domingo, 28 de outubro de 2012

O processo de obsessão.


        Estou ouvindo o programa Transição, e estão falando sobre a Obsessão.
        Uma coisa que para mim foi difícil pegar na compreensão da harmonia dos que nos seguem e são desencarnados.
São os interesses que possuímos e entre a vida e os seus objetivos, assim se gostamos de agricultura, muitos espíritos que gostam disso se aproximam, se apreciamos filmes de terror, outros com o mesmo interesse se aproximam e aqueles que tiverem maior afinidade de interesses em comum terá maior influência sobre nós e os outros que nos acompanham.
Assim com um auto conhecimento de si podemos separar o que pensamos e o que não é de nossa lavra de pensamento.
A auto modificação vai permitindo a que os que nos acompanham possam também modificar a sua percepção da vida e assim se elevar para uma próxima encarnação mais proveitosa para si.
Somos uma fonte de emissão de pensamentos e assim como queremos encontrar quem nos entendam, também outros sentem essa necessidade de ser entendido e que possam concluir a sua jornada capenga na terra e com toda a certeza terá a vontade de realizar aquilo que deixou de fazer, para recuperar a sua dignidade ou ascensão espiritual que não conquistou. Seria o mesmo que estarmos frustrados pela nossa incapacidade de não conseguirmos ser um bom jogador de futebol, ou um médico, ou um mero administrador, valermos de nossa ascendência sobre nossos filhos para realizarmos nosso sonho mal feito. Eles apenas são o que somos.
Assim o grau de afinidade e de repulsa entre todos é muito grande e forte. Como adulto temos todos os nossos interesses aflorados e dificilmente mantemos o contato com amigos de nossa infância ou nossa adolescência, demonstrando que o interesse real era diferente, mas os objetivos comuns da idade, estes sim eram relevantes.
Temos amigos por interesses comuns, tipo tomar uma cerveja no bar, assistir futebol, falar de mulher, discutir vestimenta, e outros. São grupos de interesse e não de afinidade, dificilmente encontramos alguém que tenha muitos interesses em comum conosco, são pouquíssimos, por isso quando falamos em amigos contamos nos dedos das mãos.
Esses que nos acompanham são amigos de certa forma, pois possuem mais de um interesse em comum conosco.
Outros que nos combatem tem uma visão apenas com objetivo distinto ao nosso, vence quem tiver a realidade a seu lado ou ao menos puder contemporizar a uma realidade onde ambas as colocações sobrevivem como um realismo mais verdadeiro que ambos anteriores.
Esta é uma visão do todo que a religião propõe. Tenho absoluta certeza que ela tenta explicar de uma forma neutra a relação entre ambos (o antagonismo) e como as forças se alocam no mundo. Com toda a certeza precisa se descer a mais detalhes, produzindo uma explicação mais clara e técnica, permitindo uma aceitação maior e um meio mais eficiente de nos responsabilizarmos no que apenas nós acreditamos e não eu e uma plêiade de espíritos que querem usufruir da vida que perderam se valendo da nossa para tanto.

Por que ser Indulgente com todos.


        Objetivamente, devemos compreender quem somos o que somos e quais objetivos mantemos aqui.
        Como todos sem exceção somos espíritos dependentes e carentes, pois ignoramos muito da realidade seja universal como matéria ou celestial como espiritual.
        Como nosso parâmetro de comparação de pensamento só ocorre com a exteriorização pela fala, tudo funciona no âmbito racional e não sentimental, assim bloqueamos o que realmente somos fingindo ser um ser humano digno apenas seguindo réguas, mas que no seu âmago se limita a seu egoísmo pessoal da sua soberba de superior aos demais, confundindo o seu sistema de proteção com a sua necessidade de projeção para deixar de ser o reduto intrínseco do demônio ou do animal que ainda precisa evoluir. E o pior; TODOS SOMOS ASSIM, sem exceção.
        Vivemos para os outros e não nos respeitamos dentro de nossas limitações como em nossa necessidade de atingir objetivos de sobrevivência. Isto forja uma mente controlada e irreal quando tudo isso fica em um plano apenas racional, sem uma mudança efetiva de sensibilidade intima, assim, não existe quem tenha prazer em trabalhar, pois faz por obrigação e não por prazer de ser como é.
        Muitos vivem no país das maravilhas, pois não podem suportar a desgraça que se abate sobre si. Assim sofrem um desastre da perda de um filho, ou uma doença irreversível e tenta ignorar dizendo que a vida é boa, mas não sabem por que foi vitima disso, facilitando a sua compreensão e assumir que o erro é seu, assim mantêm um rancor enrustido que evita um julgamento preciso sobre os fatos.
        O ruim é bom, apesar de não compreendermos como ele pode ser bom, mas objetivamente serve para um novo aprendizado em alguma nova linha que não estamos privilegiando em nosso entendimento da vida. Assim quando esse mal no advêm, o ideal é meditarmos sobre o assunto e ver as portas que podemos abrir no sentimento e na compreensão do mundo.
        Muitos têm medo de olharem com profundidade essa possibilidade meditativa de nosso cérebro, pela dor que pode provocar e nosso desespero de encontrarmos em nosso passado a responsabilidade que gerou esta situação. Todos temos essa noção, porem com a com a reencarnação acabamos esquecendo e assim vivemos felizes sem essa lembrança e assim fugimos de nossa responsabilidade de encontrarmos neste mundo nossa humildade tão necessária para nossa evolução.
        Somos todos soberbos, pois temos que nos afirmar por pura proteção. Como sempre digo o pecado original é o nosso sistema de sobrevivência que nos induz a nos proteger na maioria das vezes sem ponderarmos com inteligência toda a situação a que nos colocamos. Assim, ficando comprovado que reencarnamos, já que não podemos parar no momento oportuno toda a natureza e raciocinarmos qual a melhor decisão a tomar, requer prática conhecimento e experiência para sabermos por qual caminho escolher. Assim quando passamos por uma situação e erramos na decisão, quando isso ocorrer em uma nova reencarnação automaticamente descartamos essa possibilidade que não deu certo e partimos para outras alternativas, até superarmos a prova.
        Como a soberba se sobressai, a mais natural nem sempre é vista pois requer alguma humildade para perceber, pois no tira poder, ou nos mostra mais frágil do que desejamos demonstrar e assim nos submetemos às mais atrozes situações para, uns para sobreviver, outros por divida de passado, outros ainda por não confiarem em sua própria capacidade e se tornam dependentes de alguém que os explora na necessidade de ser louvado e se mostrar SOBERANAMENTE  superior aos demais, manipulando todo esse séquito.
        Por isso tudo há a necessidade da indulgência, para que o cego possa se desarmar da visão distorcida e com o tempo e a maturidade, não se sentindo afetado pela verdade possa enxergá-la com um proveito próprio e exclusivo de si, que será amenizado no mundo com um micronésio elevado a enésima potencia de paz mundial.
        Ser indulgente já demonstra certa superioridade, pois se consegue restringir a soberba pessoal a patamares mais realísticos sobre a responsabilidade de lidar com a vida e os outros. Para podermos ser indulgentes temos que não ter a soberba de estarmos certos, mas a compreensão de que ainda estamos limitados pelo que temos como dever de orientação a outrem.
Assim avisar ou alertar outrem do erro que esta cometendo, não é função específica de ninguém, mas se por acaso tiver que fazê-lo para o bem do próximo, tem que se aceitar a incapacidade do mesmo em compreender a sua colocação e a negação peremptória, da sua afirmação e assim, você aprende que deve aprender a ser indulgente.