segunda-feira, 14 de abril de 2014

ADOREI ISSO



Sou religioso, mas não vejo nenhuma diferença entre o que pratico e o que o texto expressa, com exceção da crença em Deus. Mas realmente também não acredito no diabo. Mas vamos tentar esclarecer o que desejo dizer por partes.
        Eu como espírita sou responsável pelo que faço, não importando o que faça, se são coisas boas vou ter uma colheita boa aqui ou no além, se forem ruins a colheita mais provável será aqui, mas será meu orgulho que determinará se sofrerei as consequências no além. Assim sou 100% responsável pelo que faço.
        Mesmo que eu esteja obsediado por um espírito vingativo, ele se valerá dos meus defeitos para me prejudicar, assim só vou prejudicar alguém ou algo se eu tiver tendências a isso. Ele só reforçará a minha vontade latente para que se realize e terei muita sorte se houver uma reação contraria imediata, assim poderei perceber o meu erro e corrigi-lo tirando o poder do vingativo espírito possui sobre mim. Assim, a meu ver, ele é responsável pelo que me induziu fazer, mas eu sou responsável por permitir que isso acontecesse ou que eu fizesse. Assim, se fiz algo ruim, a culpa é minha e não do capeta, pois eu tenho livre arbítrio e ele é responsável pelo livre arbítrio dele.
        Tudo que conquisto é sem dúvida mérito meu, pois ai esta a recompensa da colheita. Vamos explicar de outra forma. Deus quando pede que façamos a sua vontade, não espera que sejamos obedientes aos seus desmandos, mas ás suas leis, as leis da natureza. As leis que a ciência pouco a pouco vem descobrindo e abrindo novos horizontes para interpretarmos a vida. Então se eu consigo entrar em uma faculdade através de um honesto vestibular é por que estudei e pude responder as perguntas necessárias para que a minha alternativa fosse contemplada com uma vaga. Quer dizer eu conquistei, eu mereci, eu fiz por merecer a vaga. Pode haver uma ajuda de protetores, mas não é direta, mas indireta para que possa lembra-se da resposta. Mas o trabalho e o mérito são meus. Mas eu sempre agradecerei o apoio e a ajuda deles seja em ter me feito responsável ou me permitindo me lembrar de alguma resposta ou por qualquer outro motivo. Para mim não importa. Para um ateu isso importa, pois está calcado no orgulho, afinal precisamos sempre dos outros, mesmo para estudar alguém elaborou o livro ou a apostila que nos levou ao exame. Assim, se conquistei algo de bom para mim, o mérito é meu e também de espíritos que me auxiliaram quando foi necessário, pois são espíritos de Deus.
        Objetivamente os ateus realmente não têm nem produzem um pacto com o diabo, mas percebam que isso acontece com quem acredita não no diabo, mas em prejudicar outros sem ter que enfrentar as consequências diretamente, pois são covardes e sempre irão responder pelo que estão fazendo. Seria o mesmo que contratar marginais para realizar algum prejuízo a alguém. Com isso se paga a quem não tem escrúpulos. O ateu certamente que não.
        Agora eu também não acredito no diabo, pois sei que são apenas homens que morreram e se veem frustrados em ter que assumir seus erros assim se negam a acreditar que necessitam se reformar e procuram se vingar de desafetos ou a usar meios para minimizar seus sofrimentos, pois ainda se mantém muito preso aos instintos terrenos e assim ainda tem fome, necessidade de sexo, ter prazeres e outras coisas que alguns humanos se valem em fornecer-lhes. Mas objetivamente o diabo não existe.
        Assim não vejo muito diferença entre um ateu e um religioso, é tudo uma questão de interpretação e uma valorização de instintos nem sempre tão evoluídos apesar da inteligência que possuem. Como sabemos estamos aqui para aprender, assim temos que descobrir o que temos que descobrir e aprender, as vezes nos desviamos do caminho e a lei da vida ou a lei de Deus nos fará retornar ao caminho nos mostrando que aquela tese ou hipótese esta errada, o problema é que nosso orgulho nem sempre nos permite perceber que é sobre a hipótese que formulamos que estamos sendo questionados. Foi isso que René Descartes quis combater o nosso orgulho e vaidade nos colocando mais com os pés no chão. O Ateu honesto, não o frustrado que fica enfrentando religiosos querendo impor a sua verdade, mas que tem tanta necessidade de Deus quanto qualquer religioso , pois ele se distanciou, por ter acreditado em um milagre que não aconteceu e ele queria que acontecesse e assim se rebelou contra Deus e o Deus mais próximo a ele é o religioso mais próximo ao seu espaço, pois está pedindo socorro. Como dizia, o ateu honesto ele muitas vezes é mais caridoso e solidário que qualquer religioso que bate no peito dizendo e decorando as coisas de Deus.
        Não somos ninguém para julgar ninguém. Todos nós caminhamos para o mesmo lugar e com o mesmo objetivo, ser feliz e isso só ocorrerá na presença de Deus, então pouco importa o caminho que tomemos no percurso, pois todos chegaremos lá.

        Não importa que sejamos, ateus, espíritas, crentes, católicos, muçulmanos, judeus, hindus, budistas etc, cada uma das religiões tem algo importante para nos ensinar, pois é a nossa necessidade de aperfeiçoamento que ela esta tratando e não do meu orgulho e vaidade, muito menos do meu egoísmo, mostrando que somos todos irmãos.

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