Como entendermos isso?
A
religião não se baseia na vida terrena, mas na vida da liberdade do espírito.
Isso quer dizer que como somos espíritos e nosso lar é no espaço, a vida aqui é
momentânea e não perpétua como no espaço. Assim a nossa felicidade está em vivermos
bem no espaço e não necessariamente aqui.
Obvio
que podemos ter uma felicidade relativa enquanto estamos aqui encarnados, mas
essa felicidade está mais ligada à forma de vermos e entendermos a vida que
termos bens materiais.
A
necessidade da reencarnação está ligada ao nosso aprendizado das leis divinas.
Como Moisés cita, temos um pecado original que nos obriga a sobreviver e assim
trata do fruto de nossa visão egoísta de sobrevivência que nos leva aos erros
da vida ou da sua interpretação.
Temos
a fome como a necessidade de sobrevivência e assim competimos com outros seres
pelo alimento seja da mesma espécie ou de outra. Assim nos sentimos agredidos quando
alguém tenta dividir o que conseguimos, ou roubar o que supostamente é nosso.
Nós lutamos para continuar vivos e aprendendo nesse mundo agressivo e
competitivo.
Sem
o limite da matéria não teríamos condições de compreender como funcionam as
leis divinas e dessa forma nosso estágio no mundo terreno nos favorece a
compreender como equilibrarmos as leis para podermos ter um ganho objetivo do
nosso desejo.
Por
sermos uma espécie com capacidade física limitada temos que compreender as leis
para podermos superar essas limitações. Assim temos carros, aviões, telefone,
computador e outros bens materiais para podermos superar as nossas deficiências
de força e sentidos, nos permitindo dominar o planeta e as outras espécies.
Sim,
a nossa arma é a inteligência e a compreensão da nossa realidade e do mundo que
nos envolve.
Esse
fato já nos mostra o que estamos fazendo aqui. Temos que aprender algo e
evoluir. Como a Igreja partiu pela interpretação da ressurreição como algo de
um nascimento na volta de Jesus e não como reencarnações progressivas que nos
dão informações para nosso aperfeiçoamento, nos limitaram essa compreensão,
fazendo com que nos tornássemos joguetes nas mãos do Clero e do Estado.
Por
isso a submissão de muitos perante a religião e aquilo que o padre ou pastor
falam passa a ser a maior verdade, mesmo que seja para benefício específico do clérigo.
Assim
como não recordamos como é estarmos com as pessoas que nos amam no espaço e
tenhamos a real dimensão de Deus quando encarnados, passamos a valorizar a luta
da sobrevivência como a maior verdade da vida e assim a grande quantidade de
bens materiais sem muita necessidade para uma sobrevivência supostamente mais
tranquila, quando ainda acreditamos que a força muscular sendo poupada é a melhor
garantia de sobrevivência.
Mas
a religião visa a nossa harmonização para uma vida plena de felicidade no
espaço ou em nosso habitat natural. Por isso muita coisa que a religião nos
coloca foge da nossa realidade mundana da sobrevivência.
Como
no espaço não temos a necessidade de competir para a sobrevivência, não temos
por que lutar por comida se temos uma iluminação apropriada, caso ainda estamos
mito presos á Terra, precisamos usar a alimentação dos encarnados para também
nos alimentarmos. Por isso algumas religiões, mesmos os primeiros judeus faziam
oferendas de carne ou comida.
Assim
para podermos ter uma vida futura mais feliz, pelo nosso grau de evolução devemos
estudar seja o mundano ou o divino para podermos compreender como e onde
devemos mudar nossa forma de pensar, já que é ela que determina a nossa
felicidade na Terra ou nossa derrota da nossa felicidade.
Não
somos culpados de nada, já que ignoramos tudo que está em nosso futuro e em
todas as leis que regem o Universo, mas somos sim responsáveis por tudo que fazemos
ou desejamos e assim temos que consertar o que fizemos errado, seja pela nossa
ignorância ou pelo nosso orgulho. Obviamente a ignorância de uma fato tem um
peso menor que o orgulho, pois não queremos dar o braço a torcer quando é o
orgulho que nos toma a frente para podermos reconhecer que erramos.
Por
isso Jesus frisa a humildade como um dos caminhos para o nosso aprendizado e
reconhecimento de nossos erros e a caridade como a principal ferramenta para
podermos compensar todos os erros que fizemos em várias encarnações passadas,
pois como Jesus disse, não sairemos daqui enquanto não pagarmos o último
centavo de nossa dívida. E o melhor é termos a haver que débitos para levarmos
daqui e isso só se consegue com a caridade, seja material, espiritual, ou
psicológica. Pois isso nos trará a alegria de termos efetivamente ajudado a
quem precisava de ajuda, sem cobrarmos pelo que fizermos ou propagandearmos o
que foi realizado. A maior alegria está em ajudar o próximo, mas compreender se
pode ou não ajudar é um trabalho de humildade, apesar de que tentar, não custa
nada se pudermos ajudar.
Assim
a melhor coisa que podemos fazer por nós, é compreendermos quem somos e como
alterar aquilo que não é mais condizente com a sociedade em que vivemos. Tendo
pontos de vista éticos e sem extremismos e aprendendo a não julgar o próximo, a
não ser para definirmos até onde podemos contar com aquela pessoa, afinal todos
nós temos nossas virtudes e arcadismos a serem aprimorados e aperfeiçoados para
nosso próprio bem.