A religião existe desde sempre. Ela ensinou nos primórdios da humanidade a curar doenças e favorecer organizações sociais para o desenvolvimento de família, cidade, vilas etc.
A questão é que ela surgiu por ser superior ao homem, na verdade, em suas manifestações. A mediunidade também existe desde sempre, assim a mediunidade contata espíritos mais próximos à Terra e com isso com a evolução de seus sentimentos ainda muito próximos dos instintos animais que carregava na Terra ou preso às necessidades terrenas de sobrevivência, assim a morte de inimigos por rituais satânicos são formas de vingança do pós morte do vingador ou algoz.
Toda oportunidade é válida e elas sempre vão se ajustando ao progresso e ao conhecimento. O desenvolvimento do Mediterrâneo com a navegação deu aos povos conhecimentos variados e descobertas distintas de plantas e animais, apesar da carnificina que a dominação impunha.
Para Deus nós somos espíritos, assim é ele que tem que evoluir, a carne é apenas uma máquina química muito bem elaborada e inteligente para que o Caos possa ter formado com tanta precisão e complexidade. Mas é obvio que a evolução das espécies como Darwin formulou é uma das premissas para o seu desenvolvimento. O que há é uma orientação genética para nova espécie.
O primeiro ser vivente foi criado com a mesma essência divina, mas essa essência é energética que dará o seu desenvolvimento para se chegar ao espírito.
Assim quando Moisés fala em pecado original, ele não se refere ao sexo especificamente, mas de todo o sistema de instinto de sobrevivência da espécie humana como também da manutenção da espécie, como sexo e fome.
Como todo animal para que possamos sobreviver, temos que nos alimentar e obviamente se encontrarmos uma área repleta de alimento, queremos garantir que ela seja toda aproveitada por seu descobridor, surgindo assim o sentido de posse, o território. Para mantermos essa supremacia sobre a área temos que defendê-la de intruso. Isto cria a luta e a diferença entre nós e eles.
Como a disputa pela fêmea e outras atitudes de liderança que a própria natureza deu ao homem como meio para ele sobreviver. Esse é o famoso pecado original, a agressividade humana.
Mas isso é um absurdo ilógico. Como Deus querendo montar um mundo, cria o pecado no seu ser divino? Por que a história foi contada desta forma por um motivo e a lógica impõe que Moisés queria ter uma nação e desta forma ele se valeu de toda a experiência como príncipe egípcio, tendo profundo conhecimento da religião dos Faraós e toda a cultura acumulada por eles. Assim hoje muitos pesquisadores se dão conta de histórias ou estórias semelhantes em outras culturas em outros povos que pela inteligência de Moisés e sua criatividade gera Abraão e outros dando uma noção de identidade a um povo que era uma mescla de escravos do Egito.
Perceba que todos os escravos não eram descendentes de Israel, mas dos povoados conquistados pelos egípcios e por escravos trazidos de outras localidades para ser vendido ao Faraó. Então não temos um povo único, mas diversas pessoas de diversas regiões que formaram o povo de Israel. Em suma eram árabes. Obviamente isso é problemático, pois muda toda uma cultura, uma nação, mas é importante para que possa se compreender que se trata de um povo só, árabe.
Se tomarmos a religião muçulmana, notaremos a enorme semelhança com o Torah judaico.
Moisés tinha que montar um povo novo de toda a mistura de raças que ali apareciam. Assim para poder ter o controle, ele se vale de Deus para manter o povo coeso e ter um futuro, mas o importante é a divulgação da existência de apenas um só Deus.
Isso vai trazer uma maior obediência sobre o povo, dando lhe uma estrutura mais espiritual que material. Porém temos os rituais que são uma forma de fazer com que verdades fossem mais bem assimiladas. A oferenda de animais versa mais sobre um primitivismo religioso que algo realmente divino.
Ainda, pouco conhecemos as leis que regem as normas ou a física espiritual, mas elas são distintas das regras que regem a matéria, apesar de acontecer alguma similaridade, pois uma deriva da outra.
Quando lemos Cristo ou Jesus, notamos que o que ele expõe é algo mais próprio da liberdade individual que uma regra, tanto que a única lei que fornece é:
--Amarás teu Deus de todo o vosso coração e ao teu semelhante como a ti mesmo.
O que é amar?
Aceitar. Como posso aceitar alguém que estou reprimindo?
Jesus com a pregação ela falava em ensinar, em tornar o seu igual responsável pela sua vida, que seus atos iriam ser julgados por Deus, isto é, no mundo espiritual. Mas ele também diz que não veio destruir a lei. Quer dizer, a organização social deixada por Moisés, onde há a necessidade de limitar o povo, como se limita uma criança que começa a engatinhar e assim vamos coibindo até a sua puberdade onde começa a aparecer o adulto responsável e senhor de si, com uma face de utilidade social, seja recolhendo lixo na rua, reciclando lata ou estabelecendo máquinas fabulosas ou fortunas grandiosas. Todos são úteis, pois necessitamos de todos para podermos continuar vivendo com maior longevidade não importando se fazem um cotidiano pobre ou complexo, mas executam a função que outros não teriam capacidade de exercer.
Cristo lança realmente uma religião e não uma nação. Assim há o momento que ele manda seus discípulos divulgarem a boa nova, o que Moisés, prega justamente a diferença entre os gentios. Assim Moisés cria uma nação, Jesus uma religião universal. Outra característica é a religião muçulmana reproduzir a toda a temática do Torah e cristianismo, pois é a mesma religião deles e isso dá coesão e união de povos formando nações e estabelecendo a inteligência árabe ao mundo. Poderiam ser apenas um povo. Já que os Judeus poderiam tê-la ensinado aos povos da região e assim não estaríamos com tanta dificuldade de compreensão em um pedaço de terra, tão pequeno com a imensidão do território que é o Oriente Médio.
O grande cadinho religioso é a Índia, onde a sua religião primitiva experimenta várias formas de contatos tanto o espiritual, como o psicológico. Quando copiam ou criam o Livro dos Vedas eles criam uma lógica para a religião e dão nomes, mas é a influência cultural, de área, região, que lhe dá as variáveis que se encontra em cada uma delas, mas todas são uma só, como uma matéria escolar onde temos a matemática separada da física e da química, mas que a maioria das contas surgem da observação de algo físico ou químico, e para se estabelecer uma equação é algo físico que gera a ocorrência matemática.
É muito mais fácil manipular um produto palpável que algo imaginário, como a psicanálise, a evolução de espécies, ou mesmo a física de Eisntein, ou ainda a teoria do Stephen Hawking. São coisas novas que ainda algumas não completaram um século. Como podemos ter a soberba de negarmos uma possibilidade de um mundo extracorpóreo. A possibilidade existe, mas ainda não temos uma prova contundente que possamos afirmar tal coisa, mas existem indícios.
A religião em si não é matéria de meios de sustentação material, mas de ensinamento. Assim não se pode cobrar por algo que foi lhe dado gratuitamente.
Obvio que ainda precisamos de pessoas que a divulgue, porém eles não são responsáveis pela libertação de ninguém. Quem se liberta das mazelas humanas ou terrenas são conquistas pessoais e não de uma religião, pois todas são uma só.
As religiões orientais são mais voltadas ao homem e a sua compreensão da vida nos dois planos, espiritual e terreno, já as religiões ocidentais te dão uma visão desse mundo desconhecido que somos habitantes naturais dele.
Constantino percebeu que a religião era uma grande forma de manter o mundo coeso dentro de sua propositura e assim para o povo romano aceitar a nova religião ele a mescla com a cultura da mitologia romana, que é uma religião, e assim surgem as estatuas e os santos o que pela religião cristã, ou melhor, a Judaica fala em não adorar imagens e a Igreja coloca em sua bíblia esse fato.
Lutero vem para tirar essa proposta material que estava inserido no cristianismo tornando-a mais pura e simples, mas como tudo é político ele teve que dizer que lucro não era pecado. Na verdade o dinheiro é um produto terreno, não tem sentido ter uma determinação divina já que é espiritual e dinheiro é de papel ou metal ou ainda se transforma em debêntures, ações, promissórias e outras papeladas do economês corrente.
O Kardecismo vem no século XIX pela mão dos espíritos, mostrando a realidade do mundo invisível e da lógica religiosa, destruindo o milagre, mas dizendo que é natural, assim uma força da natureza que ainda poucos sentem ou percebem, e que têm consciência dela, pois ela fala de nossos sentimentos e como ela acontece dentro de nossas cabeças dificilmente poderemos perceber o que não somos nós e o que somos. Um dos fatos mais comuns são a dupla personalidade, onde espíritos se apropriam do corpo de outro atuando como dono, mas é um intruso. Como normalmente o proprietário da vestimenta humana é altamente reprimido e não assume a responsabilidade de seus atos, na dificuldade ele prefere se ausentar do corpo e permite que o outro que sabe que não ira lhe acontecer nada age como “doidivana” enganando e iludindo aqueles que o aborda. Ele sabe perfeitamente quem é, se ele mantiver o mistério mantém o interlocutor cativo, como muito religioso se vale disso para manter fieis que o sustente ou seus projetos.
Não temos ainda toda a verdade exposta na religião a sua universalidade é muito maior, mas a religião Hindu provavelmente deve ter explorado todas as possibilidades e variáveis dela assim nenhuma delas carrega a verdade, mas as suas possibilidades.
Podemos dizer:
Que existe um Deus único que governa e sustenta este universo.
Estamos aqui aprendendo todas as leis do universo e a relação entre os seres semelhantes a nós que temos a necessidade de conviver, pois serão úteis para realizarem o que não pudermos e vice versa. Isto é o amor cristão.
Nós reencarnamos, pois não temos capacidade em uma única vida nos libertarmos de todas as amarras do instinto que nos prende no orbe terreno. Ainda somos passionais, bairristas, preconceituosos, oportunistas, individualistas, vivemos pela embalagem e não pelo conteúdo. Aparência e não pelo que se é. Assim as amarras da carne nos levam a sermos os animais que ainda tenta sobreviver em uma selva e não na civilidade. Temos sede de justiça, pois olhamos somente para o nosso umbigo e não pelo contexto da vida em seu infinito. Pois acreditamos que ao morrermos tudo cessa, quando na verdade continuamos.
Assim é o que acreditamos da vida é que nos impulsiona a termos a sociedade que possuímos e não a almejada, ou a idealizada por alguns.
O instinto é algo que a inteligência e a lógica podem mudar, nunca extinguir, mas transformar, assim apesar do instinto ser uma ato reflexo, pode ser modificado pela inteligência e não com a repressão, pois o instinto se sente atacado e procura a auto defesa como forma de combate, assim o ódio e a vingança como respostas à repressão. A submissão é a transferência da responsabilidade de viver colocada não mão de um pseudo-superior que nos transforma em um capacho e assim perdemos a perspectiva de individualidade como de criatividade e delegamos a outro, por culpa, a responsabilidade de nossa vida. A Culpa é o grande móvel para subjugar um ser humano. Somos responsáveis pelos nossos atos e ninguém mais. Assim apenas responderemos por eles e não pelos atos alheios, assim não devemos julgar, mas devemos saber o que é melhor ou pior para cada um. A lei única do cristianismo demonstra isso, basta apenas nos colocarmos no lugar do outro para sabermos o que é bom ou ruim para ele. Se você acredita ser bom para você pode ser bom para ele também.
A religião não é mágica, mas uma consolação, que fomenta a esperança, a compreensão do que somos, para onde vamos e onde devemos chegar, já que em determinadas provas nos sentimos abandonados, sós desamparados e frágeis e não há macho que não sinta essa impotência nos ossos em algum momento de sua vida, por mais hipócrita que possa ser e não demonstrar os cacos que se encontra o coração. Pois todos sem exceção temos um ponto fraco e estamos na vida para torná-lo forte, coeso e divino.
O sofrimento, nada mais é que a relutância em aceitar aquilo que já nos encontramos aptos a entender e perdoar, mas negamos a existência ou procuramos lutar contra ela e assim caímos no desespero e no ódio, materializando a negatividade ou a lamentação em nossa vida. Somos os “coitados” da vez. Até que tenhamos a compreensão de aceitar aquilo que negamos, não sairemos do sofrimento e da dor. Assim apenas essa descoberta é o que fará com tenhamos a paz intima e nunca através da vingança.
É isso que a religião veio dar ao homem e nunca uma regra, já que somos os responsáveis pelo que fazemos e somos.
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