Outro
dia estava discutindo esse assunto, mas é algo difícil de explicar, pois ninguém
quer aceitar que o ruim como algo bom, pois muito poucos conseguem perceber
isso. Assim um monte de livro de autoajuda falando sobre o tema das formas mais
variadas possíveis, mas nenhuma eficiente em sua plenitude.
Todos nós chegamos aqui com um projeto
de vida, assim uma missão. Esta missão é individual, não necessariamente em
fazer o bem aos outros.
A religião deveria estar mais aberta para
nos apoiar na missão que temos nessa vida e nos auxiliar a cumprir, mas infelizmente
pela manipulação religiosa ela deixa de cumprir seu objetivo, pois ela virou um
comercio e não um consolador, obviamente ela acaba sendo um artifício comercial
e não em expressar a perfeição de seu criador. Assim reencarnamos e chegamos
aqui para produzir uma melhora geral em nossos procedimentos instintivos,
transformando-os em emoções e sublimando-os em sentimentos.
Os filmes de grande sucesso, ou visam o
amor como excelência ou a violência como conquista, nada além de dois instintos.
Sempre procuramos o melhor para nós, quer dizer este é o instinto que nos
impulsiona a desenvolver as habilidades e a aprender, assim como o amor esta no
topo da pirâmide de excelência, sempre teremos um sucesso de bilheteria, pois
nos iludira que a vida é assim tão fácil.
A violência é outro instinto que é
utilizado pelo seu primitivismo, na verdade é a agressão, mas a injustiça é
fruto da nossa impossibilidade de vencer o mais forte, ou mais inteligente, ou
mais ladino. Assim ao unirmos a violência à injustiça teremos os maiores
sucessos de bilheteria, como Rambo, ou outros.
Como esses instintos são primitivos são
mais fáceis de estimulá-los, pois eram usados para que nós vencemos as
barreiras impostas pela natureza local. Como temos épocas e a cada uma delas
temos suas características e hábitos, digamos no Império Romana a morte era uma
coisa natural e não reprimida, mas a cidadania romana era algo vexatório caso
fosse violada. Então a cada época a sua verdade que tem necessidade de ser
reciclada. E para isso temos a reencarnação, que nos possibilita deixar o
passado na renovação do presente.
A ideia de reencarnarmos é superarmos esses
instintos, eu pessoalmente não acredito em suprimir ou recondicionar os
instintos, mas compreendermos e transformá-los, apesar de que eles expressam
apenas um condicionamento. Sim somos condicionados.
Os instintos, no meu modo de ver, são
caminhos mentais automáticos. Um fato ou imagem ou sentimento o ativa e o
caminho já traçado impõe seu determinismo, ié, o que está programado dentro
dele. Vamos ao mais simples para poder simplificar a explicação.
Quando ia ao médico ele testava os
reflexos batendo no vão da patela e a cabeça da tíbia, no joelho, para ver a
perna se levantar sem a imposição do cérebro no movimento. Um movimento
involuntário. O que acontece é que o estimulo segue o nervo e na coluna a
resposta pronta dentro de um neurônio é ativada e assim o nervo resposta leva o
estimulo ao músculo ordenando que ele se retraia e levante a perna. É um
caminho automático para a maioria das pessoas.
Quando os técnicos de futebol querem que
seja feito o treinamento e ensaia jogada, ele quer tornar aquele caminho no
cérebro um fato como um instinto, para o jogador, e assim quando estiverem na
área definida como ideal façam a jogada, sem a necessidade de pensar e atingir
o objetivo que é o gol.
O instinto é isso um caminho traçado que
procura nos proteger e nos levar a ficar vivo, como a nos reproduzir e criar
facilidades para suportar as intempéries permanentes da vida.
Os instintos funcionam como uma mente
auxiliar para nossa proteção e a porta de sua alteração é a inteligência, o
nosso raciocínio e dedução. Assim através de nosso raciocínio da vida vamos
descobrindo que o melhor caminho é a união e a aceitação, o amor, e toda a sua
amplitude de faces que ele pode demonstrar com a nossa experiência
terrena.
Assim antes de aqui adentrarmos à nova vida
traçamos projetos para compreendermos aquilo que efetivamente precisamos mudar
neles, os instintos seguindo nossos projetos de aprimoramento desses
sentimentos. Assim procuramos o que é melhor para nós, ié, cumprir o projeto
traçado. Esse sentimento é o nosso norte, é o que define nossa profissão, com
quem casar, se vamos casar, se vamos ter filhos. Esse é o projeto e esse é o
caminho.
Assim as diferenças entre uns e outros e
quanto mais velhos em espíritos nos tornamos mais diferentes ficamos e quanto
mais primitivos formos, mais semelhantes seremos, pela possibilidade de termos
menores diferenciações na complexidade de nossos sentimentos. Assim sempre o
passado era mais fácil do que será o futuro e não devemos estacionar no
parapeito da vida para ficar apenas olhando, temos que vivê-la que é rir,
chorar, amar, ser rejeitado, ser adorado, ser punido e tudo o que representa
viver, pois são experiências que nos ajudam a entender a vida.
A questão do sofrimento e da dor é a dificuldade que temos em aceitar as diversidades
e as controvérsias da vida. Elas acontecem para percebermos que ainda estamos
limitados na compreensão humana de viver.
Quando se acha a solução, aceitando o realismo do fato deixamos de
sofrer, a questão é descobrirmos esse realismo e ao que se refere. Nem sempre
temos capacidade de percebermos com facilidade essa premissa, assim passamos
mais tempo nos contorcendo na dor.
Podemos evitar sofrer se aceitarmos
antecipadamente o que nos fará sofrer como realidade para nós ( nunca pensei
que isso acontece-se comigo). O que é difícil, pois sem experimentarmos não
compreendemos os sentimentos ou emoções que surgiram dentro de nosso pensar ou
sentir.
Normalmente achamos que não somos
merecedores dessa dor ou desse fato ter ocorrido e assim relutamos em aceitar e
a partir daí colocamos um pedra sobre o assunto e nos iludimos com um
positivismo estrábico que não pode mais olhar aquele assunto de modo algum,
pois acabará destruindo todo o nosso trabalho de esquecimento como um bêbado
com o álcool que bebe para esquecer ou o drogado que quer ir para o paraíso sem
merecer ou saber o que fazer com ele. Vira um vício.
Não é fácil saber por que nos aconteceu.
Primeiro por que não temos uma só vida e não se trata de punição. Veja como
você pode saber a dor do parto ou como é amamentar uma criança sendo homem.
Você nunca vai poder saber, por maior que seja a sua imaginação ou a diarreia
que teve. O tamanho é muito maior. Assim como você pode compreender uma mulher
se nunca viveu como ela? Por isso espírito não tem sexo e deve experimentar os
dois corpos para compreender que as experiências deles nos trará a unicidade
divina. Uma vez em um filme não recordo qual que colocada Deus como um ente
masculino e feminino. Essa é uma verdade, mas nunca uma verdade sexual, mas uma
verdade das virtudes que esse dois corpos podem nos mostrar e ensinar. Assim a
necessidade da reencarnação. Imagine o nosso irmão troglodita que espera a 10
milhões de anos para renascer no paraíso e que não tinha a menor noção de
Jesus, Deus, Maomé, Buda ou Moisés. Seria o pagão inútil da criação? Ou seria
lhe dado o bondoso caminho da redenção mesmo estúpido e retardado, de se tornar
um anjo sem a menor compreensão do que é viver ou do que é o espírito, isso é
ele? Então para que fazê-lo sofrer e
viver nesse atraso todo? Por que ele é café com leite? Sádico seu Deus, não é?
É exatamente um dos pontos que todos ateu se prende. Por que deixar o outro ser
louco, indigente, ou analfabeto, se nunca terá a chance de superar isso. Agora
se alguém vir Lazaro ressuscitado por Jesus andando por ai, pode dizer que eu
estou errado, pois realmente ressuscitamos não reencarnamos.
Acho meio difícil, não reencarnar, já
que o Viking, o inquisidor e o mongol guerreiro que fui, viraram apenas em um
quadro na imaginação fértil da minha inteligência. Essas experiências são
únicas e individuais, quer dizer, são muito difíceis de fazer o outro
experimentar sem que ele deseje ou tenha a aptidão para isso, pois tudo leva
crer que os efeitos mediúnicos são genéticos e
podem não ser importantes para um projeto de vida que poderia prejudicar toda a
sua vivência se fosse religioso, ou se aceitasse a religião.
A reencarnação pode explicar o
sofrimento ou fatos controversos que podem ocorrer com todos independente da
sua vontade ou desejo, já que é necessário para sua evolução passar por aquilo
para que o choque o transforme em algo melhor e mais compreensivo neste mundo,
além de compreendê-lo melhor.
Assim temos que saber que o positivismo
nos é útil, pois teremos sempre em nosso caminho, no plano invisível, pessoas
que visão nos ajudar a conquistar as coisas
positivas da vida, perceba que o que é positivo, necessariamente não tem que
ser bom, mas útil.
Podemos não compreender, mas devemos ver
o que é melhor para nós e o que temos que fazer.
Quando alguém quer fazer um mal para
você ele pede permissão aos seus protetores. Eles analisam a situação e percebe
beneficio que poderá ter para você e assim eles permitem para que isso possa
levá-lo a outros caminhos que não o do orgulho e o egoísmo contumaz que todos
temos. Permitindo que no momento oportuno que um novo sentimento ou uma
compreensão mais plena seja adquirida sobre o fato imediatamente a dor cessa de
existir.
Vou dar um exemplo. Tinha um amigo
ativo, inteligente e útil para os outros, mas sempre deixava que a vida e os
outros o envolvesse deixando de cuidar de si. A vida passou, a família cresceu,
a mulher o abandonou e ele ficou sozinho e o pior sem poder trabalhar, pois foi
o grande vencedor de um prêmio. A artrose de quadril. E o pior não pode se
aposentar, pois trabalhou na informalidade e como o INPS está falido por má
gestão ele agora tem que se sujeitar a depender de outros.
Em um primeiro momento, obviamente ele
esta sofrendo e sendo humilhado por necessitar da ajuda de todos e seu orgulho
mergulhou sob a cama de vergonha.
Ele esta ganhando um tempo para pensar e
colocar a sua vida ou seu projeto de vida nos trilhos, perceber que seu orgulho
o tornou infeliz, querendo ser melhor do que poderia ou superior ao que ele
teria habilidade para realizar e assim de útil se tornou dependente. Percebeu
que seu objetivo de ajudar ao próximo era vazio, pois ele estava fora dessa
ajuda e assim todo seu positivismo escorreu para o ralo por que ele não
percebeu que fazia isso para os outros e não para si. A caridade é feita para
si mesmo e não aos outros, pois quando ajudamos alguém a se aprimorar, uma
parcela do mundo fica melhor e melhor será a vida a partir daquele momento. É
um crescimento homeopático, mas é um crescimento.
E assim ele agora achou um tempo na vida
para poder olhar para si e modificar seu tipo de comportamento e saber tirar
proveito de sua situação, pois toda aquela conturbação o fez perceber um novo
universo e redefinir as suas premissas de sobrevivência, valorizando mais a si
e assim ver o positivismo em si mesmo, não dentro da suposta felicidade mundana
que tanto se quer praticar, pois é a felicidade perpétua que vale, mas isso
precisa ser enxergado ou sentido para se compreender.