segunda-feira, 21 de abril de 2014

Amo aprender e reavaliar a minha realidade imediata.






         Amo aprender, mesmo que às vezes seja doloroso. Mas o aprendizado lhe possibilita mudar seu caminho inúmeras vezes, ajustando à sua realidade de sentimentos íntimos.
        Já expus isso aqui, mas nunca é demais colocar novamente, principalmente se olhando por uma nova ótica.
        Admiro Descartes, pois ele colocou normas na ciência e ela pode ter o caminho que nos levou a realidade desse mundo que visualizamos à nossa volta. Graças a ele hoje podemos nos comunicar através de uma imagem virtual, conhecer outras maravilhas do mundo como interagir com outras culturas. Obviamente ele não fez isso, mas pelo seu ideal de retirar a vaidade dos projetos científicos ou a ilusão daquilo que não tínhamos respostas para explicar, mas imaginávamos uma resposta, para satisfazer a nossa vaidade de ser importante. E obvio, como era o começo do Século XVII e havia uma grande ou ao menos com o protestantismo uma outra visão que não a Católica no mundo Descartes pode questionar o que havia em filosofia e soluços para problemas. Afinal tudo era dádiva de Deus e não um fato corriqueiro do elemento natural.
        Vejamos que as duas afirmações são corretas, tanto um ato natural como uma vontade de Deus. Mas a questão está na interpretação. Quando eu me posiciono que isso é a vontade de Deus e isso me satisfaz, me conformo e sigo minha vida medíocre caminhando para a minha sobrevivência.
        Mas se o meu intelecto questiona o fato ocorrido, sempre haverá um por que isso aconteceu e assim me força a investigar o motivo da ocorrência.
        Perceba que a leis de Deus geram o Universo e o harmoniza, para um equilíbrio que se deteriora parcialmente de tempos em tempos, por uma necessidade que ainda não sabemos responder, mas que criam uma dificuldade nova para podermos encontrar a sua resposta de como aconteceu e como evitar ou saber como se prevenir.
        Descartes quando cita a frase: Penso logo êxito! Ele estava com uma visão distinta, pois estava recriminando a vaidade e o orgulho humano em se conformar com as explicações que era a vontade de Deus. E principalmente para nos diferenciar dos animais.
        O que ele fez foi nos ensinar a raciocinar. Procurando a lógica das coisas dentro da natureza com método e comprovação do que era afirmado.
        Agora vamos dar um panorama da Europa naquela época, Havia ainda a inquisição tanto que Giordano Bruno havia sido queimado em fogueira por ter questionado os dogmas da Igreja que ele fazia parte.
        Alguns anos antes (1517) Lutero escreve e divulga suas 95 teses que acabariam tornando um excomungado da Igreja Católica e que acaba gerando as várias religiões que conhecemos hoje de evangélicos ou crentes que na época eram conhecidos como protestantes por discordar da versão católica de ver o mundo.
        Um pouco depois de Lutero era na Inglaterra que surgiria outra quebra do elo católico europeu. A Inglaterra se desvincula do catolicismo criando a Igreja Anglicana, pela necessidade de Henrique VIII ter um filho homem para deixar como rei e se divorciar de Catarina de Aragão e Casar com Ana Bolena que ocorre em 1533.
        Voltemos à história da Igreja Romana. O Império Romano era uma área muito extensa para ser dominado pela força, pois era muito dispendioso manter tropas nas fronteiras, além da dificuldade de comunicação. Muito dos imperadores já visualizavam isso, mas nenhum deles tinha uma solução para o problema até chegar à época de Constantino.
        Havia também a questão de Jesus, do Messias Judeu. Haviam muitos outros que se diziam ser o Enviado Divino criando um emaranhado de profetas com diversos interesses nem sempre verdadeiros sobre a verdade do Universo que Jesus acabou mostrando ao povo de Israel.
        Assim Constantino, com sua inteligência e sagacidade, institui o primeiro neo colonialismo conhecido com a criação da Igreja Católica.
        Desta forma, como sempre, os evangelhos que eram os mais submissos dos apóstolos de Jesus, são usados para gerar a religião. Os demais são suprimidos ou perdidos e só com a descoberta dos pergaminhos do Mar Morto que se tomou conhecimento da existência deles mundialmente.
        Como o Império Romano só termina em 476 DC, tiveram tempo hábil em reestruturar toda a realidade guerreira por uma proposta mas condizente com uma religião delegando a outros Reis ou Imperadores a defesa da Igreja.
        Assim a Igreja surge com dois objetivos, civilizar de desenvolver a Europa e guardar os ensinamentos de Cristo e divulgá-los pelo mundo.
        Todas as religiões tem a função de juntar pessoas e fundar nações. O catolicismo fez isso na Europa. A judaica fez isso com Israel gerando um povo que era egípcio formando uma nova nação. O Islã teve sua parte de importância, que era de responsabilidade ao Judaísmo promover, mas que com Maomé toma impulso e gera uma nova religião, transformando os países da região do Oriente Médio e do Norte da África. A Religião Hindu dá unicidade à Índia com o surgimento do livro dos Vedas e o Budismo que é uma raiz do Hinduísmo se espalha pela Ásia amarela, já não formando nações, mas dando novas estruturas ao poder de governar. Talvez o Tibete seja o país que surgiu pelo Budismo.
        Como a Igreja era o poder determinante da época, havia a necessidade de desmistificar tal poder para que pudéssemos avançar no tempo com racionalidade e desenvolvimento, pois a Igreja já havia realizado o desenvolvimento possível pela sua visão de mundo e havia a necessidade de mudança, assim o surgimento do Luteranismo e do Anglicanismo no campo religioso e Galileu Galilei, Colombo, e Descartes, além de outros.  
        Voltando à Descartes. Descartes cria a frase: Penso logo existo. Por uma realidade de momento. Havia a necessidade do povo desenvolver o raciocínio e dar novo valor ao aprendizado, desta forma a lógica era uma ferramenta útil que deveria ser usada e retirar toda ilusão dentro da cultura existente na época. Lógico que ainda estamos tentando isso.
        Buda percebe que o equilíbrio entre duas realidades é o melhor caminho para se atingir o Nirvana ou o controle sobre si e seus sentimentos. Ao avistar um pai ensinando a seu filho a toca citará ele descobre isso quando o pai expõe a frase: Se deixar a corda muito frouxa ele não irá tocar, mas se a deixar rija demais ela se romperá, assim o meio do caminho entre as duas situações é o ideal.
        Descartes se vale do oposto ao que a religião visava nesta época. A lógica e não o sentimentalismo barato, dominante.
        Quando ele fez essa proposta havia um objetivo, mas hoje este objetivo é uma enorme mentira, pois se baseia em existir. A frase correta seria: Sinto logo existo. Pode parecer um contra senso, mas somos o que sentimos.
        Se isso fosse uma verdade, não haveriam árvores, plantas, cachorro e o que seria de uma ameba, coitada, não teria a menor chance de sobrevivência, e muito QI de ostra ficaria livre de ser chamado de QI de ameba nesta vida. Apesar de que a ostra não seria muito diferente da ameba já que fica inerte em seu espaço.
        Assim é um contra senso estimular a frase: Penso logo existo, seria melhor: Penso logo transformo, por que a existência se vale pelo sentir. Se você morrer e continuar sentindo, continuará vivendo.
        A psicologia ou Freud explica isso quando fala do trauma.        Mesmo toda a diferença entre opinião e forma de agir esta muito mais ligada ao sentimento que ao raciocínio. O trauma é isso, uma má interpretação de uma realidade e no caso de Freud foi a cura da Histeria em mulheres, por ver no sexo uma coisa peçonhenta, quando se trata de um instrumento natural para a reprodução e o alívio de tensões.
        Aquilo que acreditamos, notem, acreditamos, é o que torna o que somos. O raciocínio serve para essa seleção, fazendo com que certas afirmações se comportem conforme as nossas expectativas.
        Fazendo uma analogia atual, digamos que temos um computador com dois HDs. Um pequeno e outro grande, como o consciente e o inconsciente.
        No HD pequeno você coloca todo o seu programa de atuação, Windows, Office, e dependendo do seu interesse os outros programas. No meu eu tenho visualizadores de imagens, tocadores de musica, editores, conversores de música filmes e fotos, pois meu interesse é esse. Então eu vou à internet e pesquiso uma determinada foto, sempre vêm várias. Assim seleciono a que desejo. As selecionadas vão para o HD maior que só uso para armazenagem.
        Me pedem um filme, seleciono esse filme, traduzo se for o caso, fixo a legenda no filme e posto em um provedor para poder dar a possibilidade dos interessados verem o filme.
        Uma época fiquei sem um Drive para DVD que pudesse ler o DVD, assim tentei me adaptar com o computador da minha filha. Transferi programas, Fiz adaptações, mas o computador é dela. Não deu certo, era muito trabalho para um serviço porco.
        Fazendo uma analogia com o cérebro, temos o HD maior como o inconsciente e se expressa pelo meu interesse em filmes e fotos, já o HD menor é minha capacidade de raciocínio e meios de alterar a realidade da minha tela em fotos, textos, filmes e outros usando o que tenho como referência no HD maior.

        Assim a realidade humana é: Penso logo transformo, mas sinto, assim existo. 

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