sábado, 4 de março de 2017

Uma questão de Conceito.



       Estou querendo fazer algo difícil. Vamos ver se consigo.
       Nós vivemos em uma astronave auto suficiente que nos possibilita sobreviver nela onde o princípio primário nos é concedido, assim podemos nos alimentar. Porém para que isso seja feito de forma mais harmoniosa, tivemos que aprender a plantar e criamos a agricultura. Como gostamos de carne, acabamos criando a pecuária, mas isso foi feito através do tempo. Muitos milênios se passaram para chegarmos até aqui.
       Se fossemos como todos os animais viveríamos limitados a seguir um programa como Pavlov acabou constatando com o seu cão que salivava. Ele descobriu o condicionamento. Ele é ruim? Não, é uma forma de consolidarmos o conhecimento e repeti-lo de forma a nos manter vivo. 
       O que é a cultura? Nada mais que a consolidação do que foi aprendido pelos antepassados e passado para as futuras gerações, já que não havia ainda a escrita.Assim se usava uma estória para consolidar a descoberta na memória do povoado ou aldeia. Sim isso era bem delimitado em uma porção pequena de seres humanos. Como uma cultura familiar onde se acrescentava famílias pelo casamento ou amizade. O homem é um bicho social, lembram?
      Assim uma cidade se mostrava próspera, se os seres humanos dessa cidade tinham ideias e sabiam como torná-las produtiva e assim conquistar mais espaço para sua sobrevivência.
      Quando se abre o Gênesis o que primeiramente aparece é que tínhamos o caos. Caos requer uma falta de ordem, confusão, regras e outros atributos. Para muito ateu, isso pode demonstrar que por mágica e não por lógica o Caos se transforma em algo ordenado, com regras. Seja pelo Big Bang como pelo surgimento de planetas, sois e satélites. Nada como por mágica. Para quem tem alguma questão religiosa, atribui isso a um Deus poderoso e consegue manobrar as leis que já existiam para dar-lhes uma função produtiva. Ou podemos encarar que o Caos seria o nada, quer dizer nenhuma lei, mas a vontade desse Deus ter formado o Universo. Ao olharmos o Universo vemos o produto de Deus.
      De onde Deus veio ou o Caos, não sabemos, mas isso importa? Não! O que temos que descobrir ainda é como toda essas leis que nos governam funcionam.
      Para que essa descoberta? Para sermos Deus? Talvez! Seria o mesmo que definir Deus. Posso inventar uma palavra, digamos: salalete patusquira e dizer que isso é a essência de Deus. Percebe eu sou um ignorante nessa matéria, seja ele Deus ou Caos. O que importa aqui é que alguém pós ordem no Caos. Não posso crer que o caos por si mesmo, por puro acaso o Caos por ordem no Caos. Se o Caos pós ordem no Caos, ele não é mais Caos, mas Deus. Entende a lógica?
      Assim discutir se Deus existe ou deixa de existir se torna irrelevante, já que alguém pós ordem no Caos. Em algum momento do passado isso ocorreu, assim essa discussão se torna efêmera, já que existe alguém que arrumou a casa ou criou a casa. Através da ciência chegaremos a ele.
      A partir dai temos uma conjectura. Por que a vida é tão dura ou agressiva?
      Bom, se ela fosse harmônica como muitos sonham, muito provável seriamos robôs e não ser humano. Percebe a diferença? Nós como homens temos o interesse de repetir funções. Vamos todos os dias pelo mesmo caminho trabalhar, voltamos para casa pelo mesmo caminho, ao chegarmos em casa fazemos as mesmas coisas, se não formos adolescentes ou velhos adolescentes, isso pelo próprio instinto de preservação. Somos voltados a repetir o que deu certo ou o que dá certo. Então aparece um congestionamento a nossa frente e tentando mudar o caminho que se tornará uma rotina novamente. Entendeu como não somo robôs, mas fazemos tudo para agir como tal?
     Isso faz parte do aprendizado do homem. Se a vida não nos der dificuldades manteremos sempre o mesmo caminho para irmos para casa e nos tornaremos robôs ou conservadores se falarmos em política, nada muda.
     E por que há a necessidade da dificuldade? Para aprendermos. Veja um troglodita saia de casa todos os dias para encontrar alimento para a família ou comunidade. Legal. Porém com o tempo cada vez mais era difícil conseguir o alimento nas proximidades e assim essa dificuldade se torna um problema que precisava de solução. Alguém percebe que se deixar uma fruta ou semente na terra, procria aquilo que eles procuram e assim acabam descobrindo a agricultura.
     Senão houvesse a dificuldade para encontrar o alimento o homem não descobriria a agricultura e acabavam voltando para a aldeia com alimento mais velho e menos saudável. Por isso que os índio não construíam casas, mas tinham taba, pois quando o alimento se tornava escasso eles migravam para outros lugares mais prósperos. Veja a diferença entre dois povos e suas mesmas dificuldades? Um se acomoda as necessidades naturais o outro desbrava e cria novas formas de desenvolver sua vida.
     Qual é a certa? As duas, por que elas existiram ou existem. Cada uma delas tem a sua vantagem e o seu problema. Uma te faz ficar apático em relação à vida e o torna um robô teleguiado (que basicamente é o que uma ditadura quer) a outra mostra pujança e desenvolvimento, mas é mais violenta ao homem que menos tem como se proteger, já que se valoriza o individual. Isso é uma maravilha, já que demonstra bem dois lados opostos da política atual ou da filosofia atual. Como conciliar desenvolvimento e harmonia social? Talvez Buda com a ideia do equilíbrio possa dar uma resposta a questão. EQUILÍBRIO. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, mas ficar na praia e olhar as duas realidades com partes de um e partes do outro, pois eles existem. E assim a democracia é a melhor maneira de ver a vida, pois todos tem uma forma própria de resolver o problema.
     Vamos pegar agora algumas frases que foram ditas no evangelho e tentar entender a sua realidade.
     Jesus fala meu reino não é desse mundo. Espera um pouco, se os profetas falavam em paraíso terreno, por que o reino dele não é desse mundo? Por que não somos carne, ESTAMOS CARNE. No Corão há uma súria que fala que a ILUSÃO É AQUI. Ora, como pode ser isso, se podemos pegar e apalpar e vemos as coisas aqui? Na verdade somos espíritos ou alma se preferirem. Isso só é possível enxergar pelas experiências pessoais de cada um. Ainda não temos equipamento que possa ler a frequência que a alma vibra, pois ela a grosso modo podemos dizer que ela é uma energia que pensa e sente. E é o espírito que aprende e não a carne, já que ela vai criar um outro ser humano algum dia se tornando "humus" e nutrindo uma planta que não é inteligente, ou pode fazer parte de um cãozinho ou uma serpente, ou quem sabe uma ameba. E a maior ironia, sermos montados com átomos de uma briófita que apodreceu e morreu.
     Pelo que conhecemos de química e biologia, podemos estar totalmente coerentes nisso. E assim como surgem Einstein ou Mozart, ou Beethoven e outros mestres que descobriram as novidades que hoje usufruímos na vida?
     Obvio, pela reencarnação, já que é o espírito que tem que aprender, nada mais coerente que voltar a terra com outro corpo para continuar aprendendo com novas dificuldades para superar. Seria o mesmo que uma encarnação um ano de escola e assim vamos seguindo do fundamental ao segundo grau atingindo a faculdade e concluindo um mestrado e passando para o doutorado e saindo do país para um PHD mais completo e substancioso.
     Assim a ideia de ressurreição é na verdade uma ideia egípcia que invadiu a religião Judaica e a religião católica, não a cristã, pois quando Jesus fala do reino e da morada de meu Pai tem várias moradas ele se refere a vida em outros planetas e que ele é espírito como todos nós e ainda temos que nascer de novo para vermos o reino do céu, ou reencarnarmos para continuar aprendendo.
     Como Deus não nos deu um programa muito detalhado de como viver, mas nos deu um programa básico para a sobrevivência, isso é, o pecado original ou os instintos, é nosso trabalho de partirmos dessa linguagem "basic", para um "DOS" mais avançado. E como não há manual sobre a vida, os meios que nos possibilitam evoluir é a dificuldade, primeiro as materiais e depois as psicológicas, ou espirituais, nos forçando a descobrir tudo que há no universo seja concreto ou abstrato.
      Assim não estamos aqui para sofrermos ou sermos mártires, mas para aprender e só sofremos quando não desejamos mudar a visão que temos da vida, assim a dor vem nos auxiliar para podermos compreender que devemos pensar diferente. 
      Todos nós temos uma resistência para suportar sofrimentos e dor, assim não temos provas superiores ao que podemos sofrer ou mudar, mas para o que podemos suportar. Mas lembrem-se que não podemos ser eternamente sofredores de uma situação que é momentânea, pois seria o mesmo que abrir a galinha dos ovos de ouro para ver o que tem dentro. Não adianta forçar mais o indivíduo a aprender se ele chegou ao seu limite e dali não consegue passar. 
     Por isso hoje a sociedade vem se modificando para fazer com que o homem possa melhor usar sua arma de sobrevivência; O CÉREBRO.
     Hoje o trabalho braçal, já não é uma coisa tão necessário como no começo do século XIX, hoje existem máquinas que fazem o serviço pesado e o seu condutor usa a inteligência para isso, seja uma escavadeira ou um robô de linha de produção. Como o artesanato desaparece com a indústria, o mesmo se dá hoje com a força bruta do homem.
     Voltando a questão do desbravamento humano das matas e florestas. Veja os índios sul-americanos eram comunitários onde uma caça era divida por todos, o que na Europa era cobrado ou vendido. São duas forma de desenvolvimento. Como sabemos que o índio americano era proveniente do povo asiático e sabemos que esses povos tem um grande fator de condicionamento e uma sociedade rígida, podemos entender por que o os índios se submetiam à natureza e os europeus tendiam a desbravá-la. A situação que termos, são duas forma de desenvolvimento que uma privilegiou a materialidade e a outra possibilitou a socialização, apesar deles serem guerreiros e terem seus inimigos, mostrando assim a necessidade de superação que vive no instinto de todos nós. Isso acabou sendo mal direcionado para a guerra, tanto de um lado como do outro, com maior mortandade no continente europeu. Isso é, o nosso egoísmo e nosso orgulho de querermos estar certos, fez com que muitos morressem sem necessidade. Uma das grandes verdade é que por sermos uma astronave que vagueia pelo Universo e essa astronave por ser auto suficiente para manter a vida ninguém tem a posse de nada, apenas o empréstimo delas e o poder que alguns conseguem arregimentar, não é para o seu lucro mas para promover o bem estar geral. Como o que produzimos como bens e serviços não é o suficiente para dar uma vida digna a todos, ainda temos a necessidade de valorizar o mais capaz para que ele possa promover a melhor de todos. Mas alguns se acham deuses e ignoram a necessidade do povo que administram, criando burocracias onerosas e ineficientes apenas para se auto valorizar e não para efetivamente dar uma melhoria ao povo que ele administra.
       Não existem várias religiões, existe apenas uma a de Deus, mas pela sobrevivência vários pseudos profetas as utilizam para enricar, e são vitimas de seu própria cobiça, já que conhecem a verdade e não a usam para o beneficio de todos. Uma religião não cobra dízimo, muito menos imposto, isso é função do governo para administrar o bem comum de todos. Todo o dinheiro doado a instituições religiosas, não visam a construção de prédios, mas a caridade para facilitar a vida de todos, diminuindo os assaltos e assassinatos, dando comida a quem necessita e por razões que não cabe aqui estão desamparados de família e de si próprios. Nenhum religioso deve receber para falar sobre Deus, pois isso não é profissão é formação e ela se dá por toda a vida.   

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