Não saberia como iniciar o um assunto que
de certa forma é científico, mas também é espiritual.
Logicamente
que um necessariamente não interfere no outro, mas o espiritiual complementa maravilhosamente
bem o científico.
O
sistema de defesa é nada mais nada menos que o instinto animal que possuímos
embolado. Esta seria a visão espiritual, que passamos de uma simples ameba até
chegarmos ao hominídeo o desenvolvendo com a evolução formando assim a sua
complexidade, ie, o desenovelando ou descobrindo suas varias ramificação além
de se alimentar no caso da ameba.
Como não existe
manual, desenvolvemos nossos instintos pela experiência, assim uma ameba não
saberá que deve comer, até comer.
Eu tenho uma
cadela. Ela, como foi adotada, teve dois problemas que não tenho como
compreender, mas eles estão presentes. Um é o medo que ela apresenta. Como pode
ter sido desmamada cedo ou a disputa com os irmãos era muito acirrada com os
irmãos ou a morte da mãe a privou dessa proteção, ela adora leite e queijo. E
ela quando fica alegre ou feliz urina meio descontrolado, normalmente na presença
de uma visita que ela reconhece e gosta.
São uma maravilha
essas expressões caninas que ela tem, apesar de serem violentas, pois ela não
percebe a força e a agressividade que tem para mostrar esse carinho e a
reprimir seria tolher-lhe as expressões.
Outra coisa que lhe
aconteceu foi a castração. Não sou adepto a castração para que ela não tenha
filhotes e seja talvez mais comportada, com o gato isso altera totalmente o seu
comportamento o tornando um bibelô animado, já que a única atividade física que
ela pode ter é sair a noite para namorar e quando é castrado perde toda e
qualquer atividade física ficando esparramado em uma almofada dia e noite.
Não sei dizer quais
aas variações que ocorreriam a um cachorro, mas acredito que seria grave, pois
não faria que seu desenvolvimento fosse completo, mas parcial.
Obvio que temos que
ter um controle sobre a população de animais que vivem espalhados pelas ruas
das cidades, mas nunca tão radical como isso. Seria sensato permitir que a
cadela tivesse algumas crias, talvez duas, e depois se realizasse a castração,
eu, mesmo assim, preferiria o fechamento de trombas.
Bom mas voltando ao
assunto do instinto. Se pensarmos em um cão selvagem, ele caçará para se
alimentar, ie, usará a mandíbula para poder caçar e se alimentar, usando a
mandíbula para matar a sua presa.
Quando esse cão é
domesticado ele se vale da própria mandíbula para poder acariciar seu dono, não
sem interesse. A minha cadela me condicionou a abrir-lhe a porta de casa de
manhã para ela poder tomar sol fazer suas necessidades diárias e assim ela fica
me lambendo para que eu lembre que ela deseja sair.
Veja que os mesmos caninos
pontiagudos que furam a sua presa, também são capazes de acariciar de quem ela
dependa ou goste.
Por isso o mal não
existe, o que existe é o desuso de uma atitude ultrapassada para se expressar,
por outra ou mais aceita ou menos agressiva que a anterior. Esta é na verdade a
evolução que temos conquistado com o tempo e com a civilização que criamos.
Assim os instintos
ainda assassinos de alguns humanos que vagueiam pela Terra, são ainda resquícios
de uma incivilidade primitiva e não uma característica do mal como desejo
primordial.
Agora, como disse
temos os instintos embolados que os tempos e nossas experiências vão nos dando
margens para novos desmembramentos e assim aprendendo a ter uma vida melhor e
de menores questões controversas como doenças.
Se analisarmos esse
“embolamento” dos instintos, acabamos reparando em uma novidade (um novo
sentimento ou emoção), por isso que a adolescência existe. É quando o homem
descobre que o mundo íntimo unido ao exterior o proporciona prazer e dor e
assim o desenvolvimento da personalidade e das emoções, indicando o caminho do
seu futuro e a libertação do julgo paterno, permitindo que sua personalidade já
existente, emirja, pelas experiências passadas em outras vidas. Nesse momento
algumas das conclusões do passado remoto podem se manter ou alterar dependendo
de como pode perceber a informação nova que se apresenta como novidade e não
como coisa já vivenciada. Se esta lembrança fosse reavivada, não haveria a
possibilidade de mudança, mas de manutenção das velhas ideias e assim a
dificuldade da renovação da civilização e principalmente do indivíduo.
Não consigo
imaginar um exemplo que possa tipificar o que desejo descrever, mas vamos
tentar e ver a possibilidade disso. Como expliquei o cão usar suas presas para
matar e para de uma forma nova acariciar ele também pode lhe morder como forma
de carinho, obviamente com uma força controlada e nunca exagerada, mas pode
haver uma pequena ferida, depende da alegria que o cão possa estar sentindo.
Mais ou menos é o
que o homem também faz. Procura por emoções e assim o seu deleite. Como um
viciado sempre precisa de mais para poder se satisfazer e assim procura o
prazer das formas mais abstratas possíveis. Seja no sexo ou na morte, pois
ambos se baseiam no poder. Então talvez possamos aprendendo sobre o poder como
força suprema ou instinto básico gerador possamos melhor compreender a morte ou
assassinatos e o sexo como forma de expressão e seus limites.
Assim as expressões
virulentas ou ânsias desenfreadas podem vir desse instinto que ainda esta
tentando descobrir seu verdadeiro caminho e que o meio social atual já não lhe
aceita as diretrizes de permitir que se expandam de forma desenfreada.
Por isso Sócrates
peque que se conheça a si mesmo como meio de compreender a verdadeira vida que
se poderia ter. Como sempre uma mente muito a frente de seu tempo nem sempre é
bem compreendida e só o tempo pode lhe dar guarida para que suas ideias possam
ser efetivamente aceitas.
Assim o que desejo
expor é que a vida nada mais é que se desenovelarem os instintos para que
possam efetivamente exercer o seu papel que ainda desconhecemos, mas que pelo
espiritismo seria a sua transformação em sentimentos.