e descanso eterno era tudo que se pedia a Deus. Desta forma estou afirmando que após a morte continuamos a trabalhar e aprender.
Se Deus quisesse o homem ocioso não lhe colocaria em um planeta que tem por natureza o trabalho para a necessidade de sobrevivência, tanto para o homem como para os animais.
Mas como ele poderia controlar todos? Por leis. Como existem as leis físicas que atuam sobre a matéria existem leis psicológicas(?) ou sociais(?) ou um outro termo mais abrangente que atue sobre o espírito permitindo que ele marque ou qualifique o espírito pela sua atuação terrena e espacial. Isso quer dizer que o ser humano é medido pelo que é e não pelo que está ou foi.
Os povos antigos tinham oráculos, quiromancias, astrologias, numerologias, runas e outras que possibilitassem ao homem compreender essas leis e a diagnostica-las ou defini-las. Talvez o erro tenha sido enfoca-la no interesse humano e não como leis que regem a vida intelectual do planeta ou do universo. Um ponto de vista distinto poderá trazer uma nova compreensão das ciências psicológicas e pedagógicas como também da sociais.


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Abri este blog com o objetivo de falar sobre religião. Estudo o assunto desde 1979, mas por mais que se estude ainda sempre faltará dados para que se aprofunde sobre o assunto. A minha visão é distinta do que se diz por ai. Não me baseio de uma forma objetiva sobre os profetas bíblicos, mas sobre a realidade humana.
Faço um comparativo entre a religião e a ciência e logicamente uso a meditação budista para compreender melhor o que somos.
A pergunta básica é;
O que estamos fazendo aqui?
Com toda a objetividade a ciência não nos dá alternativas, pois como se baseia na prova e até o momento ela não conseguiu provar a existência do espírito ou alma, não temos objetivo com essa vida. Isso assusta, mas é real. Uma visão materialista da coisa nos faz descrer em um futuro, assim para que ser bom ou não arriscar a vida em um assalto ou em traficar drogas, ela não tem sentido mesmos. Assim a religião pela ciência é vista como um mal necessário. Onde temos meios de controlar parte da população (sua grande maioria) e nós os espertos usarmos como escravos neocolonizados. Essa seria a revolta de Marx. Onde institui o marxismo visivelmente impondo o novo testamento como meta a ser alcançada. São dois contra senso. Um condenando a religião e Deus, pela sua não existência, o outro tentando promover a felicidade evangélica entre os homens.
Alguns experimentos visão a demonstrar a existência do espírito ou alma.
Uma delas que vejo com boas possibilidades de realmente conseguir cumprir o objetivo é o esquema de pessoas que tem a capacidade de sair do corpo ser colocada em um quarto sem ninguém e em outro local ter um grupo de pessoas. O Objetivo será que o rapaz do quarto possa migrar em espírito até o outro quarto e assim descrever o que as pessoas estão fazendo ou falando após sua retomada ao corpo em sua solidão.
Essa idéia surgiu no caso de um paciente que teve uma suposta morte e pode descrever algo que ocorria do outro lado da sala, pois estavam falando dele, apesar de não ter a visão do quarto, pois haviam tapumes que o separavam do ambiente do quarto.
Existem variadas provas sobre existência do espírito, mas nenhuma contundente. Assim ainda estamos ligados a atos de fé. Do, "eu creio".
Com essas informações podemos deixar um pouco o empirismo e aceitarmos como verdadeiro a usa existência. Mas ainda é uma coisa individual. Vale pela experiência de cada um.
Eu pessoalmente acho viável essa existência. Principalmente por que evoluímos, o que alguns cientistas não crêem. Existe uma evolução tecnológica e cada vez mais estamos vencendo barreiras técnicas significantes. A evolução que a ciência não crê acontecer é a psicológica, ou social. ainda vivemos em guerra, os interesses econômicos suplantam em muito qualquer interesse humano. Ainda há de longe muitos que aqui vivem sem instrução seja a formal ou a social, que crêem na violência como meio de criar um diferencial para se projetar socialmente, muitos ainda se drogam, mesmo que seja ainda de drogas licitas, limitando suas ações mentais com plenitude.
Mas no final do século XIX tivemos algumas mudanças significantes para melhor compreendermos o homem e sua motivação mental.
Tivemos a Evolução da espécies de Darwin, que muda o conceito de uma mágica no surgimento do homem e nos coloca no mesmo patamar que os animais, inibindo assim a nossa arrogância como seres superiores, mas com maior liberdade em se adaptar em ambientes diversos.
Tivemos Freud com sua psicanálise que permitiu uma mudança significante nos conceitos repressivos da religião. Além dessa relação de compreensão do homem temos o surgimento da Administração detalhada por Taylor. Apesar de ser uma coisa mecânica, pois define a linha de montagem que o grande triunfo de Ford foi ter implementado as regras de Taylor em usa fábrica. Definiu um trabalho produtivo ao homem e um grau de interesse maior em sua compreensão. Isso levou a compreender o homem como produtor trabalhador e assim regras ou sistemas mais maleáveis que permitem uma melhor integração do individuo ao sistema produtivo sem que um comprometimento efetivo do ser humano como um mero número dentro de uma fábrica ou sistema. Mas ainda a ganância comanda esse ritmo.
Algumas dessas ciências tem pouco mais de 100 anos um tempo muito curto ainda para se compreender até onde poderemos chegar com elas. Assim fico do lado da evolução, mesmo que mínima do lado social do homem.
Gostaria ainda de falar sobre algo que mencionei aqui. A ganância. qual a diferença dela com a ambição. Na verdade o texto define o valor da palavra, mas vamos analisar um pouco.
Vejamos essa fazer:
Eu ambiciono fazer um curso de aperfeiçoamento intelectual. Tentar usar o termo ganância aqui se tornaria difícil pois creio que não existe o verbo gananciar. Mas existe, ao menos o Aurélio o conjuga. Nós não nos valemos dele para a afirmação acima, pois a palavra ganância tem um função específica exceder o limite do razoável. Isso é cultural. Assim gostaria apenas colocar a ambição como algo dentro do desejável. Poderia colocar na frase acima a palavra desejo. que não teria um sentido pejorativo com a execução do curso. Mas se eu falar:
Eu ganâncio fazer um curso de aperfeiçoamento intelectual. Fica como algo que gostaria de fazer muito além da minha capacidade ou poder ou ainda ético de realizar.
Assim quando falamos e citamos palavras elas carregam em seu bojo um significado peculiar definido pela nossa cultura e experiência, assim interpretar o texto com acuidade é importante para que se compreenda com proficuidade a mensagem que esta sendo lida.