segunda-feira, 25 de junho de 2018

FELICIDADE



Creio que estou querendo falar mais do que realmente posso, mas vamos tentar fazer um ensaio sobre a felicidade. Como é ensaio, terá algo útil e algo talvez nada útil, mas ao menos começo a desenvolver o tema.

A felicidade é relativa. Veja, um morador de rua pode ser uma felicidade ter conseguido almoçar hoje. Já para o industrial pode ser ter desencalhado uma partida de peças da produção que estava encalhada e com lucro. Para um desempregado, pode ser terminar o mês vivo e sem dívida ou ter um novo emprego agora no início do mês que se inicia. Quer dizer a felicidade pode ser muita coisa e nenhuma ao mesmo tempo ou muitas ao mesmo tempo. Na verdade, na vida a felicidade é um conjunto de fatores que nos possibilita continuar vivendo com algum prazer.

A felicidade primitiva ela é simples, pois seria a necessidade de se alimentar apenas e sentir o estomago cheio e assim não precisar se preocupar pelas próximas horas em ter o que comer. Basicamente a felicidade fecha o ciclo de sobrevivência do homem ou de um animal. Consegui definir a felicidade como um instinto básico. Sobreviver é o primeiro, o sexo o segundo e o terceiro seria o livre arbítrio que permite ao animal ou ao homem decidir o caminho. E a felicidade engloba todo esses três. A sobrevivência está exatamente na sobrevivência e assim ao procurar comida e continuar vivo, temos a felicidade. Já o sexo se completa no gozo sem o gozo é um ato mecânico, pois o que fica na sensação do gozo é a felicidade de ter gozado e se sentir completo e relaxado. Já no caminho da escolha que é o livre arbítrio, é exatamente o resultado final da escolha feita e assim se foi boa, gera a felicidade se foi má, gera o desgosto. E isso impõem outra atividade importante a inteligência humana, pois no erro aprendemos como acertar e acertado formamos a felicidade geral de todo o sistema.

Assim a felicidade passa a ser o objetivo da vida. Mas que felicidade é essa? Ai a coisa pega.

Vejamos seria felicidade ter uma Ferrari parada na porta? Poderia ser, mas veja, somos hoje na Terra, 7 Bilhões de habitantes e garanto para você que não existem mesmo nos vários anos da sua produção não existem 7 bilhões de Ferraris para dar a cada um. Ou Masseratti, ou Porche, ou colocar toda a população brasileira morando na praia do arpoador no Rio, como queria Tom Jobim para dizer que a vida é justa. Daí se conclui que não é bem uma vida materialista que vai nos dar condições de sermos felizes. Quer dizer, podemos ter 7 bilhões de carros fabricados para atender a cada um dos habitantes terrenos ou apenas 3, 5 bilhões já que supostamente poderemos ter uma mulher que saiba dirigir e assim dividir o carro com ela. Ou melhor, 1,75 bilhões de veículos pois a família média teria 4 pessoas e assim um carro além de ser dividido por duas pessoas, inda pode dar carona para mais dois filhos, assim ter um carro é um ponto de felicidade, mas para quem trabalha na roça talvez um trator seja muito mais interessante que um carro. E assim o número de carro diminui e vai havendo um equilíbrio dentro da realidade do cotidiano e a necessidade de todo o ser humano. Então a felicidade não é ter um bem material, mas ter o bem material que atenda a nossa necessidade primária.
Voltando ao carro. Um carro é feito para durar de 10 a 20 anos. Assim ir ao trabalho com ele e voltar e sair para alguma viagem ou um passeio aos domingos não é um carro que precise ser trocado com certa constância. Mas se você trabalha com o carro como taxista ou vendedor para varejista ou mesmo industrial, o carro passa a ser uma ferramenta de trabalho e não um luxo assim ele deve ter um tempo útil de vida que as empresas estimam em 4 anos se isso ainda não mudou, assim a cada 4 anos é um bom período para se trocar de carro para um mais novo, pois se garante uma manutenção adequada e um trabalho tranquilo, já que se é dependente desse bem para o trabalho. Veja que existe uma realidade para cada função e cada necessidade, assim essa felicidade é relativa. Se essa realidade é relativa e não é perpétua, ela não é uma felicidade, pois ela tem um tempo de duração, longo ou curto, mas tem um tempo.

Agora vamos pensar em outra coisa. A unicidade da vida. Para mim não faz sentido algum. Por que? Ora muito simples. Imagine um troglodita falando gugu dada. Ele despenca de uma árvore e morre. E então ele vira Santo? Não faz sentido. Se Deus sabe que ele vai despencar de uma árvore e virar santo, pô faz ele santo já, para que fazer ele estourar a cabeça na rocha? Não faz sentido. Explicando a felicidade ai em cima, disse que aprendemos e assim melhoramos nossa condição de vida. Um Tatu faz uma toca desde o dia que surgiu na Terra, mas nós construímos prédios e saímos das cavernas, melhoramos o nosso conforto ou complexamos a nossa vida com a necessidade do dinheiro e hoje não tem mais caverna para o morador de rua ou em situação de rua se abrigar em uma caverna.

Imagine você um cientista japonês inteligente que constrói um robô e o estrutura para realizar várias tarefas para você. Mas para que ele execute todas as funções, ele precisa de uma peça que não existe no mercado. Bom o nosso cientista japonês vai ter que fazer a peça e assim deixa-lo funcional. Bom como apenas ele consegue fazer e tornar o robô funcional, não há como outro fazer um robô que depende dessa peça assim ela cria o monopólio. Então ele começa a vender para outros seres humanos esse robô. Mas ele precisa dar uma garantia de funcionamento. Se o dono desse robô deseja manda-lo na mercearia comprar um maço de cigarro e ele ao ir ao bar comprar sofre um atropelamento e é destruído. Bom o japonês inteligente não avisou que o robô não pode ir à mercearia comprar cigarro, pois ele pode perder a vida ao cruzar uma rua. Bom, ele não previu todos os usos desse robô e assim deixa ele de lado e manda o dono dele ir buscar ele o maço de cigarro. Ou ele poderia optar a que o robô tivesse um material mais resistente e pudesse sofrer impactos e passar por uma funilaria e voltar a vida e aprender com o erro cometido? Acho que a segunda opção seria mais sensata. Se eu posso pensar nisso, por que Deus que é perfeito não pensaria? Obvio e assim se confirma a alma ou espírito e a reencarnação ou a ressurreição redefinida. Afinal como temos dificuldades em compreender a amplidão de uma palavra bradada pela primeira vez na Terra, podemos tê-la deturpado ao longo do telefone sem fio que ela surgiu no mundo ou não compreenderam muito bem o que seria voltar ao útero da mãe, já que ela tinha morrido e ele já teria um metro e sessenta e cinco para poder voltar ao útero materno. Fala a verdade, não é “bunitinha” essa lógica?

Bom então seria mais sensato termos um troglodita caindo da árvore e morrendo e voltando reencarnado em um novo corpo e assim prefere andar no solo que ficar se aventurando pelas árvores, pois ele deixou de ser macaco.
Veja que definimos como felicidade, não ser exatamente um bem material, apesar de ser uma necessidade momentânea ao menos nessa vida e termos a necessidade de aprender como os erros e acertos que realizamos, assim também não faz o menor sentido o orgulho. Vamos pensar um pouco nele. Imagine que estamos aqui na Terra na Europa na época da inquisição. E como se diz a Bíblia é o resumo ou o manual de utilidade do homem de como se deve viver. Bom, ela não fala que você pode entrar em uma caverna com o Leão faminto e sair de lá sem ser devorado, pois o outro que entrou depois de Daniel foi devorado. Bom a interpretação é que se deve acreditar em Deus ou em si e assim poder domar um leão, alimentado, mas um faminto não entra na jaula, pois vai virar almoço. Tem louco que entrou na jaula de leão faminto. Morreu, pois os cristãos que entraram no coliseu para serem comidos por feras famintas foram comidos pelas feras, mesmo acreditando em Deus. Percebe que a Bíblia não é um manual claro de sobrevivência? Mas que merece meditação e interpretação? Ótimo e assim o que foi exatamente a inquisição? Um grande massacre de quem se aventurava a questionar a entidade Igreja e não exatamente a Deus, já que Martin Lutero acreditava em Deus. Quer dizer era uma questão de interpretação odo livro sagrado e não exatamente de se questionar a Deus. Isso acontece entre os protestantes, dentro dos católicos e ortodoxos, já que é a mesma igreja surgida do Império Romano, como os sunitas e xiitas do islã e os judeus ortodoxos e os mais liberais do judaísmo. Na verdade, são relações de interpretações que afastam um grupo de outro, pela rigidez ou pela liberalidade na interpretação do livro sagrado. A verdade é que apenas existe uma religião e essa é a religião de Deus onde até o ateísmo faz parte, pois a ciência é uma das expressões ou vontade de Deus.

Assim você como um inquisidor nessa época morreu acreditando que o certo era aquilo que você praticou, pois, seu orgulho não poderia lhe permitir estar errado e assim matou muitos blasfemos em nome de Deus e assim você acredita que fez a vontade Dele, quando na verdade você fez a sua vontade e o usou como justificativa para tanto.

Bom como Deus não é ingênuo, ele criou um mundo perfeito onde suas leis são maleáveis para todas as situações e assim quando você, inquisidor, morre acreditando que estará nos braços do Criador eis que percebe que é chamado de assassino e carrasco por vozes invisíveis e assim se revolta contra Deus e passa uns 400 anos sofrendo a decepção de fazer a sua vontade se iludindo fazendo as vezes de Deus. Como disse Deus não precisa de ninguém para servir de corregedor dos erros humanos, Ele é bem capaz de ensinar seus filhos.

Bom, isso implica que esse inquisidor deve retornar a Terra para saber se aprendeu a viver entre os encarnados sem usar Deus como desculpa para viver a sua vida profana. E assim também se atualizar das novidades que surgiram na Terra nesses 400 anos que em que viveu preso em seus delírios de soberba e onipotência. Assim ele vem como um Zé ninguém e começa a pagar suas dívidas contraídas em épocas passadas. Ele, nosso inquisidor, não é bem sofrendo, mas aceitando as dificuldades mesmo injustas ou arbitrárias sem revidá-las, permite que possa compreender como a vida funciona e como e onde está a felicidade da vida.

Assim se renova a vida ou o conhecimento de cada espírito livre com a limitação da matéria para poder compreender melhor aquilo que a sua imaginação pode criar e ser produtiva, pois existe um equilíbrio e variáveis desse equilíbrio que podem ser alterados para um funcionamento desejado ou momentâneo para se atingir esse objetivo.

Bom acho que podemos ter algumas conclusões de todo esse monte de informação.



Bom podemos dizer que a felicidade não é material pois a matéria em nós é momentânea e assim não é perpetua. Isso por não sermos carne mas espirito. Bom a felicidade é o objetivo da vida, mas não da carne, mas do espirito e assim qual é a felicidade do espírito? Sendo honesto, eu também não sei, estou aqui para descobrir também. Só estou tentando abrir caminho para que alguém também me ajude.

Os espíritos falam em prazeres do espírito e assim o que pode ser isso? Suponho que seja se realizar, isso é cumprir a sua meta de vida. Como ela é individual, creio que cada um tem uma. As vezes pode ser criar a família, poder construir uma casa, criar um cachorro, ensinar como professor, desenvolver um negócio ou ser um bom político (ihihih, acho que esse é o mais difícil ainda mais no Brasil).

Como tudo que fizermos aqui fica aqui, o que levamos é o quanto pudemos melhorar a vida dos outros e a nossa própria. Um ator usa a sua profissão para ensinar seu público a sentir ou a compreender os sentimentos e assim se aprimorar dentro de uma premissa cultural. Se ele consegue pois ele é responsável por tudo que expõem como eu aqui nesse texto ele segue feliz para o braço do altíssimo, caso contrário se perde no umbral como o nosso inquisidor. Apesar de existir as trevas ela não é perpétua, como viver no Umbral também.
Assim temos a responsabilidade dos nossos atos como um meio de nós nos superarmos e ajudarmos os outros a se superarem. Pois é esse conhecimento e essa capacidade que manteremos sempre conosco e assim a felicidade é a felicidade do espirito que cada um deve descobrir o seu programa de vida que traçou para executar aqui e a melhor forma de fazê-lo funcionar, por isso os bens materiais são apenas pontos necessários para se conquistar essa felicidade e não efetivamente um direito adquirido como se pensava sobre os reis europeus, onde tivemos grandes assassinos e grandes destruidores de povos acreditando serem os donos da verdade, assim uma das felicidades da alma podemos afirmar que é a humildade e humildade não é pobreza, mas saber dosar o matéria necessária e nossa  sobrevivência, para melhor executar a tarefa que definimos sermos capaz, enquanto estivermos por aqui. Isso é felicidade. E assim a Felicidade não é deste mundo, pois ela é fugidia, já que trabalhamos por etapas para a conquista da felicidade total que será poder estar diante do Deus Pai e não apenas com uma reencarnação isso se torna possível, pois a Terra não tem a evolução necessária para nos dar todo o conhecimento possível e mesmo que pudesse nos dar tudo, pois tudo está no universo visível e por mais que possamos olhar isso tudo ainda ficamos sem entender o mais básico que estamos sendo informados ou estimulados a perceber.  Isso quer dizer, que somos nós os desinformados e ignorantes e por mais que Deus deseje que cresçamos ainda somos cegos para muitas verdades que existe nesse todo que nos envolve.

Compreenda que evoluir na vida é compreender os detalhes dessa vida e assim estarmos aptos a recebermos mais informações para atender a mais detalhes que ainda somos incapazes de compreender como crianças que não podem compreender que a sociedade vive monetariamente e assim existem limites para os seus desejos, pois o bolso do pai é o fator limitante para eles. E assim aprendermos a saber usar a materialidade para termos as nossas necessidades cumpridas para o cumprirmos o nosso objetivo aqui na Terra.

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