sexta-feira, 7 de maio de 2010

Sofrer faz parte da vida.

Isso não quer dizer que devemos nos atirar incólumes à dor.
As dificuldades fazem parte da vida. Sofremos por que temos conceitos arraigados em nossa personalidade contrários ao realismo da vida, onde em outros momentos(vidas passadas) eram um meio apropriado para se sobreviver, pelas dificuldades serem muito superiores que as de hoje. Como deu certo fazemos daquilo regras imutáveis, quando na verdade são apenas momentâneas.
Assim temos que olha-las de frente e analisa-las com frieza e lógica para assim podermos nos libertar da amarra que criamos.
As religiões surgiram em épocas distintas, mas cada uma traz uma inovação ou uma característica distinta permitindo que todas acabem se complementando.
Todas as religiões são interpretativas. Por que isso acontece? Porque não temos o contato consciente do outro lado.(temos esse contato, mas como são em sonhos poucos conhecem ter consciência do que deslumbramos, além da interferência do dia a dia e dos nossos sentimentos contraditórios)
Assim as religiões tentam dar respaldo a essa parte de nossas vidas que fica um tanto quanto obscurecida pela nossa falta de consciência do "id".
Para que se tenha maior precisão nas afirmativas ou interpretações bíblicas e de outros textos o ideal é ler os livros técnicos kardecistas, André Luiz e Emanuel. Isso mostrará o outro lado. 
Já a questão de interpretações da suas amarras a meditação budista ou o yoga hindu seriam uma forma de se permitir compreender melhor a si próprio. Mas isso deixa as conclusões soltas e nem sempre temos uma conclusão prospera ou muito evoluída se mostrando própria para um mundo onde o bem impere.
Então isso é balizado pelas religiões Judaica-Cristã-Islâmica. Pois elas permitiram compreender se a conclusão é a melhor possível ou devemos continuar galgando o caminho do autoconhecimento.
Esse processo é como encontrarmos no caminho inúmeros entulhos que tolhem a nossa passagem, o que normalmente fazemos é pularmos ou empurrarmos para o lado, mas eles não deixam de existir. Continuam no caminho. O que proponho é recicla-los. Só assim deixam de existir. Para isso temos que mudar hábitos e comportamentos, pois muito são condicionamentos e hábitos se destroem por mudanças de hábitos.

sábado, 10 de abril de 2010

Coisas mal compreendidas

Estava assistindo um filme e a garota esta se confessando a um padre e diz que teve pensamentos libidinosos com o jardineiro.
Como até hoje apenas fomos informados que isso é pecado, ninguém procurou saber por que seria pecado desejar um ser do sexo oposto, já que essa é a nossa garantia de continuidade da espécie.
Sexo esta ligado ao poder, o instinto de supremacia, subjugação do outro. Mostrar quem manda. Assim ele em seu primitivismo é isso. No homem essas premissas estão disposta assim, já na mulher é o poder de seduzir, de excitar, de subjugar o "Hércules" à sua vontade. Quer dizer apesar de um homem poder dominar uma nação a mulher se contenta em dominar o homem que domina a nação. Este é um instinto primário. Não quer dizer que hoje tudo seja assim.
O que a Igreja quis reprimir seria esse sentido primitivo da sexo, assim não há pecado em ter um pensamento libidinoso com o jardineiro ou com a professora. É um fato da vida. Assim não se deve se sentir culpado com o fato.
Partir para os finalmente podem ter seus problemas, com o jardineiro, quais as consequências que poderia ocorrer. Gravidez, por ser uma aluna, o cara poderia ficar no pé e criar problema, uma doença venérea, ser pega no colégio fazendo sexo. Mas poderia ser uma experiência sadia, prazerosa e reconfortante, sem consequências futuras.
Se não usar o sexo para desabafar, agredir, se punir, se vulgarizar ou outro tipo de sentimento mais insano, nada há de anormal fazer sexo sem compromisso. Para isso devemos nos auto conhecer, compreender o que estamos querendo ou procurando. Normalmente os campeões ou campeãs sexuais são pessoas com traumas por terem sido rejeitadas, na família, por um amor ou paixão, por uma incapacidade profissional e isso sempre leva a uma situação de desconforto e dificuldade de relacionamento. 
Não adianta nada se penitenciar por ter cometido um erro sexual, se na verdade não se analisou o assunto sem emoção e com discernimento e bom senso e sem preconceito de machismo bobos ou feminismo afetados. O importante é não ter medo de seus sentimentos ou emoções e tentar compreende-los sem imposições, isso trará condições de conseguir acertar as questões mais importantes da vida e poder ser feliz e ter plenitude nas condições de vida. 

segunda-feira, 5 de abril de 2010

As novas religiões.

Hoje estava ouvindo falarem sobre o Santo Daime. A religião em si não me chamou a atenção, mas o por que ela surgiu sim. Temos ainda outras como a Universal, outras que forma divulgadas apesar de já existirem. A Universal pela sua origem (ser protestante) seria antiga, mas se mostrou um novo foco de uma visão tipicamente renovada. Essas religiões surgiram por que a Católica não pode atender as necessidades religiosa das pessoas.
Ela não se renovou.
A religião Católica é uma fusão entre o Cristianismo e a mitologia greco-romana, pois a mitologia era a religião da época que hoje definimos como xamanismo ou as religiões primitivas. Essa miscigenação era uma necessidade para que o povo pudesse absorver os novos ensinamentos e assim ampliar sua concepção religiosa, não como tema, mas como evolução pessoal. No caso dos Judeus a absorção seria mais fácil pela similaridade de pensamento com o pensamento cristão. Ela foi repudiada pelos interesses que iriam ser derrubados com as novas informações, prejudicando grupos financeiramente que comandavam o país. Ghandi talvez tenha sido o mais cristão dos homens, pois conseguiu grandes trunfos com sua resistência pacifica, que nada mais é do dar a outra face de Jesus. Jesus pregava o não se exaltar pela injustiça ou pela arrogância, mas compreende-la e saber se defender dela sem agredi-la fisicamente, ou verbalmente, mas com inteligência, sabendo recuar quando fosse propício, e avançar quando conveniente. Assim a crucificação não é o coitadinho que lá esta sendo injustiçado, mas um homem convicto da sua verdade, isto é, se ele pregava a não agressão, não haveria sentido ele relutar em ser crucificado. Aceitou o destino, ou a determinação das forças que conspiravam para que ele fosse crucificado, isso para mostrar a nós, provando que o que ele dizia seria possível ser suportado e que seria a coroação de sua luta terrena. 
Todos nós temos nossas lutas e aspirações, podem ser meramente pessoais, ou podem ser diferenciadas na concepção mais universal como ele ou Chico Xavier, ou Ghandi, ou Madre Teresa, ou Buda, ou Maomé, ou Moíses, ou seu Zé da mercearia. Todos temos algo de objetivo para fazermos pelos outros e por nós mesmos. E assim procuramos uma forma de externa-las. Podemos externa-las junto a Umbanda, ou dentro da Universal, ou ainda junto a uma nova religião xamânica como o Santo Daime, já que a Católica não atendeu a nossa necessidade, mas qeu presta serviço para outros se expressarem de forma convicta e realista auxiliando a humanidade. Isso não quer dizer que ela é ruim ou arcaica, mas que não atendeu a necessidade daquele indivíduo. A religião é como uma família que nos orienta e nos ajuda a caminhar no mundo, assim temos que ter uma sintonia com ela como temos com a família. Como os filhos chegam a um momento que devem caminha com suas próprias pernas, cada indivíduo deve procurar o melhor caminho para si, dentre as religiões existentes e assim encontrar a sua família que o amparará. 
Com o fato que acabou ocorrendo com a morte do Glauco e seu filho, na minha visão, para eles foi uma dadiva no sentido de sua vida futura ou vida espiritual, pois se quitaram de um débito passado, permitindo que pudessem se libertar da amarra que manchava seu perispírito e assim estar mais feliz para a próxima reencarnação, seja ela terrena ou em outro orbe habitado.
A dificuldade é uma vertente da vida que nos encaminha ao aperfeiçoamento de nossos condicionamentos passados. O aprendizado nos condiciona formando arcos repetitivos que nos levam a automatizar reações. Estas respostas podem ser ótimas para uma determinada época, ou serem a melhor expressão da verdade da época, mas no Século XXI podem estar muito arcaicas e a amarra do condicionamento nos torna prisioneiro dessa resposta. Assim temos que nos desvencilhar dela, e partirmos para uma nova colocação. Essa é a grande vantagem da criança, tem enorme facilidade em absorver informações novas e torna-las condicionantes saudáveis para a época que vive, alterando esse passado arcaico que ficou nos séculos anteriores. Por isso as novas religiões são um auxilio para que se possa descondicionar as amarras do passado. 

domingo, 21 de março de 2010

Otimismo versus Pessimismo

Inúmeros livros de auto-ajuda e de religião, vivem falando em otimismo, em felicidade e em fé. Mas ninguém esclarece o por que.
Vou tentar falar sobre o assunto, tentando dar o meu parecer, não necessariamente uma cartilha sobre essa verdade, mas que permita que se pense sobre o assunto.
O Otimismo nos leva a ilusão. Interpretamos os fatos que ocorrem conforme a nossa capacidade e interpretação da vida. Isso está errado? Não, mas não se trata da verdade e sim de um dado empírico de interpretação das leis da vida.
O Realismo é uma boa maneira de seguir a vida? Sim, mas trás muito de pessimismo na visão do dia a dia e assim nos tornamos agressivos e inflexíveis em nossas decisões, dificultando o perdão como arma de sobrevivência às intempéries da vida.
Pelo otimismo somos iludidos e assim facilmente enganados pelo alto grau de confiança que externamos ou então somos por demais ríspidos com o realismo para podermos enxergar a necessidade alheia.
O único meio de podermos conviver com os percalços da vida seria um equilíbrio entre os opostos. O que é um tanto quanto difícil de se atingir, por que não temos uma cultura ampla do realismo e não aceitamos as perdas como algo positivo dentro da vida.
A religião nos diz que somos seres espirituais e assim vivemos no espaço ou na região do além, do espírito. A Terra é o caminho do aprendizado, onde aprendemos a compreender as leis divinas que regem o universo. Hoje desvendamos leis que regem a matéria, mas ainda pouco conhecemos das leis que regem a mente e as relações humanas. São ciências novas a Ecologia, o Comportamento animal, a Psicologia, a Psicoterapia, a Sociologia, a Administração e outras ciências que falam sobre o relacionamento humano. Desta forma não podemos esperar maravilhas que ainda não foram descobertas pelo homem apesar delas existirem. Quem nos dá alguma ideia sobre o assunto são as religiões. Mas elas são interpretações assim sua precisão é relativa a quem a compreendeu ou a explicou. Assim o melhor objetivo é estudarmos com desprendimento os livros básicos para podermos interpretarmos pelo nosso discernimento os dizeres bíblicos ou das instruções básicas fornecidas pelos profetas ou seus lideres religiosos, nunca pela interpretação de outros. As experiências que carregamos são aquelas que podem nos fornecer a base para a síntese de nossa compreensão do que somos ou do que podemos ser. 
Por isso a ciência e a religião devem andar de mãos dadas, pois a ciência mostra novas realidades que quando foram interpretadas pela visão religiosa, se chegou ao melhor caminho para a época, tornando-se obsoleta com os avanços científicos. Como é o caso do mundo ser plano, a ilusão da criação e outros descaminhos que foram importantes no inicio de nossa civilização.
Outra coisa que devemos levar em consideração é que como somos espíritos, nossa vida aqui é momentânea, assim o sofrimento e a dor trazem benefícios, que nem sempre entendemos ou podemos ver a sua repercussão dentro de nós. Ao nascermos temos uma preconcepção de vida, que não recordamos, pois o cérebro é novo, assim limpo, mas trazemos essas informações no nosso inconsciente. Por esse motivo Freud definiu a neutralidade da criança. Mas isso não é real  já que quem é pai já descobriu que seu filho, mesmo pequeno, apresenta tendências ou talentos que demonstram um caminho de futuro para a criança.
Assim elas nos momentos adequados de nossa formação vão surgindo e pela nossa liberdade e fé nas realidades que visualizamos vão se aprimorando nas interpretações que já tínhamos e assim as aprimorando. Os problemas estão nas fazes traumáticas onde a dor foi a portadora de nossa atitude. Isto é, elaboramos um preceito baseado na dor do passado e assim se torna imantado de uma verdade dolorosa. Digamos:
Fomos abandonados em uma existência, nos deixando na penúria, onde passamos fome e fomos obrigados a fazer algo que não seria compatível com o nosso desejo de vida. Isso nos causa um trauma, uma dor, um sentimento de repulsa, assim elaboramos uma ideia de estarmos sempre vigilantes quanto ao outro e ao menor sinal de abandono ou rejeição partimos para o ataque, mesmo que seja apenas uma impressão e não uma verdade. Assim praticamos atrocidades em nome de um sofrimento do passado. A dor advinda desse sofrimento é apenas para definir que algo esta errado dentro de nós e necessitamos de um tempo para podermos deixar as magoas antigas partirem e assim tomarmos novas atitudes que nos trarão uma evolução, pois em outras vidas poderemos sofrer a mesma traição sem um abalo emocional desastroso e uma compreensão mais coerente sobre a necessidade da separação, uma coisa feita com mais consciência e harmonia que os dramalhões mexicanos que vemos estampados nas manchetes jornalísticas.
O otimismo é uma ferramenta para que possamos interpretar as dores de forma a ter uma intensidade menor podermos mudar o que é necessário como forma de pensar, o realismo, não nos permite negar o fato ocorrido e assim não criarmos a ilusão de que o fato que gerou a dor não existiu, tendendo a uma solução realista, mas sem se perder na revolta e culpas pelo abrandamento do otimismo. São fatos da vida as dores que nos levaram a compreender melhor a harmonia entre as pessoas, aceitando a felicidade alheia, como também a nossa. É uma nova jornada que se avizinha assim a aceitação permitirá a encontrarmos a oportunidade que esta a nossa frente e que não a enxergávamos, pois víamos embaçado e pela dor momentânea estaremos aptos a observa-la.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Dor e sofrimento

Naturalmente somos condicionados a não desejar a dor por ser um sinal de algo vai mal dentro de nós, no sentido físico. No sentido psicológico a coisa fica um pouco mais complicada definir, apesar de seguir a mesma linha que a dor física.
A autoflagelação não tem muito sentido já que nada se altera com ela de forma racional, apenas nos condiciona a sentir a dor e conviver com ela.
A dor psicológica é um sinal de que devemos mudar algum de nossos hábitos que estão arraigados dentro de nosso modo de agir, por vários anos ou mesmo vários séculos e que não conseguimos perceber na sutileza da vivência as expressões que deveríamos fazer para mudar o pensamento.
Assim a dor se mostra para alterarmos esse padrão de comportamento. O problema é que ela dói profundamente e demora em aliviar. Flui aos poucos para o espaço e purifica o nosso coração, assim nunca a satisfação da vingança fará sanar a dor, pois já nos encontramos maduros para mudarmos o comportamento e assim nunca nos sentiremos satisfeitos mantendo a atitude da vingança ou o rancor como meta de sanarmos nossa dor.
A mudança se faz pelo domínio que possamos ter sobre o nosso egoísmo e nosso orgulho. Normalmente nosso ego ou nosso instinto primitivo nos afronta e proclama a sua verdade ou sua hegemonia sobre a realidade. Queremos mudar a lei ao invés de aceita-la. Qual lei? Da natureza, da realidade, que é também a lei divina. Por não compreende-las, isso não quer dizer que devemos ter a nossa realidade resolvida da melhor maneira para nós, oprimindo ou extinguindo aquilo que nos atrapalha.
Há pouquíssimos séculos atrás acreditávamos que matando um animal selvagem que predador que consumia nossas galinhas ou que pudesse representar um perigo para nossa integridade física ou de quem nós tínhamos o dever de proteger, assim praticávamos a caça predatória para evitar o que não compreendíamos.
Hoje com os estudos sobre comportamento animal e ecossistemas sabemos que podemos dominar o meio ambiente que nos envolve sem depredá-lo ou extirpá-lo como ainda ocorrem nos confins do Pará, mas por puro interesse econômico e o egoísmo de riqueza de seus proprietários.
A natureza se refaz e cobra a sua divida de abuso seja ambiental seja social do inter-relacionamento das pessoas. Assim a luta nunca é com o outro, mas conosco por uma mudança intima significante, para que possamos nos aprimorar para um futuro.
Não é por que não compreendemos ou não conseguimos enxergar a realidade das leis que comandam a nossa natureza divina que devemos deixar que a nossa mente primitiva solucione o caso pela sua arrogância e desejo de ser o macho alfa das relações humanas.