segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A Vida, quem sabe o Amor.

Estava vendo um filme, como de hábito americano. Têm muitos que não valem nem mesmo o DVD que foram gravados, mas esse, apesar de sempre desejarem o comercial, é sensível.
        O filme com o título em português é “Corações Perdidos”, não é dos melhores, mas observaram o filme por outro prisma que pessoalmente notei. O título em inglês, não tem nada com o usado em português, seria, em uma tradução livre, “Bem-vindo aos Rileys”.
        Fala da aceitação, ou no meu modo de entender o amor real, não o amor de desejo, mas o simples amor de aceitar e ajudar aquele que precisa ser ajudado, sem cobrança, mas ajudando, apoiando e solucionando. O Amor.
        Uma das coisas mais importantes da religião cristã é justamente o apedrejamento da adúltera. O que é importante nisso? Jesus, não a recrimina, não a repreende, mas pede que não peque mais. Ele confia que ela será capaz de cuidar da vida dela, por ela. Pois ela é dona de suas decisões. Ele a ama e a aceita com suas limitações.
        Ele sabe que somos o produto de uma evolução, onde cada um vence suas barreiras especiais, assim cada qual vem para o reencarne com projetos de talentos e dificuldades. Acredito que o talento seja o aprendizado de várias vidas dentro de um mesmo foco profissional ou com a mesma dificuldade, sendo obrigado ao indivíduo criar soluções para superar seus limites.
        Tudo que existe no mundo acaba dando conhecimento para que o indivíduo cresça culturalmente. Digamos que um indivíduo, como um guerreiro sanguinário nos idos dos séculos antes de Cristo, assim com várias reencarnações exercendo essa função. Mas a vida muda conforme a civilização se aproxima. Assim ele acaba se tornando um grande caçador, que aprende a usar a pele, os órgãos e ossos dos animais para comercializar e conseguir um rendimento maior.
        Já em outra ele acaba se tornando um açougueiro e assim se aprimora na musculatura e suas nuances. Então chega o momento dele poder favorecer todos que ele acabou retalhando em batalhas e tem a oportunidade de se tornar um grande cirurgião, solucionando problemas humanos e resgatando seu passado que o auxiliou a ter a grande oportunidade de auxiliar seus semelhantes.
        Por esse motivo Jesus não a recrimina, mas a protege. E esse é o maior ensinamento dele. Aceitar o diferente.
        Temos que ter noção do que é uma sociedade e o que é a evolução individual de cada um. Uma sociedade necessita de regras para coexistir, já o ser usa isso como instrumento para se aprimorar, pois ele se vale dos instintos naturais do corpo para sobreviver, mas tem a necessidade de compreender, pela inteligência, seus limites e seus poderes.
        Assim amar não é punir, mas limitar, não se estressar, mas ser firme nas soluções. Aceitar o diferente, mas saber corrigir com inteligência aquele que necessita, sem que perceba que esta sendo corrigido. Mas dentro de uma sociedade com regras, elas devem ser punidas, pois ninguém é obrigado a pagar para ser enganado. Assim em uma sociedade não pode haver privilégio, mas entre familiares a camaradagem deve servir para o aprendizado e não para burla a regra social. Assim Jesus não veio para destruir a lei de Moisés, mas para diferenciá-la em sua execução.  

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