sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Como lidar com essa irrealidade da realidade



           Como entendermos isso?
        A religião não se baseia na vida terrena, mas na vida da liberdade do espírito. Isso quer dizer que como somos espíritos e nosso lar é no espaço, a vida aqui é momentânea e não perpétua como no espaço. Assim a nossa felicidade está em vivermos bem no espaço e não necessariamente aqui.
        Obvio que podemos ter uma felicidade relativa enquanto estamos aqui encarnados, mas essa felicidade está mais ligada à forma de vermos e entendermos a vida que termos bens materiais.
        A necessidade da reencarnação está ligada ao nosso aprendizado das leis divinas. Como Moisés cita, temos um pecado original que nos obriga a sobreviver e assim trata do fruto de nossa visão egoísta de sobrevivência que nos leva aos erros da vida ou da sua interpretação.
        Temos a fome como a necessidade de sobrevivência e assim competimos com outros seres pelo alimento seja da mesma espécie ou de outra. Assim nos sentimos agredidos quando alguém tenta dividir o que conseguimos, ou roubar o que supostamente é nosso. Nós lutamos para continuar vivos e aprendendo nesse mundo agressivo e competitivo.
        Sem o limite da matéria não teríamos condições de compreender como funcionam as leis divinas e dessa forma nosso estágio no mundo terreno nos favorece a compreender como equilibrarmos as leis para podermos ter um ganho objetivo do nosso desejo.
        Por sermos uma espécie com capacidade física limitada temos que compreender as leis para podermos superar essas limitações. Assim temos carros, aviões, telefone, computador e outros bens materiais para podermos superar as nossas deficiências de força e sentidos, nos permitindo dominar o planeta e as outras espécies.
        Sim, a nossa arma é a inteligência e a compreensão da nossa realidade e do mundo que nos envolve.
        Esse fato já nos mostra o que estamos fazendo aqui. Temos que aprender algo e evoluir. Como a Igreja partiu pela interpretação da ressurreição como algo de um nascimento na volta de Jesus e não como reencarnações progressivas que nos dão informações para nosso aperfeiçoamento, nos limitaram essa compreensão, fazendo com que nos tornássemos joguetes nas mãos do Clero e do Estado.
        Por isso a submissão de muitos perante a religião e aquilo que o padre ou pastor falam passa a ser a maior verdade, mesmo que seja para benefício específico do clérigo.
        Assim como não recordamos como é estarmos com as pessoas que nos amam no espaço e tenhamos a real dimensão de Deus quando encarnados, passamos a valorizar a luta da sobrevivência como a maior verdade da vida e assim a grande quantidade de bens materiais sem muita necessidade para uma sobrevivência supostamente mais tranquila, quando ainda acreditamos que a força muscular sendo poupada é a melhor garantia de sobrevivência.
        Mas a religião visa a nossa harmonização para uma vida plena de felicidade no espaço ou em nosso habitat natural. Por isso muita coisa que a religião nos coloca foge da nossa realidade mundana da sobrevivência.
        Como no espaço não temos a necessidade de competir para a sobrevivência, não temos por que lutar por comida se temos uma iluminação apropriada, caso ainda estamos mito presos á Terra, precisamos usar a alimentação dos encarnados para também nos alimentarmos. Por isso algumas religiões, mesmos os primeiros judeus faziam oferendas de carne ou comida.
        Assim para podermos ter uma vida futura mais feliz, pelo nosso grau de evolução devemos estudar seja o mundano ou o divino para podermos compreender como e onde devemos mudar nossa forma de pensar, já que é ela que determina a nossa felicidade na Terra ou nossa derrota da nossa felicidade.
        Não somos culpados de nada, já que ignoramos tudo que está em nosso futuro e em todas as leis que regem o Universo, mas somos sim responsáveis por tudo que fazemos ou desejamos e assim temos que consertar o que fizemos errado, seja pela nossa ignorância ou pelo nosso orgulho. Obviamente a ignorância de uma fato tem um peso menor que o orgulho, pois não queremos dar o braço a torcer quando é o orgulho que nos toma a frente para podermos reconhecer que erramos.
        Por isso Jesus frisa a humildade como um dos caminhos para o nosso aprendizado e reconhecimento de nossos erros e a caridade como a principal ferramenta para podermos compensar todos os erros que fizemos em várias encarnações passadas, pois como Jesus disse, não sairemos daqui enquanto não pagarmos o último centavo de nossa dívida. E o melhor é termos a haver que débitos para levarmos daqui e isso só se consegue com a caridade, seja material, espiritual, ou psicológica. Pois isso nos trará a alegria de termos efetivamente ajudado a quem precisava de ajuda, sem cobrarmos pelo que fizermos ou propagandearmos o que foi realizado. A maior alegria está em ajudar o próximo, mas compreender se pode ou não ajudar é um trabalho de humildade, apesar de que tentar, não custa nada se pudermos ajudar.

        Assim a melhor coisa que podemos fazer por nós, é compreendermos quem somos e como alterar aquilo que não é mais condizente com a sociedade em que vivemos. Tendo pontos de vista éticos e sem extremismos e aprendendo a não julgar o próximo, a não ser para definirmos até onde podemos contar com aquela pessoa, afinal todos nós temos nossas virtudes e arcadismos a serem aprimorados e aperfeiçoados para nosso próprio bem.