terça-feira, 23 de janeiro de 2018

O QUE VEM A SER CONHECER A SI MESMO?


Por séculos a religião de uma forma geral diagnosticou de pecado, um baixo desenvolvimento das virtudes. Me explico.

Digamos a inveja, a inveja evolui para a admiração e assim uma forma de se conseguir compreender melhor o desenvolvimento humano e não adquirir por osmose a virtude que o outro conseguiu desenvolver.

Assim a religiosidade tentou oprimir OS SENTIMENTOS indesejáveis, do indivíduo, falando em pecado e forçando que o indivíduo dissimula-se as suas falhas ou baixas virtudes, para que pudesse ser aceito socialmente, mas os sentimentos ainda eram os mesmos e na surdina ou como nos contos de terror, na calada da noite, eles apareciam, pois precisavam ser expostos para que o responsável pudesse assumir e os corrigir se conseguisse.

Infelizmente aprendemos a racionalizar os nossos sentimentos e assim criarmos algo desequilibrado mentalmente ou melhor, desequilibrado sentimentalmente como seres humanos. Assim temos explosões de humor em momentos as vezes críticos ou somos usados por espíritos com as mesmas “qualidades” e assim encontramos reforço aos nossos comportamentos desairosos e ainda encontramos justificativas para um procedimento que sabemos ser desconecto ou com o meio ou com o ambiente ou com a nossa moralidade.

Assim na realidade temos falhas de comportamento e não aceitamos ouvir a verdade sobre essa falha, o que nos faz magoar quando alguém comenta seja por ingenuidade ou por pura malvadeza o defeito que se carrega no bojo.

Como podemos amar a alguém se não podemos assumir os nossos próprios erros?

Não amamos ninguém, apenas nos escondemos sobre uma capa de benevolência para podermos parecer bons e não ser alguém que se é na realidade.

Assim a visão da homossexualidade trouxe um forte sentido de se libertar e assim assumir que temos sentimentos ainda confusos sobre o amor, pois ainda estamos em uma escala muito baixa da evolução.

Dizer que a homossexualidade é algo normal, me perdoem, mas pelo tipo de corpo que temos não é coerente essa afirmação, pois ele tem órgãos específicos para a função e eles não são utilizados adequadamente. Isso não quer dizer que não se tenha prazer da forma que é usado.

Mas se uma pessoa vem com um tipo de gênero, podemos dizer que ele aceitou essa colocação, pois precisava da experiência nesse corpo para poder compreender o outro lado da moeda, pois viveu muito tempo em um corpo diferente por várias encarnações, isso formou um hábito de gosto e apreciação e de visão do meio ambiente que agora em outro corpo ele ou ela não sabem ver como esse gênero pensaria e assim extravasa dentro de si o que conhece ou reconhece como natural, por isso a sensação de se ter uma coisa mais forte nos puxando para o outro lado do gênero e isso ser mais forte que a situação corporal, que mostra uma evolução, por mais louco que possa parecer, mas a testosterona não manda no espírito e o espirito comanda o corpo, assim aflora a inversão de ação sexual.

A pessoa em si tem o prazer pela lembrança, pela felicidade e não pelo ato em si, mas pela lembrança de sua felicidade. Mas amor não é sexo, amor é aceitação, é cumplicidade, é afeto e sexo é apenas uma forma de doar energeticamente todas essas sensações ao parceiro. Pensando nisso temos uma explicação eficiente sobre a questão para quem usa a inversão de seu papel de gênero, mas e para quem efetivamente continua sendo ou exercendo a função do gênero na relação homossexual?

Pode ser um estágio da passagem de um homossexual ou não, fica difícil fazer uma definição, mas deveria ser muito mais estudada para se compreender. Têm pessoas que se tornaram homossexuais, apenas por não terem tido sucesso com o sexo oposto, ou foram magoados, ou simplesmente acharam mais fácil esse tipo de contato, pois com o mesmo sexo se tem mais intimidade ao se ver o corpo nu, enquanto a visão do sexo oposto tem que ser pela oportunidade ou por estratégias que lhe permitam apreciar o panorama.

Uma coisa é certa, para podermos amar o próximo temos que nos amar primeiro e aceitarmos as baixas qualidades de alguns aspectos da nossa personalidade. Isso não quer dizer que se está errado, mas que somos responsáveis por querer ou não continuarmos enfrentando essa baixa qualidade ou não e a fazendo crescer ou evoluir.

Com isso não estou usando a homossexualidade como algo que deve ser deplorado, apenas o estou usando para exemplificar, pois é a mais visível e está na moda e como modismo, precisa ser comentado e questionado, mas a responsabilidade da baixa qualidade que temos em virtudes é nossa responsabilidade e de mais ninguém, não importando se é moralmente aceito ou repugnante à visão alheia, como um mendigo de rua que muitos evitam, pelo preconceito da sujeira e da pobreza, que é esse o verdadeiro preconceito do povo brasileiro, detestar pobre e maltrapilho e não negro, pois creio que todos temos algum amigo negro e profissionais que nos ajudaram que também são negros, assim não faz sentido ter preconceito de negros, mas de pobres e sujos.

Isso tudo foi justamente para que possamos comprender a sermos honestos conosco e não quando sentirmos um sentimento de revolta, mágoa ou qualquer outro sentimento que não seja adequado ou qualquer sentimento que não seja coerente politicamente.

Os artistas pela sua permissividade aceitam isso, pois fazem uma visão para a plateia e outra em particular, se permitindo serem eles mesmos.

Estão corretos? Estão errados? Não sei. Mas eles sabem lidar melhor com os seus sentimentos e suas idiossincrasias com muito mais habilidade que a população com o seu stress ambulante nas ruas da cidade.

Estou dizendo que devemos nos conhecer, e nos conhecer implica em aceitarmos os nossos supostos defeitos ou baixa qualidade de virtude. Não é os oprimindo que poderemos deixar de ser, pois eles foram úteis em situações extremas de nosso passado milenar, pois podem ter nos salvado a vida. Assim devemos perguntar a nós, como eles agem, como eles se iniciam, como eles se desenvolvem, em quais situações, onde, mas nunca, nunca pergunte por que, pois, como você não sabe e você está perguntando a si o por que, nunca terá uma resposta realista a sua pergunta, mas descobrindo como, você chega a conclusão do por que.

Assim, se amar é aceitar o que somos com nossas deficiências e nossas virtudes, pois elas são fruto da nossa vivência e experiências e foi com toda a certeza o melhor que pudemos desenvolver com o que conhecemos e com que aprendemos. E assim voltamos a reencarnar para aprender a reestruturar essa realidade que é nossa, corrigindo aquilo que se tornou arcaico dentro da época e do desenvolvimento presente, nos permitindo olhar detalhes que na primeira vez não enxergamos, pois é essa a arte de viver, aprender com a vida como se deve ser feliz e poder amar a todos indistintamente. E sabermos que quando não aceitamos alguém existem duas possibilidades:

1 – Sofremos com uma pessoa com a personalidade que ele apresenta e assim criamos a antipatia, pois nos gera medo ou receio.

2 – Pregamos com veemência contra aquele tipo de personalidade, pois escondemos de nós mesmo o desejo de fazermos exatamente o que o outro está fazendo ou assumindo a sua virtude de pequena evolução.

Adoraria que pudesse ser mais completo e preciso, mas infelizmente também estou aqui aprendendo e assim também não sou perfeito como ninguém que está encarnado e assim não tenho o direito de condenar ninguém, pois estarei em primeiro lugar me condenando. Assim quero que pensem na prece da Serenidade, que é uma coisa muito precisa do que tentei expor e espero que entendam que a reforma intima ou se conhecer é um trabalho pessoal e quem melhor pode lhe ajudar nessa premissa é o seu inimigo, pois tentando lhe derrotar apontará todos os defeitos que possui e assim ele na verdade passa a ser se amigo e não inimigo e como Deus disse: A vingança é minha, e ele vai saber a hora correta de dar a lição a esse seu filho, pois ele estará preparado para aprender.


“Senhor, conceda-me a serenidade
para aceitar aquilo que não posso mudar,
a coragem para mudar o que me for possível
e a sabedoria para saber discernir entre as duas.
Vivendo um dia de cada vez,
apreciando um momento de cada vez,
recebendo as dificuldades como um caminho para paz,
aceitando este mundo cheio de deslizes como ele é,
assim como fez Jesus, e não como gostaria que ele fosse;
Confiando que o Senhor fará tudo dar certo
se eu me entregar à Sua vontade;
Pois assim poderei ser razoavelmente feliz
nesta vida e supremamente feliz na outra.”
Que assim seja!

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