Creio que estou querendo falar mais do que realmente
posso, mas vamos tentar fazer um ensaio sobre a felicidade. Como é ensaio, terá
algo útil e algo talvez nada útil, mas ao menos começo a desenvolver o tema.
A felicidade é relativa. Veja, um morador de rua pode ser
uma felicidade ter conseguido almoçar hoje. Já para o industrial pode ser ter
desencalhado uma partida de peças da produção que estava encalhada e com lucro.
Para um desempregado, pode ser terminar o mês vivo e sem dívida ou ter um novo
emprego agora no início do mês que se inicia. Quer dizer a felicidade pode ser
muita coisa e nenhuma ao mesmo tempo ou muitas ao mesmo tempo. Na verdade, na
vida a felicidade é um conjunto de fatores que nos possibilita continuar
vivendo com algum prazer.
A felicidade primitiva ela é simples, pois seria a
necessidade de se alimentar apenas e sentir o estomago cheio e assim não
precisar se preocupar pelas próximas horas em ter o que comer. Basicamente a
felicidade fecha o ciclo de sobrevivência do homem ou de um animal. Consegui
definir a felicidade como um instinto básico. Sobreviver é o primeiro, o sexo o
segundo e o terceiro seria o livre arbítrio que permite ao animal ou ao homem
decidir o caminho. E a felicidade engloba todo esses três. A sobrevivência está
exatamente na sobrevivência e assim ao procurar comida e continuar vivo, temos
a felicidade. Já o sexo se completa no gozo sem o gozo é um ato mecânico, pois
o que fica na sensação do gozo é a felicidade de ter gozado e se sentir
completo e relaxado. Já no caminho da escolha que é o livre arbítrio, é
exatamente o resultado final da escolha feita e assim se foi boa, gera a
felicidade se foi má, gera o desgosto. E isso impõem outra atividade importante
a inteligência humana, pois no erro aprendemos como acertar e acertado formamos
a felicidade geral de todo o sistema.
Assim a felicidade passa a ser o objetivo da vida. Mas
que felicidade é essa? Ai a coisa pega.
Vejamos seria felicidade ter uma Ferrari parada na porta?
Poderia ser, mas veja, somos hoje na Terra, 7 Bilhões de habitantes e garanto
para você que não existem mesmo nos vários anos da sua produção não existem 7
bilhões de Ferraris para dar a cada um. Ou Masseratti, ou Porche, ou colocar
toda a população brasileira morando na praia do arpoador no Rio, como queria
Tom Jobim para dizer que a vida é justa. Daí se conclui que não é bem uma vida
materialista que vai nos dar condições de sermos felizes. Quer dizer, podemos
ter 7 bilhões de carros fabricados para atender a cada um dos habitantes
terrenos ou apenas 3, 5 bilhões já que supostamente poderemos ter uma mulher
que saiba dirigir e assim dividir o carro com ela. Ou melhor, 1,75 bilhões de veículos
pois a família média teria 4 pessoas e assim um carro além de ser dividido por
duas pessoas, inda pode dar carona para mais dois filhos, assim ter um carro é
um ponto de felicidade, mas para quem trabalha na roça talvez um trator seja
muito mais interessante que um carro. E assim o número de carro diminui e vai
havendo um equilíbrio dentro da realidade do cotidiano e a necessidade de todo
o ser humano. Então a felicidade não é ter um bem material, mas ter o bem
material que atenda a nossa necessidade primária.
Voltando ao carro. Um carro é feito para durar de 10 a 20
anos. Assim ir ao trabalho com ele e voltar e sair para alguma viagem ou um
passeio aos domingos não é um carro que precise ser trocado com certa
constância. Mas se você trabalha com o carro como taxista ou vendedor para
varejista ou mesmo industrial, o carro passa a ser uma ferramenta de trabalho e
não um luxo assim ele deve ter um tempo útil de vida que as empresas estimam em
4 anos se isso ainda não mudou, assim a cada 4 anos é um bom período para se
trocar de carro para um mais novo, pois se garante uma manutenção adequada e um
trabalho tranquilo, já que se é dependente desse bem para o trabalho. Veja que
existe uma realidade para cada função e cada necessidade, assim essa felicidade
é relativa. Se essa realidade é relativa e não é perpétua, ela não é uma
felicidade, pois ela tem um tempo de duração, longo ou curto, mas tem um tempo.
Agora vamos pensar em outra coisa. A unicidade da vida.
Para mim não faz sentido algum. Por que? Ora muito simples. Imagine um troglodita
falando gugu dada. Ele despenca de uma árvore e morre. E então ele vira Santo?
Não faz sentido. Se Deus sabe que ele vai despencar de uma árvore e virar santo,
pô faz ele santo já, para que fazer ele estourar a cabeça na rocha? Não faz
sentido. Explicando a felicidade ai em cima, disse que aprendemos e assim melhoramos
nossa condição de vida. Um Tatu faz uma toca desde o dia que surgiu na Terra,
mas nós construímos prédios e saímos das cavernas, melhoramos o nosso conforto
ou complexamos a nossa vida com a necessidade do dinheiro e hoje não tem mais
caverna para o morador de rua ou em situação de rua se abrigar em uma caverna.
Imagine você um cientista japonês inteligente que constrói
um robô e o estrutura para realizar várias tarefas para você. Mas para que ele
execute todas as funções, ele precisa de uma peça que não existe no mercado.
Bom o nosso cientista japonês vai ter que fazer a peça e assim deixa-lo
funcional. Bom como apenas ele consegue fazer e tornar o robô funcional, não há
como outro fazer um robô que depende dessa peça assim ela cria o monopólio.
Então ele começa a vender para outros seres humanos esse robô. Mas ele precisa
dar uma garantia de funcionamento. Se o dono desse robô deseja manda-lo na
mercearia comprar um maço de cigarro e ele ao ir ao bar comprar sofre um
atropelamento e é destruído. Bom o japonês inteligente não avisou que o robô
não pode ir à mercearia comprar cigarro, pois ele pode perder a vida ao cruzar
uma rua. Bom, ele não previu todos os usos desse robô e assim deixa ele de lado
e manda o dono dele ir buscar ele o maço de cigarro. Ou ele poderia optar a que
o robô tivesse um material mais resistente e pudesse sofrer impactos e passar
por uma funilaria e voltar a vida e aprender com o erro cometido? Acho que a
segunda opção seria mais sensata. Se eu posso pensar nisso, por que Deus que é
perfeito não pensaria? Obvio e assim se confirma a alma ou espírito e a
reencarnação ou a ressurreição redefinida. Afinal como temos dificuldades em
compreender a amplidão de uma palavra bradada pela primeira vez na Terra,
podemos tê-la deturpado ao longo do telefone sem fio que ela surgiu no mundo ou
não compreenderam muito bem o que seria voltar ao útero da mãe, já que ela
tinha morrido e ele já teria um metro e sessenta e cinco para poder voltar ao
útero materno. Fala a verdade, não é “bunitinha” essa lógica?
Bom então seria mais sensato termos um troglodita caindo
da árvore e morrendo e voltando reencarnado em um novo corpo e assim prefere
andar no solo que ficar se aventurando pelas árvores, pois ele deixou de ser
macaco.
Veja que definimos como felicidade, não ser exatamente um
bem material, apesar de ser uma necessidade momentânea ao menos nessa vida e
termos a necessidade de aprender como os erros e acertos que realizamos, assim
também não faz o menor sentido o orgulho. Vamos pensar um pouco nele. Imagine
que estamos aqui na Terra na Europa na época da inquisição. E como se diz a
Bíblia é o resumo ou o manual de utilidade do homem de como se deve viver. Bom,
ela não fala que você pode entrar em uma caverna com o Leão faminto e sair de
lá sem ser devorado, pois o outro que entrou depois de Daniel foi devorado. Bom
a interpretação é que se deve acreditar em Deus ou em si e assim poder domar um
leão, alimentado, mas um faminto não entra na jaula, pois vai virar almoço. Tem
louco que entrou na jaula de leão faminto. Morreu, pois os cristãos que
entraram no coliseu para serem comidos por feras famintas foram comidos pelas
feras, mesmo acreditando em Deus. Percebe que a Bíblia não é um manual claro de
sobrevivência? Mas que merece meditação e interpretação? Ótimo e assim o que
foi exatamente a inquisição? Um grande massacre de quem se aventurava a
questionar a entidade Igreja e não exatamente a Deus, já que Martin Lutero
acreditava em Deus. Quer dizer era uma questão de interpretação odo livro
sagrado e não exatamente de se questionar a Deus. Isso acontece entre os
protestantes, dentro dos católicos e ortodoxos, já que é a mesma igreja surgida
do Império Romano, como os sunitas e xiitas do islã e os judeus ortodoxos e os
mais liberais do judaísmo. Na verdade, são relações de interpretações que
afastam um grupo de outro, pela rigidez ou pela liberalidade na interpretação
do livro sagrado. A verdade é que apenas existe uma religião e essa é a religião
de Deus onde até o ateísmo faz parte, pois a ciência é uma das expressões ou
vontade de Deus.
Assim você como um inquisidor nessa época morreu
acreditando que o certo era aquilo que você praticou, pois, seu orgulho não
poderia lhe permitir estar errado e assim matou muitos blasfemos em nome de
Deus e assim você acredita que fez a vontade Dele, quando na verdade você fez a
sua vontade e o usou como justificativa para tanto.
Bom como Deus não é ingênuo, ele criou um mundo perfeito onde
suas leis são maleáveis para todas as situações e assim quando você, inquisidor,
morre acreditando que estará nos braços do Criador eis que percebe que é
chamado de assassino e carrasco por vozes invisíveis e assim se revolta contra
Deus e passa uns 400 anos sofrendo a decepção de fazer a sua vontade se
iludindo fazendo as vezes de Deus. Como disse Deus não precisa de ninguém para
servir de corregedor dos erros humanos, Ele é bem capaz de ensinar seus filhos.
Bom, isso implica que esse inquisidor deve retornar a
Terra para saber se aprendeu a viver entre os encarnados sem usar Deus como
desculpa para viver a sua vida profana. E assim também se atualizar das
novidades que surgiram na Terra nesses 400 anos que em que viveu preso em seus delírios
de soberba e onipotência. Assim ele vem como um Zé ninguém e começa a pagar
suas dívidas contraídas em épocas passadas. Ele, nosso inquisidor, não é bem
sofrendo, mas aceitando as dificuldades mesmo injustas ou arbitrárias sem
revidá-las, permite que possa compreender como a vida funciona e como e onde
está a felicidade da vida.
Assim se renova a vida ou o conhecimento de cada espírito
livre com a limitação da matéria para poder compreender melhor aquilo que a sua
imaginação pode criar e ser produtiva, pois existe um equilíbrio e variáveis
desse equilíbrio que podem ser alterados para um funcionamento desejado ou
momentâneo para se atingir esse objetivo.
Bom acho que podemos ter algumas conclusões de todo esse
monte de informação.
Bom podemos dizer que a felicidade não é material pois a
matéria em nós é momentânea e assim não é perpetua. Isso por não sermos carne
mas espirito. Bom a felicidade é o objetivo da vida, mas não da carne, mas do
espirito e assim qual é a felicidade do espírito? Sendo honesto, eu também não
sei, estou aqui para descobrir também. Só estou tentando abrir caminho para que
alguém também me ajude.
Os espíritos falam em prazeres do espírito e assim o que
pode ser isso? Suponho que seja se realizar, isso é cumprir a sua meta de vida.
Como ela é individual, creio que cada um tem uma. As vezes pode ser criar a
família, poder construir uma casa, criar um cachorro, ensinar como professor,
desenvolver um negócio ou ser um bom político (ihihih, acho que esse é o mais
difícil ainda mais no Brasil).
Como tudo que fizermos aqui fica aqui, o que levamos é o
quanto pudemos melhorar a vida dos outros e a nossa própria. Um ator usa a sua
profissão para ensinar seu público a sentir ou a compreender os sentimentos e
assim se aprimorar dentro de uma premissa cultural. Se ele consegue pois ele é
responsável por tudo que expõem como eu aqui nesse texto ele segue feliz para o
braço do altíssimo, caso contrário se perde no umbral como o nosso inquisidor.
Apesar de existir as trevas ela não é perpétua, como viver no Umbral também.
Assim temos a responsabilidade dos nossos atos como um
meio de nós nos superarmos e ajudarmos os outros a se superarem. Pois é esse
conhecimento e essa capacidade que manteremos sempre conosco e assim a
felicidade é a felicidade do espirito que cada um deve descobrir o seu programa
de vida que traçou para executar aqui e a melhor forma de fazê-lo funcionar,
por isso os bens materiais são apenas pontos necessários para se conquistar
essa felicidade e não efetivamente um direito adquirido como se pensava sobre
os reis europeus, onde tivemos grandes assassinos e grandes destruidores de
povos acreditando serem os donos da verdade, assim uma das felicidades da alma
podemos afirmar que é a humildade e humildade não é pobreza, mas saber dosar o matéria
necessária e nossa sobrevivência, para
melhor executar a tarefa que definimos sermos capaz, enquanto estivermos por
aqui. Isso é felicidade. E assim a Felicidade não é deste mundo, pois ela é
fugidia, já que trabalhamos por etapas para a conquista da felicidade total que
será poder estar diante do Deus Pai e não apenas com uma reencarnação isso se
torna possível, pois a Terra não tem a evolução necessária para nos dar todo o
conhecimento possível e mesmo que pudesse nos dar tudo, pois tudo está no
universo visível e por mais que possamos olhar isso tudo ainda ficamos sem entender
o mais básico que estamos sendo informados ou estimulados a perceber. Isso quer dizer, que somos nós os
desinformados e ignorantes e por mais que Deus deseje que cresçamos ainda somos
cegos para muitas verdades que existe nesse todo que nos envolve.
Compreenda que evoluir na vida é compreender os detalhes
dessa vida e assim estarmos aptos a recebermos mais informações para atender a
mais detalhes que ainda somos incapazes de compreender como crianças que não
podem compreender que a sociedade vive monetariamente e assim existem limites
para os seus desejos, pois o bolso do pai é o fator limitante para eles. E
assim aprendermos a saber usar a materialidade para termos as nossas necessidades
cumpridas para o cumprirmos o nosso objetivo aqui na Terra.