sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O sistema de defesa animal ou mesmo vegetal



Não saberia como iniciar o um assunto que de certa forma é científico, mas também é espiritual.
        Logicamente que um necessariamente não interfere no outro, mas o espiritiual complementa maravilhosamente bem o científico.
        O sistema de defesa é nada mais nada menos que o instinto animal que possuímos embolado. Esta seria a visão espiritual, que passamos de uma simples ameba até chegarmos ao hominídeo o desenvolvendo com a evolução formando assim a sua complexidade, ie, o desenovelando ou descobrindo suas varias ramificação além de se alimentar no caso da ameba.
Como não existe manual, desenvolvemos nossos instintos pela experiência, assim uma ameba não saberá que deve comer, até comer.
Eu tenho uma cadela. Ela, como foi adotada, teve dois problemas que não tenho como compreender, mas eles estão presentes. Um é o medo que ela apresenta. Como pode ter sido desmamada cedo ou a disputa com os irmãos era muito acirrada com os irmãos ou a morte da mãe a privou dessa proteção, ela adora leite e queijo. E ela quando fica alegre ou feliz urina meio descontrolado, normalmente na presença de uma visita que ela reconhece e gosta.
São uma maravilha essas expressões caninas que ela tem, apesar de serem violentas, pois ela não percebe a força e a agressividade que tem para mostrar esse carinho e a reprimir seria tolher-lhe as expressões.
Outra coisa que lhe aconteceu foi a castração. Não sou adepto a castração para que ela não tenha filhotes e seja talvez mais comportada, com o gato isso altera totalmente o seu comportamento o tornando um bibelô animado, já que a única atividade física que ela pode ter é sair a noite para namorar e quando é castrado perde toda e qualquer atividade física ficando esparramado em uma almofada dia e noite.
Não sei dizer quais aas variações que ocorreriam a um cachorro, mas acredito que seria grave, pois não faria que seu desenvolvimento fosse completo, mas parcial.
Obvio que temos que ter um controle sobre a população de animais que vivem espalhados pelas ruas das cidades, mas nunca tão radical como isso. Seria sensato permitir que a cadela tivesse algumas crias, talvez duas, e depois se realizasse a castração, eu, mesmo assim, preferiria o fechamento de trombas.


Bom mas voltando ao assunto do instinto. Se pensarmos em um cão selvagem, ele caçará para se alimentar, ie, usará a mandíbula para poder caçar e se alimentar, usando a mandíbula para matar a sua presa.
Quando esse cão é domesticado ele se vale da própria mandíbula para poder acariciar seu dono, não sem interesse. A minha cadela me condicionou a abrir-lhe a porta de casa de manhã para ela poder tomar sol fazer suas necessidades diárias e assim ela fica me lambendo para que eu lembre que ela deseja sair.
Veja que os mesmos caninos pontiagudos que furam a sua presa, também são capazes de acariciar de quem ela dependa ou goste.
Por isso o mal não existe, o que existe é o desuso de uma atitude ultrapassada para se expressar, por outra ou mais aceita ou menos agressiva que a anterior. Esta é na verdade a evolução que temos conquistado com o tempo e com a civilização que criamos.
Assim os instintos ainda assassinos de alguns humanos que vagueiam pela Terra, são ainda resquícios de uma incivilidade primitiva e não uma característica do mal como desejo primordial.
Agora, como disse temos os instintos embolados que os tempos e nossas experiências vão nos dando margens para novos desmembramentos e assim aprendendo a ter uma vida melhor e de menores questões controversas como doenças.
Se analisarmos esse “embolamento” dos instintos, acabamos reparando em uma novidade (um novo sentimento ou emoção), por isso que a adolescência existe. É quando o homem descobre que o mundo íntimo unido ao exterior o proporciona prazer e dor e assim o desenvolvimento da personalidade e das emoções, indicando o caminho do seu futuro e a libertação do julgo paterno, permitindo que sua personalidade já existente, emirja, pelas experiências passadas em outras vidas. Nesse momento algumas das conclusões do passado remoto podem se manter ou alterar dependendo de como pode perceber a informação nova que se apresenta como novidade e não como coisa já vivenciada. Se esta lembrança fosse reavivada, não haveria a possibilidade de mudança, mas de manutenção das velhas ideias e assim a dificuldade da renovação da civilização e principalmente do indivíduo.
Não consigo imaginar um exemplo que possa tipificar o que desejo descrever, mas vamos tentar e ver a possibilidade disso. Como expliquei o cão usar suas presas para matar e para de uma forma nova acariciar ele também pode lhe morder como forma de carinho, obviamente com uma força controlada e nunca exagerada, mas pode haver uma pequena ferida, depende da alegria que o cão possa estar sentindo.
Mais ou menos é o que o homem também faz. Procura por emoções e assim o seu deleite. Como um viciado sempre precisa de mais para poder se satisfazer e assim procura o prazer das formas mais abstratas possíveis. Seja no sexo ou na morte, pois ambos se baseiam no poder. Então talvez possamos aprendendo sobre o poder como força suprema ou instinto básico gerador possamos melhor compreender a morte ou assassinatos e o sexo como forma de expressão e seus limites.
Assim as expressões virulentas ou ânsias desenfreadas podem vir desse instinto que ainda esta tentando descobrir seu verdadeiro caminho e que o meio social atual já não lhe aceita as diretrizes de permitir que se expandam de forma desenfreada.
Por isso Sócrates peque que se conheça a si mesmo como meio de compreender a verdadeira vida que se poderia ter. Como sempre uma mente muito a frente de seu tempo nem sempre é bem compreendida e só o tempo pode lhe dar guarida para que suas ideias possam ser efetivamente aceitas.

Assim o que desejo expor é que a vida nada mais é que se desenovelarem os instintos para que possam efetivamente exercer o seu papel que ainda desconhecemos, mas que pelo espiritismo seria a sua transformação em sentimentos.

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