quarta-feira, 29 de março de 2017

A SOBERBA COMO VERDADE RELIGIOSA



          Apreciaria muito que todos pensassem nisso como um alerta, pois a religião está repleta de falsos profetas.
         O texto da foto fala em orgulho, mas veja o que essa mesma religião fala sobre ele:

7 - O Orgulho ou Vaidade

Conhecida como soberba, é associada à orgulho excessivo, arrogância e vaidade.

Em paralelo, segundo o filósofo Santo Tomás de Aquino, a soberba era um pecado tão grandioso que era fora de série, devendo ser tratado em separado do resto e merecendo uma atenção especial. Aquino tratava em separado a questão da vaidade, como sendo também um pecado, mas a Igreja Católica decidiu unir a vaidade à soberba, acreditando que neles havia um mesmo componente de vanglória, devendo ser então estudados e tratados conjuntamente. Do latim superbia, vanitas.


        Trata-se dos sete pecados capitais. Compreendem a incoerência? quando Sócrates reclamava da retórica de alguém era por essa inapropriada colocação de uma realidade apenas relativizada, onde se vitaliza o lado bom do argumento ou o que o comprove e não o que o denigre. Isso se chama hoje em vender. 
        Toda religião que sobrevive com doações para manter monumentos á Baal, pode estar correto que a sua retórica não consegue atender a lógica das próprias premissas que proclama. 
        Lembrando que existe apenas uma religião e não várias, e que esta representa a vontade de Deus e assim suas leis. Como para um povo ignorante e inculto era necessário a Deus que enviassem emissários para tentar dar uma esperança e compaixão a um povo que sabia instintivamente para sobreviver deveria lidar com a selvageria do ambiente em que vivia. Afinal a inveja e a ignorância era sempre motivo para transformar o mais fraco em escravo da sua vontade, principalmente se esse escravo sabia como plantar ou tinha descoberto alguma técnica que lhe permitisse um meio mais efetivo para sobreviver. Note que cada um tem um interesse e assim uma pessoa que observa, precisa de alguém que a proteja, e sempre esse protetor será um guerreiro. Foi assim que o Egito consegui ser uma potência no velho mundo.
       Normalmente uma pessoa que procura ajuda em uma religião, ela está desesperada, pois se encontra em sofrimento, não importa qual. Assim a pessoa que a atende tem por dever ser empática à pessoa. Isso é perceber na pessoa o que a aflige e como ajudá-la a solucionar o problema. Uma pessoa como essa percebe também o que a pessoa aflita quer ouvir. Dentro de uma realidade religiosa, normalmente a verdade sempre é repudiada, por que não consola e assim se cria uma ilusão sobre uma verdade com o objetivo de elevar a moral de quem esta derrotado. Exatamente como Moisés fez com os escravos egípcios que nada mais eram que o povo que foi dominado pelos egípcios e assim também egípcios ou árabes se preferir. 
       Moisés cria uma dinastia e uma estória para permitir que essas pessoas se tornem um povo e assim se sintam fortes pela Fé em si e em Deus. É isso que todo religioso faz, por que somos ignorantes quanto as coisas da vida e da lei divina que nos dirigem, que os cientistas chamam de leis naturais. 
        Agora voltando para analisar o texto da foto. Por que essa afirmação de ter orgulho por pertencer a uma religião especifica? Por interesse econômico e não por fé. Perceba que quem criou a frase quis reverter um sentido pejorativo que a cultura popular possui e não valorizar a religiosidade, já que apenas valoriza uma seita. Isso é o que muito ateu confunde: uma seita com a religião, dando um valor sobrenatural à seita e não a religiosidade.
        Uma vez um adepto da Assembleia de Deus me disse que a religião dele havia surgido com o cristianismo, apesar de Lutero ter criado ela em 1530 creio. Uma coisa é tentar realmente voltar ao cristianismo primitivo onde a sua essência não era maculada, confundir com a tentativa de fazer tal coisa. E realmente o Cristianismo só ficou impoluto por 3 anos enquanto Jesus estava ensinando, já que a filosofia e a religiosidade era toda dele. Seria muita soberba querer dizer que eu sou cristão, já que ainda estou aprendendo a ser cristão.
        Por isso o que é dito por religiosos deve ser pensado e medido, já que cada um pode ver um ponto de vista apenas por um prisma.
        Outro dia ouvi uma pessoa falando sobre a parábola dos talentos como o medo, que realmente esta embutido nela, mas é apenas um aspecto da mesma parábola.  Veja que o terceiro servo que recebe um talento ele a enterra e por medo o restitui completamente ao seu dono sem lucro e sem nenhum benefício adicional. E ele fala por temer o senhor que lhe forneceu o talento e assim não se arriscou a aprender algo ou fazer o dinheiro prosperar. MEDO.
        Mas vamos ver outro lado, se usarmos a palavra talento não como dinheiro, mas como virtude. Cada um de nós temos uma virtude, por mais pobre que possamos ser. cada um a usa para poder sobreviver ou ter um melhor ganho financeiro ou não. Assim aquele que tinha 5 talentos se desenvolve e conseguem mais 5 novos talentos completando 10, já o outro que recebeu dois, usa esses talentos para conquistar outros dois e assim agora possui 4, o outro não faz nada com o seu talento e fica jogado na rua como pedinte vivendo sem desenvolver nenhum talento (o que é impossível: todos nós por mais conservadores que possamos ser, sempre aprendemos alguma coisa que desconhecíamos em uma vida mesmo inóspita como de um mendigo). Assim eu posso interpretar que quanto mais virtudes eu tiver mais virtudes estarei apto a conquistar, isso é aprender com a vida e me modificar.
       Por que a palestrante falou em medo e eu em virtude? Por que temos histórias de vida diferentes. Essa é a realidade de cada um de nós, somos diferentes, pois as experiências que apareceram na nossa frente foram diferentes e assim concluímos diferentemente sobre a vida. Por isso a necessidade de várias religiões tentando dizer apenas a verdade única de Deus, por que nós entendemos de forma diferente a mesma frase ou a mesma história. Existe uma religião chamada Sufis que versa sobre esse tema apenas  em falar contos ou parábolas que possam ter várias interpretações mas que atinjam o sentimento de cada uma das pessoas que a seguem e leem seus contos, como as Mil e uma Noites. Por isso não podemo criticar uma religião, seja de quem for, mas podemos por lógica mostrar onde ela pode estar errando vendo uma premissa mais material que na realidade religiosa de fraternidade. Se eu falo que minha religião é a melhor ou que tenho orgulho dela eu partidarizo a religião e então eu nego que o irmão que tem outra religião não é mais meu irmão, mesmo tendo o mesmo pai. Entendeu onde está o erro? 
       Por isso usando a própria religião, não podemos negar as suas premissas iniciais. Por isso Jesus dizer que existirão falsos profetas. Quando eu imponho uma verdade a torno absoluta, quando na verdade ela é relativa. 

sábado, 4 de março de 2017

Uma questão de Conceito.



       Estou querendo fazer algo difícil. Vamos ver se consigo.
       Nós vivemos em uma astronave auto suficiente que nos possibilita sobreviver nela onde o princípio primário nos é concedido, assim podemos nos alimentar. Porém para que isso seja feito de forma mais harmoniosa, tivemos que aprender a plantar e criamos a agricultura. Como gostamos de carne, acabamos criando a pecuária, mas isso foi feito através do tempo. Muitos milênios se passaram para chegarmos até aqui.
       Se fossemos como todos os animais viveríamos limitados a seguir um programa como Pavlov acabou constatando com o seu cão que salivava. Ele descobriu o condicionamento. Ele é ruim? Não, é uma forma de consolidarmos o conhecimento e repeti-lo de forma a nos manter vivo. 
       O que é a cultura? Nada mais que a consolidação do que foi aprendido pelos antepassados e passado para as futuras gerações, já que não havia ainda a escrita.Assim se usava uma estória para consolidar a descoberta na memória do povoado ou aldeia. Sim isso era bem delimitado em uma porção pequena de seres humanos. Como uma cultura familiar onde se acrescentava famílias pelo casamento ou amizade. O homem é um bicho social, lembram?
      Assim uma cidade se mostrava próspera, se os seres humanos dessa cidade tinham ideias e sabiam como torná-las produtiva e assim conquistar mais espaço para sua sobrevivência.
      Quando se abre o Gênesis o que primeiramente aparece é que tínhamos o caos. Caos requer uma falta de ordem, confusão, regras e outros atributos. Para muito ateu, isso pode demonstrar que por mágica e não por lógica o Caos se transforma em algo ordenado, com regras. Seja pelo Big Bang como pelo surgimento de planetas, sois e satélites. Nada como por mágica. Para quem tem alguma questão religiosa, atribui isso a um Deus poderoso e consegue manobrar as leis que já existiam para dar-lhes uma função produtiva. Ou podemos encarar que o Caos seria o nada, quer dizer nenhuma lei, mas a vontade desse Deus ter formado o Universo. Ao olharmos o Universo vemos o produto de Deus.
      De onde Deus veio ou o Caos, não sabemos, mas isso importa? Não! O que temos que descobrir ainda é como toda essas leis que nos governam funcionam.
      Para que essa descoberta? Para sermos Deus? Talvez! Seria o mesmo que definir Deus. Posso inventar uma palavra, digamos: salalete patusquira e dizer que isso é a essência de Deus. Percebe eu sou um ignorante nessa matéria, seja ele Deus ou Caos. O que importa aqui é que alguém pós ordem no Caos. Não posso crer que o caos por si mesmo, por puro acaso o Caos por ordem no Caos. Se o Caos pós ordem no Caos, ele não é mais Caos, mas Deus. Entende a lógica?
      Assim discutir se Deus existe ou deixa de existir se torna irrelevante, já que alguém pós ordem no Caos. Em algum momento do passado isso ocorreu, assim essa discussão se torna efêmera, já que existe alguém que arrumou a casa ou criou a casa. Através da ciência chegaremos a ele.
      A partir dai temos uma conjectura. Por que a vida é tão dura ou agressiva?
      Bom, se ela fosse harmônica como muitos sonham, muito provável seriamos robôs e não ser humano. Percebe a diferença? Nós como homens temos o interesse de repetir funções. Vamos todos os dias pelo mesmo caminho trabalhar, voltamos para casa pelo mesmo caminho, ao chegarmos em casa fazemos as mesmas coisas, se não formos adolescentes ou velhos adolescentes, isso pelo próprio instinto de preservação. Somos voltados a repetir o que deu certo ou o que dá certo. Então aparece um congestionamento a nossa frente e tentando mudar o caminho que se tornará uma rotina novamente. Entendeu como não somo robôs, mas fazemos tudo para agir como tal?
     Isso faz parte do aprendizado do homem. Se a vida não nos der dificuldades manteremos sempre o mesmo caminho para irmos para casa e nos tornaremos robôs ou conservadores se falarmos em política, nada muda.
     E por que há a necessidade da dificuldade? Para aprendermos. Veja um troglodita saia de casa todos os dias para encontrar alimento para a família ou comunidade. Legal. Porém com o tempo cada vez mais era difícil conseguir o alimento nas proximidades e assim essa dificuldade se torna um problema que precisava de solução. Alguém percebe que se deixar uma fruta ou semente na terra, procria aquilo que eles procuram e assim acabam descobrindo a agricultura.
     Senão houvesse a dificuldade para encontrar o alimento o homem não descobriria a agricultura e acabavam voltando para a aldeia com alimento mais velho e menos saudável. Por isso que os índio não construíam casas, mas tinham taba, pois quando o alimento se tornava escasso eles migravam para outros lugares mais prósperos. Veja a diferença entre dois povos e suas mesmas dificuldades? Um se acomoda as necessidades naturais o outro desbrava e cria novas formas de desenvolver sua vida.
     Qual é a certa? As duas, por que elas existiram ou existem. Cada uma delas tem a sua vantagem e o seu problema. Uma te faz ficar apático em relação à vida e o torna um robô teleguiado (que basicamente é o que uma ditadura quer) a outra mostra pujança e desenvolvimento, mas é mais violenta ao homem que menos tem como se proteger, já que se valoriza o individual. Isso é uma maravilha, já que demonstra bem dois lados opostos da política atual ou da filosofia atual. Como conciliar desenvolvimento e harmonia social? Talvez Buda com a ideia do equilíbrio possa dar uma resposta a questão. EQUILÍBRIO. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, mas ficar na praia e olhar as duas realidades com partes de um e partes do outro, pois eles existem. E assim a democracia é a melhor maneira de ver a vida, pois todos tem uma forma própria de resolver o problema.
     Vamos pegar agora algumas frases que foram ditas no evangelho e tentar entender a sua realidade.
     Jesus fala meu reino não é desse mundo. Espera um pouco, se os profetas falavam em paraíso terreno, por que o reino dele não é desse mundo? Por que não somos carne, ESTAMOS CARNE. No Corão há uma súria que fala que a ILUSÃO É AQUI. Ora, como pode ser isso, se podemos pegar e apalpar e vemos as coisas aqui? Na verdade somos espíritos ou alma se preferirem. Isso só é possível enxergar pelas experiências pessoais de cada um. Ainda não temos equipamento que possa ler a frequência que a alma vibra, pois ela a grosso modo podemos dizer que ela é uma energia que pensa e sente. E é o espírito que aprende e não a carne, já que ela vai criar um outro ser humano algum dia se tornando "humus" e nutrindo uma planta que não é inteligente, ou pode fazer parte de um cãozinho ou uma serpente, ou quem sabe uma ameba. E a maior ironia, sermos montados com átomos de uma briófita que apodreceu e morreu.
     Pelo que conhecemos de química e biologia, podemos estar totalmente coerentes nisso. E assim como surgem Einstein ou Mozart, ou Beethoven e outros mestres que descobriram as novidades que hoje usufruímos na vida?
     Obvio, pela reencarnação, já que é o espírito que tem que aprender, nada mais coerente que voltar a terra com outro corpo para continuar aprendendo com novas dificuldades para superar. Seria o mesmo que uma encarnação um ano de escola e assim vamos seguindo do fundamental ao segundo grau atingindo a faculdade e concluindo um mestrado e passando para o doutorado e saindo do país para um PHD mais completo e substancioso.
     Assim a ideia de ressurreição é na verdade uma ideia egípcia que invadiu a religião Judaica e a religião católica, não a cristã, pois quando Jesus fala do reino e da morada de meu Pai tem várias moradas ele se refere a vida em outros planetas e que ele é espírito como todos nós e ainda temos que nascer de novo para vermos o reino do céu, ou reencarnarmos para continuar aprendendo.
     Como Deus não nos deu um programa muito detalhado de como viver, mas nos deu um programa básico para a sobrevivência, isso é, o pecado original ou os instintos, é nosso trabalho de partirmos dessa linguagem "basic", para um "DOS" mais avançado. E como não há manual sobre a vida, os meios que nos possibilitam evoluir é a dificuldade, primeiro as materiais e depois as psicológicas, ou espirituais, nos forçando a descobrir tudo que há no universo seja concreto ou abstrato.
      Assim não estamos aqui para sofrermos ou sermos mártires, mas para aprender e só sofremos quando não desejamos mudar a visão que temos da vida, assim a dor vem nos auxiliar para podermos compreender que devemos pensar diferente. 
      Todos nós temos uma resistência para suportar sofrimentos e dor, assim não temos provas superiores ao que podemos sofrer ou mudar, mas para o que podemos suportar. Mas lembrem-se que não podemos ser eternamente sofredores de uma situação que é momentânea, pois seria o mesmo que abrir a galinha dos ovos de ouro para ver o que tem dentro. Não adianta forçar mais o indivíduo a aprender se ele chegou ao seu limite e dali não consegue passar. 
     Por isso hoje a sociedade vem se modificando para fazer com que o homem possa melhor usar sua arma de sobrevivência; O CÉREBRO.
     Hoje o trabalho braçal, já não é uma coisa tão necessário como no começo do século XIX, hoje existem máquinas que fazem o serviço pesado e o seu condutor usa a inteligência para isso, seja uma escavadeira ou um robô de linha de produção. Como o artesanato desaparece com a indústria, o mesmo se dá hoje com a força bruta do homem.
     Voltando a questão do desbravamento humano das matas e florestas. Veja os índios sul-americanos eram comunitários onde uma caça era divida por todos, o que na Europa era cobrado ou vendido. São duas forma de desenvolvimento. Como sabemos que o índio americano era proveniente do povo asiático e sabemos que esses povos tem um grande fator de condicionamento e uma sociedade rígida, podemos entender por que o os índios se submetiam à natureza e os europeus tendiam a desbravá-la. A situação que termos, são duas forma de desenvolvimento que uma privilegiou a materialidade e a outra possibilitou a socialização, apesar deles serem guerreiros e terem seus inimigos, mostrando assim a necessidade de superação que vive no instinto de todos nós. Isso acabou sendo mal direcionado para a guerra, tanto de um lado como do outro, com maior mortandade no continente europeu. Isso é, o nosso egoísmo e nosso orgulho de querermos estar certos, fez com que muitos morressem sem necessidade. Uma das grandes verdade é que por sermos uma astronave que vagueia pelo Universo e essa astronave por ser auto suficiente para manter a vida ninguém tem a posse de nada, apenas o empréstimo delas e o poder que alguns conseguem arregimentar, não é para o seu lucro mas para promover o bem estar geral. Como o que produzimos como bens e serviços não é o suficiente para dar uma vida digna a todos, ainda temos a necessidade de valorizar o mais capaz para que ele possa promover a melhor de todos. Mas alguns se acham deuses e ignoram a necessidade do povo que administram, criando burocracias onerosas e ineficientes apenas para se auto valorizar e não para efetivamente dar uma melhoria ao povo que ele administra.
       Não existem várias religiões, existe apenas uma a de Deus, mas pela sobrevivência vários pseudos profetas as utilizam para enricar, e são vitimas de seu própria cobiça, já que conhecem a verdade e não a usam para o beneficio de todos. Uma religião não cobra dízimo, muito menos imposto, isso é função do governo para administrar o bem comum de todos. Todo o dinheiro doado a instituições religiosas, não visam a construção de prédios, mas a caridade para facilitar a vida de todos, diminuindo os assaltos e assassinatos, dando comida a quem necessita e por razões que não cabe aqui estão desamparados de família e de si próprios. Nenhum religioso deve receber para falar sobre Deus, pois isso não é profissão é formação e ela se dá por toda a vida.