segunda-feira, 5 de março de 2012

A verdade e a relação com ela.


Hoje várias coisas aconteceram para que tende-se a este assunto para externar minha opinião. Mas começarei falando sobre algo que é ciência e como compreendê-la.
        Como sempre estou com o barulho da televisão ligada. E mudando de canal cheguei na Globo, era o final do tempo do BBB-12. Oh sorte! Esperei para ver qual seria o filme da noite. Era o X-Men.  O primeiro. Já havia visto, mas o começo é o magneto descobrindo o seu poder por mero acaso.
        Ele e sua família estão sendo levados para o campo de concentração, quando o separam de seus pais. Ele resiste perder sua mãe e a raiva ou o ódio o faz entortar magneticamente as barras que separam seus pais dele.
        Bom logicamente isso é irreal. Mas didaticamente é muito bom para explicar o Darwinismo. Pois é isso que se baseia a mutação. Uma qualidade (mutação) só aparece caso tenha uma razão para ser usada. Ele descobre o seu magnetismo em uma situação de stress e grande revolta, pois estão tirando a mãe de seu convívio.
        Quando Darwin estava em Galápagos percebe uma ave que tem o bico muito longo e que isso a beneficia para poder comer retirando larva de besouro de troncos de arvores e galhos onde a fêmea fez suas posturas. Notou que havia uma grande semelhança com uma ave muito semelhante no continente, mas com o bico curto. Percebeu que as aves tinham um ancestral comum que a ave do continente, quando da separação de Galápagos do continente, as que tinham o bico maior conseguiram se alimentar, já que a vegetação se modificou e o número de espécies animal diminuiu em Galápagos, então aquele alimento das aves no continente passaram a ser extinto em Galápagos e não no continente, desta forma a mutação que aumentava o bico da ave acabou produzindo conjuntamente com a mudança do habito alimentar uma alteração na espécie, que levaram vários séculos para se concretizar, em uma espécie diferente apenas recordando de onde ela surgiu.
        Perceba que nós somos produtos dessa mutação, assim temos qualidades que nem imaginamos que temos, pois nunca foram usadas, por não ter a oportunidade como também uma função dentro deste mundo. Assim o diferente pode ser muito superior ao que é comumente aceito como padrão social.
No século passado e no anterior gordura era sinal de saúde, riqueza, boa alimentação e prosperidade. Hoje com o que conhecemos, sabemos que isso é apenas uma deficiência para o mundo moderno onde temos a necessidade de uma quantidade muito baixa de energia em relação ao ato de sobrevivência dos nossos antepassados que tinham dificuldade em conseguir se alimentar constantemente. Assim os que conseguiam consumir maior quantidade de alimento e armazená-los tinham mais chances de sobreviver que com um corpo menos próprio para esse fim, fazendo que com a miscigenação essa qualidade se espalhe por toda a espécie.
        Existem inúmeros exemplos como os negros no continente africano que eram mais capazes de sobreviver ao Sol escaldante do continente que uma mutação branca ou albina do homem, mas em contra partida o branco no solo frio congelante da Europa teve mais chance de sobreviver que o negro que se sentia desconfortável, preferindo se manter na África.
        Com isso mostramos que a verdade é relativa, ao momento, a circunstância e a oportunidade.
        Tudo isso para falar de Constantino, Imperador Romano, que fundou a Igreja Católica. A palavra católica em sua concepção traduzida quer dizer verdade. Uma religião que nasce querendo deter a verdade, por tantos séculos de existência mudou muito a sua concepção dessa verdade.( O mundo ser plano, as indulgências etc...)
        Constantino tinha uma concepção de poder, pois sabia de antemão que o Império Romano não teria uma vida perpétua, mas pelo custo e a técnica disponível não teria condições de mantê-lo intacto. Assim cria Constantinopla e a religião católica. Ambas com o objetivo de dominação e facilitar a administração de um Estado tão grande. A verdade de estado ou política da religião católica é tão grande que o Vaticano é dito como Estado do Vaticano, ié, um país encravado no centro de Roma na Itália, além de ter embaixadores em vários países.
        A mesma coisa fez Moisés que foi um estadista e não um profeta, pois quem recebia as mensagens era seu irmão Abraão. Moisés foi o homem mais inteligente que a Terra já pode comportar, relativo ao seu momento histórico. Mas com toda a certeza, os pesquisadores encontraram Moisés com um nome egípcio e não como Moisés. Mas ele retirou do Egito o povo que vivia no Egito e foi dominado pelo avanço do império dos Faraós sobre seus vilarejos ou cidades transformando-os em escravos para o seu trabalho braçal.
A escravidão era uma forma de trabalho natural para a antiguidade, pois os dominados por não terem mais poder para subjulgar o seu opressor, auxiliava nos trabalhos que mais dificilmente as pessoas gostariam de fazer. Como foi um dia o chão de fábrica ou a lavoura brasileira ou as minas de carvão da França ou Inglaterra.
        E libertou esse povo, dando-lhe uma identidade fantasiosa, mas que na verdade trata-se do mesmo povo árabe que hoje se digladiam.
        Os Faraós tinham vários conhecimentos sobre administração e religião que Moisés pode colocar em prática com os recém libertos para um paraíso imaginário real em um plano etéreo, mas que deveria ser construído aqui com a compreensão de Deus ou das Leis de Deus, as Leis que comandam o Universo. Alterando seus instintos primários do homem troglodita que ainda existe dentro dos habitantes terrenos.
Maomé vem fazer aquilo que os Judeus não fizeram; dar aos irmãos árabes a religião que os judeus negaram a eles. Assim ela se alastra e comanda o Mundo com os Cristãos e os Muçulmanos, não exatamente com os Judeus.
Mostrando novamente que a verdade é relativa, mas a soberba sempre é punida.
A questão do ateísmo, não é uma péssima coisa, mas uma necessidade de fazer a religião migrar para planos mais realistas de sua função.
Outro dia estava vendo um pastor falar em vencer pela fé, acreditando que o seu desejo é a verdade divina, ie, a sua vontade.
Da forma como vendem a fé, a mistificam. Imaginem Hitler que se valia de todos os místicos possíveis para poder dominar a Terra, ou Napoleão que fez exatamente a mesma coisa que ele e queria dominar a Europa.
Eles não tinham fé? Tinham.
Acreditavam em Deus? Sim. Senão, Napoleão não teria sido coroado na Igreja ou se autointitulado Imperador na Igreja como fez Henrique VIII, se tornando Papa de sua própria religião.
O que Jesus quis dizer com “a fé remove montanhas”, que quando se tem fé em Deus, ie, se conhece as suas leis, se pode mover uma montanha de lugar, ié, podendo manipular as leis e assim conquistar a remoção da montanha, como os cariocas fizeram no inicio do século XX retirando o morro do Castelo da paisagem da Guanabara e construindo a orla do Flamengo jogando o mar para mais distante e permitindo uma orla maior.
Não existem milagres, mas inteligência e a ciência é a nossa porta para descobrir Deus e não uma ilusão de soberba que a minha fé, traduzida como minha vontade, transformará os meus caminhos pela minha arrogância, mas serão transformados pela minha humildade, pois as regras divinas são as que devem ser seguidas e não as minhas, as pessoais.
Podemos perder dinheiro, família, emprego, prestígio, membros e outras coisas. Isso nos acontece para que possamos ver a vida com olhos diferentes, olhos novos sobre velhos hábitos e assim podermos compreender como a vida é ou poderia ter sido se fossemos mais humildes e compreender que a única verdade que existe são as leis de Deus e são essas que devemos seguir.
Como? Descobrindo como elas são e não como dizem que elas são.
Assim a verdade é relativa a nós e ao momento que vivemos e não o que desejamos que ela seja. As frases expostas pelos profetas são frases sem nenhuma precisão, mas que falam aos sentimentos humanos e assim ela é compreendida, o raciocínio só pode ser utilizado depois que ela foi sentida e não ao contrário. O seu oposto importa para criar uma dominação sobre a pessoa e não sobre a verdade da sua pessoa.
Sócrates já falava em conhecer a si mesmo, isso antes de Jesus e Jesus só confirma isso, quando fala “vá e não peques mais”, pois você conseguiu compreender o erro e o motivo que o levou a pecar. Isto é, falsear a lei divina.
Assim para que possamos aprender a viver em sociedade, temos inicialmente que ter conhecimento de nós que nos dará a real dimensão do que é o nosso interlocutor e de que forma podemos conviver com ele e compreende-lo melhor em suas nuances.

Nenhum comentário:

Postar um comentário