Será que eu tenho razão? Vamos pensar um pouco.
Sempre que alguém comete uma maldade sobre alguém esse
alguém sofre e se prejudica. É parece que eu errei.
Mas sempre que algo de ruim acontece existe um período
que pode ou não ser longo dependendo da forma como se encara o problema e se
lida com ele. Vou tentar ser mais claro.
Eu comecei a fumar quando tinha 16 anos, não que era a
primeira vez que estava colocando um cigarro na boca, mas com 10 anos eu fiz
isso com os amigos no cinema, mas a gente não tragava e assim não se viciava.
Era a vontade de crescer pois só homem fumava, criança era proibida de fumar.
Percebe como o efeito psicológico de algo pode te induzir a experimentar?
Pois é, quando se é adolescente se quer experimentar a
vida. É algo natural já que estamos reencarnando e querendo descobrir do que
somos capazes ou não de realizar. Lembro que meu filho dava cavalo de pau com a
bicicleta se testando. Eu sempre fui mais covarde em me machucar. Adolescência
funciona como uma descoberta e assim a situação problemática para os pais e os
riscos maiores para a juventude até a formação final da personalidade ou a
descoberta da mesma pelo próprio indivíduo. Isso não quer dizer que estou
definindo como tudo sendo possível para se arriscar na vida e se tornar um
risco humano.
Bom, como disse comecei a fumar com 16 anos. Um amigo
veio com a novidade fumando cigarro importado Benson & Hedge e Hi-fi creio
que era o nome do cigarro mais longo que o king size, o tamanho do rei. Bom ele
além de fazer o favor de trazer o cigarro ainda nos ensinou a tragar e assim
comecei a ser um fumante.
Quando estava na faculdade, meus amigos espaciais me
descobriram através de encarnados que não foram muito com a minha cara de
bonachão e assim para me tornarem joguete em suas mãos me obsidiaram com o
cigarro e assim manter um contato direto como se fosse um microfone escondido
em mim que podia ser acionado sempre que fosse conveniente e assim manipular
minha mente para seus desejos. Veja que maravilha. Eu tinha apenas 20 anos.
Bem, só consegui parar 34 anos depois.
No início da década de 10 do século XXI, eu estava
sofrendo de uma obsessão organizada projetada pela minha ex, que não
desconfiava. Não conseguiria conceber tal absurdo naquela mulher dependente e
pacifica. Com isso não consegui me libertar das amarras da obsessão, pois tinha
pedido para saber de cada pessoa que havia feito o trabalho. E o pior uma das
pessoas que ajudavam com o trabalho, era uma pessoa que estava tentando ajudar.
Tem cada coisa estranha. Não vou entrar nos detalhes disso, pois eu demoraria
muito para contar a estória e muitos meses para concluir os detalhes e
honestamente não vale a pena fazer um livro de sofrimentos e ignorâncias.
Em 2003 passei mal com pedra na vesícula e assim fui
internado para fazer o tratamento que acabaram recuperando meu ducto do
colédoco sem fazer uma extração da vesícula, que foi muito bom, mas não por não
passar pela operação, mas por que não percebi o benefício que era a doença para
a libertação do cigarro.
Quando há o entupimento do colédoco evitando que a biles
produzida no fígado entre no trato digestivo ele migra para o sangue e assim se
fica com aquela cara amarela esverdeado de doente crônico. Isso possibilita se
perder o desejo de fumar, realmente o cigarro perde todo o sabor se posso
chamar assim, já que fumante não sente sabor de nada.
Mas como todo bom teimoso quis fumar 3 cigarros por dia,
pois eu gosto. Sim eu consegui fumar 3 cigarros no primeiro dia e no fim de
semana estava de volta para 2 maços e meio.
Em 2005 eu tive outra oportunidade. Minha ex mandou uma
pode de maionese para casa com salmonela. Eu como fazia tempo que não comia
maionese, naquele dia me deu volúpia de maionese, azedinha e salgada. Como todo
glutão me fartei. Obvio minha vesícula simplesmente fez a sua função.
COMPRIMIU. E assim soltou as pedras novamente no colédoco entupindo novamente.
Fui para o pronto socorro, mas como eu e o enfermeiro não cruzamos os ponteiros
pois ele só tratava bem quem pagasse pelo atendimento e eu “durango”, para dar
algo começamos a ter problemas de atendimento, e eu não confiando nele para
aplicar os antibióticos necessários. Bom, sai do pronto socorro sem a alta
médica e fui para casa com a infecção correndo solta no meu organismo. Isso foi
em janeiro de 2005, em julho estava no Hospital Universitário para me internar
com a infecção do colédoco, que obviamente soube depois e entrei na faca para
arrancar a vesícula de vez.
A única vantagem foi que, enquanto estava no pronto
socorro, uma grande alma me falou que quando se está com esse problema de biles
na corrente sanguínea se perde a vontade de fumar. Não recordo se percebi na
hora o que ele disse, mas como já estava fumando mesmo no pronto socorro eu não
parei e continuei fumando.
Bom depois em julho eu realmente deixei de fumar e em
novembro de 2005 consegui com um trabalho delicado de desobsessão forçada tirar
os caras que estavam me acompanhando desde 1972.
Parar de fumar foi positivo pela minha saúde, mas
engordei, e muito cheguei a atingir 190 kg de peso, ficava difícil caminhar,
mas isso também foi ótimo. (Meio masoquista eu, né não?)
Bom com um enorme processo de obsessão que vinha desde
1968 na verdade eu precisava de terapia psicológica para pôr tudo que era meu
no lugar e desprezar tudo que foi implantado na minha mente desde então que não
me pertencia. Como só gordo ou revoltado agressivo tem terapia de graça pelo
SUS, me deixaram ser gordo, já que não iria sair dando porrada em todo mundo.
Foram mais 5 anos de terapia que realmente me ajudaram
muito a me conhecer e compreender onde estavam os erros culturais que faziam eu
viver em círculo e não com objetividade.
Veja que eu perdi a minha vida com essa obsessão, mas me
alterou muito o comportamento e descobri algo maravilhoso que o meu inimigo não
é meu algoz, mas a minha maior ajuda pela dificuldade que me impõe para vencer
as barreiras que o meu sentimento não consegue contornar pois estão
fundamentadas em cima do meu orgulho seja de soberba, posição, ou cultura e
assim são os meios para Deus mostrar que precisamos ter mais humildade para
consigo mesmo e aprender a perdoar os outros, pois o perdão que damos é para
nós seja por termos prejudicado alguém ou por termos sido incapaz de evitar o
mal que nos fizeram. Assim aquilo que chamamos de mal, na verdade é um bem
disfarçado de mal. Se Deus é todo bondade como ele poderia permitir que o mal
sobressaísse à sua bondade. Realmente é apenas uma reprimenda como nós faríamos
a nossos filhos quando cometem um deslize, mas quando são adultos, não temos
mais como repreendê-los e assim Deus ou a Natureza faz o seu papel, para
corrigir o transgressor de suas leis.
Como o mal não existe não existe também a culpa e muito
menos o sofrimento, me explico.
O sofrimento é um produto do orgulho e a não aceitação do
que está acontecendo em sua vida, assim você se esforça para retornar ao
passado e não ao futuro, por que o passado era bom e o futuro é incerto. Por
isso muitos preferem o sistema estático do conservadorismo, assim tudo se
mantêm confortável para quem tem os meios ideais para sobreviver sem alarde.
Mas aqueles que estão na penúria desejam mudanças e elas
fazem parte da evolução na vida. Assim mesmo sem saber com pequenas mudanças os
conservadores se tornam os indutores da mudança que farão com que eles percam o
poder que detém na situação estática que produzem ou desejam produzir.
A lei impõe que a vida progrida em detrimento da nossa
vontade, por isso querendo ou não sempre que encarnamos somos impulsionados
pela dor, pela novidade ou pela curiosidade a aumentar a nossa capacidade de
sobrevivência e conhecimento o que nos torna sempre mais evoluídos do que
quando aqui chegamos, e aí está a bondade de Deus, mostrando que a reencarnação
é um benefício e não um problema, pois teremos que modificar a forma que
tratamos a última vida, tendo sido boa ou ruim.
A outra questão que disse sobre a não existência seria a
culpa. A culpa é limitada, ela te impõe a culpa e pronto, nada mais acontece.
Você se encontra condenado eternamente pela vida. E assim você tem duas
alternativas, ou viver deprimido eternamente ou ignorar e continuar
prejudicando todos que passam a sua frente. Seria como a pena de morte
americana. Se eu cometer um crime que me leva a um tribunal e serei executado
pelo sistema pena à morte, simplesmente continuo praticando o crime, pois só
vou poder morrer uma vez.
Agora o que substitui a culpa? A responsabilidade. Como a
responsabilidade? Simples se você é responsável por lavar a louça digamos em
casa e você deixa um prato sujo ou mal lavado, simplesmente você pega e lava
ele de novo e resolve o problema. Mas se você é culpado por deixar o prato
sujo, você não precisa lavá-lo de novo quem o pegar que o lave. Percebe como
muda a questão.
Se você matar alguém nessa vida tirando a oportunidade
dele evoluir o que fosse possível nesse período que deixou de viver. Você retorna
sendo pai dele em outra vida e o orientando para conseguir recuperar o tempo
que perdeu, assim se quitando da dívida contraída e deixando de ser o condenado
para ser o reabilitado perante os olhos de Deus.
Veja hoje temos um enorme problema governamental que foi
o roubo sistemático que veio ocorrendo desde a colonização do Brasil. Muitos de
nós que estamos nesse país hoje, fomos corruptos ou corruptores em algum
momento do nosso passado e estamos agora purgando nossas responsabilidades para
aprendermos como se sentiu o outro lado da história que promovemos. E como
conhecemos sabemos como se pode mudar a questão e como devemos optar, se por
continuarmos com a mesma ladainha antiga ou mudarmos a forma de governo que
temos e de pessoas, mas como sempre teremos os oportunistas no governo eleito
por nós e serão obviamente fiscalizados pela população que os elegeu com o
compromisso de serem honestos e probos, se não forem espero que o povo saiba
reconhecer e os condenarem a perder a próxima eleição. Isso é aprendizado, como
as velhas raposas que ficaram de fora, se não fizerem nada para se reabilitar
com a população, caso que não os casos graves de roubo do erário, creio que
nunca mais tomaram posse de uma cadeira no governo (ao menos espero que isso
aconteça, apesar do Pará e de Alagoas.)
Para concluir. Veja que não existindo o mal ou o bem, o
que sobra é o melhor que se pode fazer, claro que o que eu sei é o melhor que
posso fazer, mas isso não quer dizer que não tenha ninguém que não saiba fazer
melhor que eu, mas também não exista alguém que não faça o mesmo pior que eu. A
questão aqui está apenas na escolha daquele que deve fazer algo para você da
melhor maneira que você conseguir que ele faça ou da melhor maneira para que
você possa entender que foi o ideal para você.
Um exemplo bem simples que pá que se possa entender essa
parte. Digamos que você gostaria de ter uma Audi R 6 Avanti com um motor de 4 l
e de 0 a 100 faz em 3,9 segundos. Legal o carro, né? Mas veja é uma perua,
assim você tem família ou precisa de um carro amplo para carregar ao para o seu
trabalho. Bom esse carrinho custa 599.000 reais.
Agora vamos ver se ele é necessário para você. Você não
tem muita carga para carregar, nesse caso o tamanho dele se torna sem
aproveitamento para o que você precisa. Isso é luxo. Um carro que faz de 0 a
100 km/h em 3,9 segundos é muito rápido para as estradas brasileiras e você
basicamente anda na cidade. Isso é luxo. Um motor de 4 litros deve beber mais
que um bezerro novo, acho que você também não precisa sustentar a Petrobrás
sozinho, ainda mais se o PT ganhar a eleição. Isso é soberba nem luxo é, mas
soberba pois sustentar a Petrobrás está mais para se mostrar para os outros que
realmente levar alguma vantagem, mesmo que tenha dinheiro para todo esse luxo.
Mas veja que legal, achei uma Fiat Weekend, que atende a
sua capacidade de carga, não é tão veloz quanto a Audi, mas na cidade você vai
andar a 10 km/h com o congestionamento de São Paulo e ela é econômica, pois o
tem apenas 1 litro de volume de motor, isso vai ser econômico. Seria
maravilhoso se fosse hidramática pois para a cidade isso é efetivamente uma
comodidade. E veja o preço dele é menos de 10% da outra, apenas 49 mil reais. O
que pode ser melhor para você?
Com isso o melhor se torna relativo e o bem é um Fiat e
não um Audi. Normalmente se compra um carro pela vaidade e não pela
objetividade, mas é isso que estou mês referindo ao melhor. Se eu quero mostrar
status para os outros sentirem inveja ou acharem que sou próspero é algo que
infelizmente está mais ligado a vaidade que a necessidade. Mas se o meu
objetivo é apenas ter algo que possa pagar com mecânica fácil e que em qualquer
esquina tem um mecânico que saiba mexer econômica e que atenda a necessidade da
minha família ou apenas a minha, a opção é a Fiat. Assim o melhor se torna
relativo e assim é o melhor para você não importando o que o João ou José acham
que seja o melhor para eles ou para você.
Resumindo: Não existe culpa, mas responsabilidade. O
sofrimento é apenas o orgulho que reclama que não deseja mudar e não aceita
aquilo que está acontecendo na nossa vida. E todo mal é um bem disfarçado, pois
nos fará avançar na evolução da vida, nos tornando melhores que quando aqui
chegamos.