sábado, 31 de março de 2018

SOMOS CARENTES.





A VERDADE VOS LIBERTÁRÁ.


Somos carentes. Uma afirmação forte e nem sempre bem quista pela população. Mas devemos compreender as nossas limitações.

Somos, quando encarnados, espíritos incompletos, pois temos sempre uma parte faltando e não é da carne, mas do conceito feminino ou do conceito masculino. Isso é um artificio que a criação se valeu para podermos ter o desenvolvimento do amor e a necessidade de procriação e assim termos desenvolvido o amor filial que é o mais puro deles no nosso desenvolvimento atual e o amor de compartilhamento que é o sexual e a cooperação para o desenvolvimento familiar.

O sexo é uma paliativo para se desafogar os estresses diários, das dificuldades e problemas do dia a dia, e assim o relaxamento do pós-coito e o homem (geralmente) acabar dormindo logo depois, pois ele está cansado do dia em um ambiente arredio e competitivo da sociedade ou como desejar, do emprego. A mulher tem o mesmo trabalho, se estiver em casa, mas está em um ambiente controlado pelas suas energias, assim menos cansativo no sentido de defesa ou sobrevivência.

Como muitos ainda não acreditam em instintos além do sexual e do de sobrevivência, tenho que informar que temos mais dois, um dele é o livre arbítrio, onde definimos, julgamos qual a alternativa pode ser melhor e o outro é a procura da felicidade, ou a melhor solução para o problema. Só para exemplificar. Todos usam a mão para poder beber água em um riacho e uma dessas pessoas percebe que pode usar uma folha côncava para colher a água sem precisar abaixar para beber mais água, já que pela mão sempre boa parte dela cai de volta ao riacho. Isso é uma solução ao problema que ele percebeu e se preocupou e assim a folha côncava é uma solução e obvio uma melhora, e assim uma felicidade, pois encontrou a solução. Em contrapartida o resto da comunidade que não se preocupou com a água que caiu, não vai necessitar da folha côncava, mas com toda a certeza em algum momento do futuro irá perceber que a quantidade de água cai mais do que ele consegue tomar e assim vai lembrar da folha côncava do outro e experimentar. Esse é o famoso tempo de cada um para compreender uma necessidade ou uma melhora na sua qualidade de vida. Por isso a diferença de pensamento, pois a percepção de cada indivíduo visa a sua dificuldade e não a dificuldade de todos. Quando uma dificuldade é geral, a solução da mesma se torna comercial ou visa beneficiar a uma quantidade maior de pessoas.

Como estamos à procura do melhor ou da felicidade, isso de forma bruta, somos carentes, pois sempre teremos uma dificuldade e assim procurando uma solução temos uma carência de resposta. Assim temos que procurar a resposta para nos equilibrarmos emocionalmente novamente, até surgir a nova pergunta sobre, seja qual for o nosso foco de interesse no momento. Assim a carência é uma característica da nossa existência.



Se pensarmos no espírito, com base no Taoísmo e na filosófica espírita, podemos interpretar a questão de Deus tirar a costela de Adão e formar Eva, apenas nos diz que que somos polares, onde temos um lado positivo e outro negativo. No caso o lado negativo não tem o conceito de negar a existência ou a desarmonia do termo, mas apenas de sinais opostos onde um atrai o outro. Esse conceito é o que faz como que se permita procriar e elaborar a troca nuclear, além de aprender aquilo que os sentimentos têm para nos mostrar e não a lógica simples e pura. Isso não quer dizer que isso seja real, mas momentaneamente real, pois o ideal é unirmos esses dois polos em nós mesmos, já que eles existem e assim efetivarmos a unidade do espírito, mas antes temos que compreender o que é o amor, e essa separação nos auxilia a ir descobrindo com o tempo e as reencarnações a amar e compreender toda a universalidade das leis que regem o universo ou as leis divinas.

Por isso a homossexualidade, pois se trata de uma prova ou um novo aprendizado para se adaptar o espirito ao corpo que está vestindo. No caso dos animais isso tem um controle genético e não espiritual, pois uma espécie tem que haver um controle populacional derivado da capacidade do meio ambiente em fornecer alimentação e meios de ajustes para uma população onde o seu predador foi extinto e assim não pode ultrapassar a quantidade de alimento, pois se voltará ao canibalismo pela fome o que também se tornar um controle populacional.

No caso do homem é mais uma questão cultural que uma questão de controle populacional. Um homem que viveu muitas vidas como homem, não sabe apreciar o corpo de um homem ou a masculinidade de outro homem, pois ele prefere admirar o de uma mulher e assim o sentido do sexo. Pois isto é um condicionamento do espírito e não do corpo. O corpo é a vitrine para a atração e assim ele leva ao aumento da libido e assim ao sexo, mas o amor não tem nada com sexo ou gênero, pois ele é universal e assim não representa em si a atração sexual, mas a atração sexual é que leva ao amor. Vamos tentar detalhar.

A formação da família quando Jesus fala em formar uma só carne, tem duas explicações, a procriação em si, produzindo um feto, ou o equilíbrio espiritual de ambos, marido e mulher, no sentido afetivo se completando e assim a ideia de posse e não de convívio, pois o sexo é poder e assim posse. O meu marido, a minha mulher. Assim se formos analisar com acuidade essa questão, amar se pode amar a todos, mas ter sexo que pode gerar uma cria, não, pois isso implicaria que o pai seria diferente e as características psicológicas podem ser muito distintas do pai adotivo, já que ele desconhece que o filho é adotivo e não fruto do seu conjunto espermático. Por isso a proibição do adultério, mas não de amar quem quer que seja, mostrando assim que sexo é sexo e amor é amor. Uma ressalva aqui. Quando falo do adultério com um fruto, isso não implica necessariamente que a criança venha com uma personalidade muito diferente da família ou melhor do pai. Mas uma necessidade gênica ou moral para essa criança superar as condições de vida que a levará a algum aperfeiçoamento do espírito.

Para mostrar como isso acontece, vou tenta explicar o ato sexual como o vejo. Quando o homem ejacula ele faz um ato de doação, e assim além do esperma ele se doa o que ele é, isso é o fato energético de ser, e assim se sente nesse momento (a parceira) o que o parceiro é como ser, na forma energética de ser, e se percebe a maior característica do parceiro na sua personalidade como uma virtude que se imiscuí dentro da parceira. Ela por sua vez se torna receptiva para o parceiro em seu gozo sugando toda a energia e o esperma do parceiro contraindo a vulva vaginal dando maior poder à ejaculação fazendo com que o esperma possa ir mais longe dentro do útero e melhorar assim a chance de haver uma fecundação. Assim o gozo conjunto é mais produtivo para a fecundação e prazeroso, isso não quer dizer que o gozo separado, não sendo o homem primeiro, não possa ser prazeroso.

Neste momento o homem relaxa e a mulher se torna doadora e carinhosamente o abraça e se joga energeticamente dentro do homem dando a ele a sua virtude, mais desenvolvida ou as suas virtudes mais desenvolvidas. Notem que aqui ela se joga em seu todo, mas não quer dizer que podemos perceber ela como um todo e diferenciar todas as qualidades dessa mulher, mas as mais evidentes. Isso favorece a um parâmetro de sentimentos, pois isso não temos no mundo físico. Quando supomos que uma pessoa é desse jeito tem esse tipo de personalidade são considerações subjetivas e nos detalhes se pode alterar a compreensão desse tipo de descrição de personalidade. Esse parâmetro pode nos ajudar a compreender como estamos dentro da nossa realidade de evolução de sentimentos ou muito aquém disso. Nada na vida é um desperdício, nada se cria, mas tudo se transforma. Essa é uma lei universal.

No caso especifico da homossexualidade, eu não saberia descrever o fato, pois não tenho essa experiência e nem creio que seja necessária na minha situação atual. Mas consigo explicar que o efeito disso é sentimental e não verdadeiramente corporal, pois é o que demonstra um par de homossexuais, quando se analisa a sua atuação. Um é o macho e outro sempre é a fêmea, nunca se tem duas fêmeas ou dois machos, isso corporalmente existe, mas sentimentalmente um é o macho e o outro é a fêmea. Assim a união estável entre os dois é um dos meios de lhes ajudar a dar o senso familiar, companheirismo necessário e de complemento do espírito. Isso não significa que é NATURAL, mas momentaneamente necessário, pois eles não têm condições ainda de apreciar o corpo do sexo oposto, mas podem apreciar o sentimento do sexo oposto. No caso da fêmea masculina e do macho feminino isso é valido para o que faz o papel do próprio sexo na relação, existe a sutileza de enxergar o espirito e não exatamente o corpo do parceiro (a). Como disse tudo se transforma na natureza, nada é extático e nada se cria do nada, mas de uma condição anterior.

Essa explicação não visa a promiscuidade que ocorre tanto no hétero como no homo não sendo privilégio de nenhum deles o pecado da luxuria e muito menos da AIDS.

Perceba que isso confirma sermos carentes e não completos, pois isso prova mais uma vez que estamos aqui para nos desenvolvermos e assim atingirmos um grau desejado pelo planeta e época que estamos vivendo e continuar na viagem para nos tornarmos espíritos puros ou excelsos dentro da criação Divina, pois a carência é a necessidade que precisamos para continuar essa trajetória divina.

quarta-feira, 7 de março de 2018

GOVERNANDO A SI MESMO


GOVERNANDO A SI MESMO



EDUCAR É, FORMAR PESSOAS APTAS PARA GOVERNAREM A SI MESMAS. Eu pararia por aí, pois o restante da frase nos leva ao anarquismo, que na verdade em um futuro talvez muito remoto possamos concluir a frase onde todos serão responsáveis.

        Somos, é verdade, os seres da natureza mais inteligentes que se encontram hoje na Terra, mas isso não quer dizer que somos perfeitos. Se somos inteligentes temos uma função com essa qualidade na espécie. Obviamente por sermos dependentes muscularmente, em velocidade, visualmente, olfativamente, auditivamente e ainda outras necessidades que outros animais possuem em seu corpo, nós temos a inteligência para suprir essas faltas e assim nos favorece para sobreviver. Mas será que é só isso?

        Bom, tudo isso é mecânico, mas temos o abstrato que por vivermos o contraditório podemos ter a empatia e compreender a dor alheia ou sua dificuldade. Veja que somos responsáveis unicamente pela nossa vida, pois não mudamos ninguém, assim a diferenciação que podemos fazer é em nós mesmos. Uma pessoa só altera sua forma de pensar se desejar ou encontrar a lógica razoável para assim mudar por ser algo melhor PARA ELE. Isso é uma forma egoísta de ver algo? Não se ele não prejudica outro, como com a inveja, ou rancor, mas não se disputarmos uma posição em iguais situações e dificuldades. 

        Mentalmente, não temos parâmetros, quer dizer não temos um padrão. Exemplificando Um francês a muito tempo cismou de criar uma medida universal e assim sei lá por que dividiu a distância do polo ao equador, por um número "n" e se encontrou o metro. Fez uma barra metálica com a medida a uma temperatura ambiente, creio que 25º C e assim ele tem uma barra que tem exatamente um metro e é padrão natural para o metro. Mas se eu falar em carinho, será que o meu carinho é maior ou menor que de outro ser humano? Não sei, não tenho como medir, mas posso dizer que isso emana uma energia, como, ódio, desejo, amor e outras atitudes que para o meu caso são atributos do espírito e não bem do coração, ele apenas é simbólico em relação a isso. Assim essa energia cresce ou diminui em cada ser humano, pois é algo aprendido e não algo automático.

        Vamos tentar entender a situação. Sim somos capazes de termos todos os atributos de Deus, pois ele diz que somos semelhantes a Ele. Isso não quer dizer sermos iguais. Assim temos a frequência possível dessa energia gerar amor. Mas como podemos conseguir isso? Todos nós que tivemos filhos amamos incondicionalmente o filho, e esse é o primeiro aprendizado do amor. Veja que não há sexo nisso, mas amor puro e filial. No caso da esposa ou marido, há um fator distinto o sexo, pois ele visa a procriação, mas isso não que r dizer que sexo seja amor, apenas que te leva ao amor. Se analisarmos a atração para se conhecer a esposa, veremos que olhamos o corpo de uma mulher e a mulher o poder desse homem, que são fatores empíricos, onde cada uma pela sua cultura e conhecimento e experiências decide instintivamente ou apaixonadamente, quer dizer você só tem a consciência de querer aquela pessoa com você. Mas o amor ele visa a convivência e não exatamente o sexo, por isso é possível um homem ser amigo de uma mulher sem sexo ou com sexo, depende da maturidade de ambos, para não confundirem amor com sexo e assim criar a dependência, pois se toma posse do companheiro (a) e isso não é amor, mas obsessão, pois aquela pessoa passa a ser a felicidade do dependente e não efetivamente um parceiro (a).

        O que seria um parceiro (a)? Um parceiro seria alguém que compartilha muita coisa como ideal e moralidade com a parceira, obvio que aqui temos o vice e versa de gênero. Obvio também que temos uma diferença muito grande entre as famílias para se ter muita semelhança, assim temos que ter valores bem definido para ver no outro os mesmos valores e normalmente isso é comum, já que admiramos no outro o que somos e assim a semelhança de ação entre ambos. Depois os objetivos de educar os filhos, a formula e o jeito de agir e obvio que aí a coisa muda muito, pois tem características paternas que foram impostas a esses dois seres que foram relativas, pela família anterior deles, assim cada um vai fazer o que acredita ser correto, mas o ideal é que isso seja discutido entre os dois e se encontrar o meio do caminho de ambos. 

        O homem e a mulher se unindo para formar uma família deve ou pode se harmonizar em muitos pontos, mas em outros não. E como a vida requer situações críticas para um avanço na compreensão da vida, Deus estabeleceu o sexo como um fator de relaxamento para ambos e assim poderem ajudar no convívio diário.

        Eu encaro o sexo como uma sequência mecânica ou melhor a mecânica do sentimento. Se inicia pelo desejo e pela sedução, seja do homem ou a mulher. O homem tem alguns limites culturais nesse aspecto, não é geral, mas existem homens que possuem esse limite. A mulher era mais reprimida e assim com o tempo ela vai se soltando e se permitindo ter prazer. As atuais gerações são mais liberais. Após o preambulo amoroso, os movimentos ritmados levam ao gozo, mas eles são diferentes na mulher e no homem.

        Na mulher ela se prepara para receber e assim o movimento vaginal ajuda para que o esperma possa ir mais profundamente no canal. No homem nesse momento ele se joga sobre a mulher, quer dizer ele se entrega à mulher, seja com o esperma seja com o seus sentimentos de forma bruta ou rápida ou de vez e isso traduz uma doação à parceira daquilo que o homem é, isso é, a sua energia como ser vibra para mulher em tudo aquilo que ele tem como qualidade e virtudes limitadas, pois somos todos imperfeitos, o bem e o mal se misturam pois é a sua tradução de ser. Na mulher isso também existe, mas é diferente, como disse ela se prepara no gozo para receber e não para emitir energia. Mas após o termino do macho é a vez dela de se doar, isso quando existe amor e não apenas sexo. Assim ela te abraça e se joga para dentro de você. Se tiver sensibilidade para definir as energias que ela está lhe jogando, perceberá que são as virtudes dela mais presentes ou mais visíveis a olho nu. E é isso que age como parâmetro para que você posa descobrir sentimentos diferentes que não se tenha ou que se tenha. Veja como a natureza é inteligente. Nós que não sabemos perceber com o espírito e não com a libido a relação entre homem e mulher.

        Tem muita coisa que nos levam a trair um casamento, os mais comuns são as questões de finanças. Principalmente em crises econômicas do país, onde o Brasil é campeão disso, seja pela inflação desenfreada, seja pelo roubo mal consentido, o que afeta todo o mercado e conseguimos assim mais de 23% da mão de obra em ociosidade. Mas se isso acontece, na verdade, o que se viu mais foi o corpo e não a alma do parceiro (a). O homem foge da família por que ele quer ter paz ou apreciar um relaxamento sem as preocupações familiares de corrigir filhos, as contas para pagar, o dia estressante da mulher, seja pelo trabalho doméstico, seja por ter que fazer o trabalho doméstico. E a mulher deseja ser desejável, ou paparicada ou admirada e principalmente por palavras, sendo ou não verdades, mas que ela acredite serem verdades. Caso isso não aconteça dentro de casa, com toda a certeza ela encontrará isso na rua, pois são as necessidades seja do homem seja da mulher.  

        Voltamos novamente a frase: Educar é formar pessoas aptas para governarem a si mesmas. Como podemos nos governar? Cada corpo tem uma característica, seja feminino ou masculino. Assim na adolescência o testamos com, correndo riscos, assim descobrindo o que ele pode ou não fazer. Assim também com as nossas habilidades mecânicas e mentais. No meu caso eu adorava desenhar aviões, mas não tinha a menor noção de perspectiva e muito menos noção de sombrear qualquer objeto, assim pode afirmar que sou um péssimo desenhista artístico, mas pela racionalidade consigo ter um desenho aceitável para a área técnica, mas nunca ser caprichoso a um profissional. Assim descobri que não sou desenhista profissional ou artístico. Tudo funciona assim, mas como somos educados por uma escola e uma família temos preceitos que nos levam a inflexibilidade ou a ter uma flexibilidade muito alta e não uma flexibilidade equilibrada, pois a vida está sempre em equilíbrio. E o que é estar em equilíbrio dentro de nós? Conseguirmos definir os extremos e isso faz parte do aprendizado humano. E assim passamos por fases onde vamos de um lado a outro de um mesmo propósito. E assim podemos descobrir onde está o centro da proposta. Por isso se reencarna, pois temos que consertar as contrapartidas que não pudemos perceber na vida anterior e descobrirmos meios novos de ver a vida, pois a Terra evolui em conhecimento a cada geração.

       Com isso estou falando em nos conhecermos, compreender os limites que temos sejam musculares, fisiológicos e psicológicos, pois não somos perfeitos e mito menos mágicos, pois a mágica ou o milagre, não passa de uma ilusão.  Assim não existe salvação, mas evolução.

        E onde está a felicidade? A felicidade está em compreendermos nossos limites e não sermos forçados a promover uma opressão no que não somos capazes de mudar, e sabermos naquilo que temos habilidade e podemos realizar grandes prodígios com a nossa capacidade natural e nunca mediúnica ou de super poderes como o Super Man. Somos bondosos ou doces, ou inteligentes, ou equilibrados, indulgentes, perseverante, etc... e temos aquilo que ainda não tivemos oportunidade de desenvolver ou não soubemos desenvolver apesar da oportunidade que nos foi dada, mas obviamente ninguém consegue desenvolver todas as virtudes em uma vida, e assim temos por dever e bom senso perdoar os outros que não tem alguma virtude que possamos achar primordial. Pois podemos ter algum limite que o outro também ache essencial para ele. Assim não existe o erro nesse critério, mas o estado de alerta para aquela virtude.

        Como temos que perdoar o outro para podermos respeitar o outro, não podemos respeitar nada se não perdoamos a nós pelos nossos limites, e assim a indulgência conosco e com os outros. Porém temos uma obrigação, procurar meditar sobre esses limites e conseguir ampliá-los, seja por uma vírgula, por um degrau, por uma montanha, pois é um trabalho para a eternidade e não para uma vida.

        Todos sabemos que esse será o final da humanidade, a questão apenas é o tempo que se levará para concretizar esse caminho, mais rápido ou mais lento, mas todos farão a travessia. Agora quanto mais tempo se leva para crescer, mas objetivamente se é infeliz e se sofre, por termos um orgulho de sermos errados dentro dos critérios divinos e assim precisarmos compreender onde e como não estamos corretos e tentar nos aprimorarmos. Normalmente recorremos a ajuda de uma psicanalista, para tanto e ele se fará de espelho para podermos nos enxergar como somos, seja por perguntas ou por mostrar na lata o que está vendo. Podemos fazer isso sós, mas é difícil sem ter uma outra pessoa e só usando a meditação para isso. Isso é impossível, não, mas depende da cada pessoa e de seu objetivo, por isso alguns tem 20 anos de terapia e ainda não se sentem seguros para sair pela rua sozinhos e enfrentar as dúvidas que aparecem pelo caminho, e outros em alguns anos podem tomar posse de si com mais facilidade. Com isso estou falando que não existe uma verdade absoluta, mas relativas e assim não podemos acreditar em uma verdade imutável seja ela política, de vida, de educação ou de companhia. Outra coisa que não existe é culpa, se nós fazemos um julgamento e determinamos que um assassino é culpado pela morte de alguém, como vamos recuperá-lo ou darmos a ele a liberdade que nunca mais irá matar alguém? Não tem como. Ele é responsável pela vida que tirou e ele como responsável pode se recuperar, mas como culpado nunca. Pois culpar é uma placa que se põe no peito e se assume que se é culpado e nada acontece, quer dizer ele matará de novo. Por isso o único meio de proteger a sociedade é o tornando recluso e assim fazemos a mesma com desavenças pessoais, pois ele foi o culpado pela minha desgraça. A desgraça é minha como ele pode ser responsável por ela, na maioria dos casos a responsabilidade é nosso e ele apenas viu uma oportunidade e a usou e nós NÃO SOUBEMOS NOS DEFENDER. Adianta o que eu culpara alguém pelo meu erro?

        Vou expor um caso pessoal, nada grave, mas o erro foi meu e o cara soube aproveitar a minha estupidez e tirar vantagem de mim.

        Como disse eu sou de alguma forma bondoso, isso é ajudo os outros tentando explicar aquilo que aprendi e tentar facilitar a vida de alguém que precise ou possa entender o que estou expondo. Isso é falta de modéstia dizer que sou bondoso, não, apenas constato um fato em mim, isso não significa que sou santo e muito menos diabo sou apenas um ser humano. Se você acreditar nisso ou não me importa, pois é a minha consciência que eu levo em consideração e se ela aprova, para mim basta. Isso também é um ensinamento. Eu não vivo par a sociedade querendo ter o seu confete ou a sua aprovação, mas vivo para mim e para a minha consciência e assim para Deus.

        Bom eu fazia terapia em São Bernardo em um Hospital. Lá eu estacionava o carro e punha a placa de deficiente, pois tinha 190 quilos e assim andar era um problema. E lá a placa tinha o meu nome. Assim fui abordado certa vez por um senhor, se é que posso chamar malandro de senhor, e ele veio me pedir 20 reais. Eu desconfiei no ato, mas eu tinha que provar, mas eu não fazia uma só pergunta certa. O que me permitiu não dizer não imediatamente foi ele me chamar pelo meu nome. Assim ao invés de perguntar de onde você me conhece? Eu disse, você sabe que não moro mais aqui? (Tinha mudado para São Paulo). É lógico que ele falou que sabia. Para não enrolar eu fiz todas as perguntas erradas, dando a resposta nas perguntas e tentando evitar exatamente isso, mas cometi o erro mais primário nessa situação, e não é por que não conhecia a técnica, mas não conseguia usá-la. Acabei dando o dinheiro para o oportunista. A quem eu vou culpar, a ele que me enganou e foi safo em responder as minhas respostas e deve ter me gozado depois pela minha burrice, ou a mim que cometi todos os erros possíveis no assunto. A mim, evidentemente. Tem vários casos onde o conjugue usa o outro como o errado, mas naturalmente o erro é de quem recrimina e não assume a sua responsabilidade nos erros que comete. Na verdade, em um casal ambos sempre erraram seja para continuar casados ou pelo divórcio, depende mais se há ou não amor para a continuidade do casamento. Assim ninguém é culpado de nada, mas responsável e assim o erro é só seu pois foi você a vítima e não o algoz. O problema do algoz é dele o seu de não ser mais vítima, pois aprendeu como lidar novamente nessa situação. Todo o mal gera um bem e assim o mal não existe como não existe a culpa, mas existe o aprendizado e a responsabilidade.

        Assim eu me aceitando com minhas virtudes amplas, limitadas e medianas e não me recriminando posso perdoar os outros, por compreendê-lo e pela empatia de imaginar a sua limitação e ser feliz naquilo que a vida pode me proporcionar e assim poder me educar para gerir a mim mesmo dentro a realidade que me encontro dentro da sociedade Isso não significa que devo permanecer profissionalmente na posição que estou no momento e nem que devo ascender, mas decidir se o preço a pagar para ascender ou permanecer eu possa pagar. Se gosto daquilo que faço ou faço por dever. Se posso melhorar na própria posição pois tenho a capacidade para isso e conhecimento ou se não tenho o conhecimento necessário para ascender e assim melhor esperar mais maturidade para conseguir a promoção desejada, pois eu sou o policial o júri e o juiz de mim e eu decido o caminho que devo dar a minha vida, pois não sou um robô, mas um espirito com o livre arbítrio para errar ou acertar e não me culpar por isso mas aprender.