Recentemente
tivemos na mídia fatos um tanto quanto controversos que não foram questionados
por ninguém. A renúncia do Papa e a auto defesa de um pastor evangélico. Por que
um Papa renunciar a um “cargo” é de
relevante importância se ele é um pastor religioso? E por que um pastor que tem
um relativo carisma e inteligência precisa vir a público dizer que ele não tem
os milhões que a Forbes disse que ele tem. Eu pessoalmente admiro mais o
Pastor, mas devo reconhecer que alguém admitir que não é mais capaz de gerir um Império requer muita humildade não para
deixar o poder, mas amar demais a instituição e reconhecer que esta fazendo um
serviço péssimo para o objetivo que se propôs.
Bom, um pastor religioso ou um discípulo
de Cristo não deixa de ser um divulgador da doutrina cristã em momento algum,
pois isso é a sua vida e estará realizando o serviço de confortar o ser humano
e lhe dar esperança em um futuro sempre.
O que aconteceu foi a nítida demonstração
que o Papa, primeiro é falível, demonstrando que a bula que afirma sua infalibilidade
é apenas um pedaço de papel. Que a instituição Papado nada mais é que um
Império e assim uma ação política e nunca religiosa, pois ela define a uma
organização e não uma religião, pois como não há um só homem idêntico em
pensamento, não pode se ter uma religião com homogeneidade de doutrinação, mas
de convicções semelhantes e liberdade de expressões, o que a Católica não
propicia já que tem regras rígidas.
Religião diz a todos o que é o melhor,
mas não impõe a ninguém o que é a religião. O kardecismo prega a reencarnação
como o Budismo, como o Hinduísmo e outras, mas o kardecismo não impõe isso a ninguém.
Todos têm o livre arbítrio para acreditarem no que desejar ou em onde
participar. O Aborto é errado, mas o Kardecismo não te proíbe de cometê-lo, não
te recrimina se cometê-lo, pois sabe que as conseqüências serão suas, pois
somos responsáveis pelos nossos atos e quem tem o dom da verdade para saber o
que é melhor para o outro senão ele mesmo?
Isso demonstra nitidamente que a Igreja
é um Império e não uma religião, como Constantino a implantou e assim o Papa
teve que reconhecer a sua incapacidade de dirigi-lo.
Quanto ao outro, por que teria que explicar
que não tem a fortuna que dizem ter? Por que todos acreditam que eles realmente
têm. Não tem como justificar um salário de R$ 20.000 a um pastor para motivar
uma pessoa a ser cristã. Na verdade não tem como justificar receber um salário,
nem que seja de 1 real para isso. O pastor é inteligentíssimo, e compreende
muito bem a Bíblia e a interpreta com propriedade, mas isso lhe permite dizer
que Deus permite a ele ter um bom salário. Não nego isso, mas não para divulgar
a sua verdade (Cristã), mas por trabalhar e produzir. Como ele diz ser psicólogo
e fazer palestras nada mais justo que ganhe por isso como psicólogo não como
pastor, como pastor deve dar de graça o que recebe de graça, pois recebemos
ajuda de espíritos para podermos orientar corretamente outros ou ajudá-los em
suas dificuldades e isso não é cobrado, pois não temos como dividir o provento
com eles, já que não tem nenhum sentido para eles o dinheiro e se houvesse
estariam trabalhando por interesse e não pela necessidade do necessitado.
Ele teve que demonstrar que não tem todo
o dinheiro que a Forbes diz que ele tem, por que ele precisa justificar aos que
lhe pagam continuar lhe pagando como ele mesmo admitiu, pois ele precisa. Agora
como pastor é Deus que o julgará e não adiantaria se defender a Deus como fez
ao povo, pois Ele fará com a propriedade devida, sem injustiça, sem interesse
ou sem condescendência, pois o erro estará marcado no perispírito de quem errou
e não é com argumento que poderá cancelá-lo, já que a sua intenção estará
estampada na ação. Esse é o grande motivo de muitos nascerem aleijado,
deficientes ou limitados em suas ações pelo passado corrupto que afetou seu
perispírito entrando na carne para poder depurá-lo de suas amarras de
sofrimento e dor no espaço.
Assim estamos lidando com dois fatos mistificados
pelo mercantilismo e não pela religião, o que muitos ateus não conseguem
compreender pela limitação do seu interesse em execrar a religião e não raciocinar
sobre ela, pois ela é tão lógica quanto uma equação matemática e não mágica
como uma conto de fadas.