Coloquei essa foto, por que a felicidade
desta cena é muito bem feita e demonstrar a dependência que um tem do outro. Eu
disse dependência.
Queira
ou não o filme tem uma beleza muito singela e realista da vida pela confusão
que ocorre entre duas pessoas que, digamos, se amam. Em português o filme
recebeu o nome de “Diário de uma Paixão”, já em inglês ele teve o nome de “The
Notebook”. Apesar da possibilidade de se pensar em um computador pessoal, na
verdade o inglês assume nomes do que lhe é pratico e já tem em seu vocabulário.
Aqui a referencia é de um diário, ou um caderno de notas pessoal onde se
escreve tudo sobre a própria vida e das ocorrências diárias contando a história
da própria vida. No caso o título em português retrata muito bem a história do
filme sobre as peripécias da conquista do amor e sua manutenção. Mas o que é
esse amor?
Pessoalmente
não acredito ou acho que ele seja um amor como esses, pois aqui ele se torna
subserviente às inconstâncias dela, como o filme mostra o inicio e o fim sem
termos o meio como parâmetro para uma analise mais conclusiva, assim posso
afirmar que não creio nesse tipo de amor ou como o amor de “Algum lugar do
passado”.
Isso
não é por ser cético, mas por ter algumas informações que podem ajudar a se
compreender essa atração chamada paixão.
Veja
que a religião que fala em amor é a Cristã e Cristo fala em amar o próximo como
a si mesmo. Então alguém colocou que amar na verdade nós não amamos, pois temos
interesse sobre o outro, seja por algo que ele em ou sabe ou aceita em mim que
me faz querer sua amizade e companhia, assim são os amigos. Mas e aquele que eu
não tenho nada em comum? Que não me oferece nada de útil para minha vida? Ele
não merece meu afeto, respeito, carinho e compreensão? Sim, lógico que sim. Mas
eu tenho condições de ser respeitador, afetuoso, compreensivo e carinhoso com
eles?
Ainda
somos seres humanos que estamos evoluindo, aprendendo com o que sentimos e como
aprimorar esses sentimentos. Uma característica natural da vida é o detalhe.
Veja o que digo:
Um
dia um dos nossos antepassados andando por ai se questionou que tinha que vir
caçar ou apanhar frutas ou legumes para comer e cada vez mais perto, na verdade
era um sentimento e não uma frase que fazia isso com ele. Então ele tentou ver
observar como aquela fruta ou vegetal nascia ou surgia. Em um primeiro passo
talvez tenha tentado levar a planta e replantá-la mais perto dele. Com isso
percebeu que a semente poderia dar a planta que ele estava replantando, ficando
mais fácil o deslocamento. Então percebeu que quando o Sol estava em certa
posição era melhor para plantar. Descobriu que ela se alimentava de água.
Percebeu que muita água acabava matando a planta. Assim foi percebendo detalhes
que acabou gerando a agricultura.
Dessa
mesma forma surgiu o folclore ou a cultura. Como eles não tinham uma
compreensão cientifica de solo, da planta ou da sua perfeita necessidade o que
dava certo como ação virava norma e assim cultura e crença.
Homens
inteligentes souberam tirar proveito disso para seu benefício ou para que a
comunidade se desenvolvesse, esse era o macho alpha da comunidade ou o
assessor, vulgarmente conhecido como aspone. E assim surge o Rei e o político.
Perceba que são os detalhes e as necessidades de uma comunidade que vai dando o
tom do desenvolvimento e civilizando o homem, fazendo com que ele tenha que
conviver com outros e proteger a sua comunidade ou família. E da Família surgem
cidades ou Vila.
Notem
que este nosso ancestral que começou a se preocupar em andar menos e aprender a
plantar, se ele não retorna novamente à Terra reencarnado, ele ficará no
ostracismo da ignorância plena por toda a sua existência. Se não há alma para
evoluir, obviamente estamos fazendo isso tudo para alguém, mas para quem? Os políticos?
Os comunistas? Os empresários? Mas todos morrem. Para quem a gente trabalha se desenvolve
e aprende? Obviamente só pode ser para nós mesmos? Não tem ninguém que ganha
mais com o que aprendemos que nós mesmos. E isso não é dinheiro, mas cultura,
capacidade de lidar bem com a vida e sobreviver.
Bom
tudo isso que expus, chama-se instinto ou sistema de defesa que todo animal
possui, seja uma ameba, um vírus ou um elefante ou mesmo o homem. Essa é a
nossa primeira forma de organização como se fosse o Windows ou o DOS, ou outra linguagem
que nos permita sobreviver onde vamos introduzindo conhecimentos ou programas
que nos permita atingirmos melhor nossos objetivos de vida e sobrevivência. A
vantagem do nosso sistema de defesa é que ele aprende com as dificuldades e
assim vai se ajustando às informações colhidas no meio ambiente e se adaptando,
mudando e tendo interesses em novos aprendizados.
Agora
vamos falar do espírito. Como eu disse precisamos reencarnar na Terra para
podermos aprender. Veja se eu tenho uma ideia que está na minha imaginação, por
mais que eu tenha estudado aprendido e seja inteligente, ainda assim preciso
testar se minha ideia atende todas as leis da natureza e funciona. Por isso a
parte mecânica foi a que primeiro se desenvolveu, pois era muito mais fácil de
observar e verificar se ela iria funcionar, assim surge a Revolução Industrial
e só depois vão descobrir a eletricidade e só no século XX descobrem o
transistor e depois a unidade de processamento e por ai vai, onde já a lógica
não é visual, mas apenas imaginária e funciona.
Bom
mas o objetivo é falar do espírito. Veja que na Terra temos a necessidade de
procriarmos, mas não de gerar espíritos, pois isso é atributo de Deus. Assim
pro que sou homem e minha companheira é uma mulher? Deus é feminino ou
masculino? Como é que eu como homem posso saber o que é e as dificuldades que
tem o sexo feminino? Por mais que possa imaginar, sem vivenciar nunca vou saber
como é a dor do parto, mesmo com muita diarreia. O que vem a ser amamentar,
sentir como é amamentar. Teorizar até se pode, mas vivenciar é outra realidade
e outra experiência, são novos detalhes que poderemos descobrir. O mesmo para
mulher, pois parece que ser homem é sempre mais fácil que a vida feminina, mas
os dilemas masculinos é que mostram o caráter de um homem e isso é muito
diferente que apenas o provedor ou o aproveitador pela libido.
Assim
o espírito tanto pode vir reencarnar na Terra como homem ou mulher, depende do
que ele precisa aprender para superar ou aprimorar e fazer evoluir os seus
instintos ainda preso no passado quando funcionavam tão bem.
Para
sermos femininos ou masculinos significa que polares quando encarnado, mas como
espírito não temos a necessidade de mantermos essa polaridade dependerá mais da
nossa compreensão e capacidade de confluir as duas polaridades em uma só. Assim
terá mais tendência ao feminino ou ao masculino dependendo da sua maior experiência.
Desta forma pode-se casar no Além, mas ai não é pela conformação corporal, mas
a afinidade de espírito. Não há efetivamente uma necessidade de casar, mas isso
é questão da evolução e da necessidade do espírito que solicita isso.
Por
sermos masculino e feminino, não há metade da laranja. O que há é a semelhança
de interesses e identidades de atributos pessoais.
Quanto
mais terrenos são os hábitos ou as interpretações da vida, mas próximo dela
ficamos e menos elevação temos. Assim podemos fazer sexo, casar, mantermos
círculos íntimos de amizade como na Terra demonstrando ainda termos limites
muito grandes na nossa evolução.
O
objetivo do amor é universal e não individual. Fomos separados em dois sexos
por que precisamos aprender a amar, assim o amor filial, paternal e
matrimonial, fazendo com que o núcleo familiar seja a estrutura básica do nosso
desenvolvimento dos sentimentos mais divinos possíveis.
Como
não existe a metade da laranja, não existe o amor perfeito ou verdadeiro entre
um homem e uma mulher. O que existe são atributos do espírito que outro
espírito deseja ardentemente conquistar e assim surge a paixão, que passa por
admiração, respeito e submissão. Isto gera um esquecimento de si que aquilo que
o outro viu como um meio positivo dele aprender também com o outro se perder
pela submissão que um deles delega ao outro, sendo no caso do homem traído e da
mulher enganada.
O
convívio entre duas pessoas deve ser de igualdade e compartilhamento, assim não
há problema que só o homem pode resolver ou que só a mulher possa resolver, com
exceção de dar a luz e amamentar. Então não existe a paixão perfeita, pois o
que se procura não é amor, mas a paixão, pois ainda estamos voltados a
interesses do que o outro pode nos oferecer e isso não é amor como vimos mais
acima.
Assim
no caso do filme que iniciei o assunto, o rapaz se submete a todos os caprichos
dela para que possa se decidir a quem realmente ama. Depois ele sofre de uma
convivência digamos 40 anos juntos e ela não se lembra dele somente em hiatos
de memória que são fugidios e ele sofre por que ele não consegue reconquistá-la
novamente e torná-la normal para uma vida a dois.
Perceba
que ou ele ainda não aprendeu com ela o que precisava ou ele é o responsável
pela falta de memória dela em outras vidas e assim o seu sofrimento por não
aceitar essa realidade. Como todos falam não nascemos para sofrer, sofremos por
sermos orgulhosos, então isso não é amor verdadeiro, pois o amor não faz sofrer,
mas se compadece, pois compreende. E assim quando Jesus fala que a verdade o
libertará é porque conforme vamos evoluindo deixamos esse tipo de sofrimento
orgulhoso como era comum no Século XIX onde se morria com tuberculose pelo amor
não correspondido ou condenado pela família deixando de ser um amor, mas um orgulho
e arrogante prepotência de ser maior que o próprio projeto traçado para
aprender e superar tal dificuldade.
Assim
a paixão doentia e dependente é na verdade uma doença e não uma naturalidade e
a vingança feminina ou a honra masculina nada mais são que o orgulho de não
perceber que fez tudo errado permitindo que o outro pudesse ter asas para voar
para outra realidade mais concreta que aquela que o traído oferecia.
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