Objetivamente, devemos compreender quem
somos o que somos e quais objetivos mantemos aqui.
Como todos sem exceção somos espíritos
dependentes e carentes, pois ignoramos muito da realidade seja universal como
matéria ou celestial como espiritual.
Como nosso parâmetro de comparação de
pensamento só ocorre com a exteriorização pela fala, tudo funciona no âmbito racional
e não sentimental, assim bloqueamos o que realmente somos fingindo ser um ser
humano digno apenas seguindo réguas, mas que no seu âmago se limita a seu egoísmo
pessoal da sua soberba de superior aos demais, confundindo o seu sistema de
proteção com a sua necessidade de projeção para deixar de ser o reduto intrínseco
do demônio ou do animal que ainda precisa evoluir. E o pior; TODOS SOMOS ASSIM,
sem exceção.
Vivemos para os outros e não nos
respeitamos dentro de nossas limitações como em nossa necessidade de atingir
objetivos de sobrevivência. Isto forja uma mente controlada e irreal quando tudo
isso fica em um plano apenas racional, sem uma mudança efetiva de sensibilidade
intima, assim, não existe quem tenha prazer em trabalhar, pois faz por
obrigação e não por prazer de ser como é.
Muitos vivem no país das maravilhas,
pois não podem suportar a desgraça que se abate sobre si. Assim sofrem um
desastre da perda de um filho, ou uma doença irreversível e tenta ignorar
dizendo que a vida é boa, mas não sabem por que foi vitima disso, facilitando a
sua compreensão e assumir que o erro é seu, assim mantêm um rancor enrustido que
evita um julgamento preciso sobre os fatos.
O ruim é bom, apesar de não
compreendermos como ele pode ser bom, mas objetivamente serve para um novo aprendizado
em alguma nova linha que não estamos privilegiando em nosso entendimento da
vida. Assim quando esse mal no advêm, o ideal é meditarmos sobre o assunto e
ver as portas que podemos abrir no sentimento e na compreensão do mundo.
Muitos têm medo de olharem com
profundidade essa possibilidade meditativa de nosso cérebro, pela dor que pode
provocar e nosso desespero de encontrarmos em nosso passado a responsabilidade
que gerou esta situação. Todos temos essa noção, porem com a com a reencarnação
acabamos esquecendo e assim vivemos felizes sem essa lembrança e assim fugimos
de nossa responsabilidade de encontrarmos neste mundo nossa humildade tão
necessária para nossa evolução.
Somos todos soberbos, pois temos que nos
afirmar por pura proteção. Como sempre digo o pecado original é o nosso sistema
de sobrevivência que nos induz a nos proteger na maioria das vezes sem ponderarmos
com inteligência toda a situação a que nos colocamos. Assim, ficando comprovado
que reencarnamos, já que não podemos parar no momento oportuno toda a natureza
e raciocinarmos qual a melhor decisão a tomar, requer prática conhecimento e
experiência para sabermos por qual caminho escolher. Assim quando passamos por
uma situação e erramos na decisão, quando isso ocorrer em uma nova reencarnação
automaticamente descartamos essa possibilidade que não deu certo e partimos
para outras alternativas, até superarmos a prova.
Como a soberba se sobressai, a mais
natural nem sempre é vista pois requer alguma humildade para perceber, pois no
tira poder, ou nos mostra mais frágil do que desejamos demonstrar e assim nos
submetemos às mais atrozes situações para, uns para sobreviver, outros por
divida de passado, outros ainda por não confiarem em sua própria capacidade e
se tornam dependentes de alguém que os explora na necessidade de ser louvado e
se mostrar SOBERANAMENTE superior aos
demais, manipulando todo esse séquito.
Por isso tudo há a necessidade da
indulgência, para que o cego possa se desarmar da visão distorcida e com o
tempo e a maturidade, não se sentindo afetado pela verdade possa enxergá-la com
um proveito próprio e exclusivo de si, que será amenizado no mundo com um micronésio
elevado a enésima potencia de paz mundial.
Ser indulgente já demonstra certa
superioridade, pois se consegue restringir a soberba pessoal a patamares mais realísticos
sobre a responsabilidade de lidar com a vida e os outros. Para podermos ser
indulgentes temos que não ter a soberba de estarmos certos, mas a compreensão
de que ainda estamos limitados pelo que temos como dever de orientação a
outrem.
Assim
avisar ou alertar outrem do erro que esta cometendo, não é função específica de
ninguém, mas se por acaso tiver que fazê-lo para o bem do próximo, tem que se
aceitar a incapacidade do mesmo em compreender a sua colocação e a negação peremptória,
da sua afirmação e assim, você aprende que deve aprender a ser indulgente.
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