segunda-feira, 24 de setembro de 2018

UM CAMINHO A PERCORRER.

Esse texto recomendo a leitura de quem crê na reencarnação, pois o texto tem toda a base nisso.



Um espírito a procura de luz.




Vão me perdoar, mas eu não sou muito bom para contar estórias, pois, não sei romanceá-las, assim tenham paciência e espero que o aprendizado que isso possa trazer, possa ajudar a quem o ler ou ajudar a se compreender.

Como sabemos somos espíritos que reencarnamos para nosso aproveitamento e desenvolvimento. Isso nos leva a compreender as mudanças que devemos proceder em nosso amago e melhorarmos nossos níveis de sensibilidade e sabedoria.

Pelo que pude entender somos frutos de 3 instintos básicos, o primeiro a sobrevivência, e assim o medo da morte e a necessidade de nos mantermos vivos. Muitos têm medo da morte pelo que sofreram no Umbral ou foram perseguidos pelos seus algozes, assim o apavoramento da morte, quando na verdade é a nossa dádiva de sairmos de um planeta difícil onde temos grandes incertezas e dores para um paraíso onde tudo podemos e temos sem dor ou sofrimento se tivermos no nível ideal ao deixarmos a Terra.

Esse nível é o terreno até onde ele pode nos levar na época em que estamos e não sermos santos terrenos. Mas sim podemos ser santos ultrapassando o nível que a Terra nos proporciona, mas Deus não exige isso de ninguém, isso é uma dedicação pessoal de quem fizer essa escolha que é a mais difícil, pois nos falta ainda o intimo ideal para isso e no meu modo de ver, não adianta apenas termos o condicionamento adequado, pois seremos um robô teleguiado por norma e não pela compreensão dessa realidade nova onde os sentimentos comandam a vontade e não o desejo, assim é necessário aprender sobre si e realmente vislumbrar a realidade dentro de todo o universo com a ajuda e a orientação dos bons espíritos que nos servem constantemente.

Outro ponto é a preservação da espécie, onde o sexo é o prazer carnal que temos para que possamos manter a nossa espécie dominante sobre todo o planeta, ie, podermos ocupar ordeiramente todas as áreas possíveis de nos receber.

O sexo tem duas funções. Uma dela é a exposta acima, a outra é nos aliviar das aflições diárias das dificuldades que sofremos e assim ele nos relaxa, para podermos empreender um novo dia de trabalho e desenvolvimento. Mas ele não é um parque de diversão como muitos de nós o fazemos no dia a dia desse planeta habitado.

O terceiro e último é o livre arbítrio. Com toda a compreensão ele precisa de alguma inteligência para poder existir, assim temos um julgamento para fazer. Esta é a primeira forma que ele se apresenta. Vamos imaginar uma situação:

Nosso troglodita, está andando pela mata e está com fome. Ele encontra uma árvore frutífera a sua frente e toma um fruto. Mas ele percebe que há frutos caídos no chão e frutos suspensos na árvore. Bom pela lei do menor esforço ele pega o do chão. Mas ele não acha um gosto agradável, ou estranho, ou sei lá o cheiro é meio enjoativo. Mas ele está com fome e come. Caso ele decidisse que não deveria comer, abandonaria o local e iria procurar outra coisa para comer. Outro troglodita olha aquilo e como ele gosta de subir em árvores ele vai apanhar no galho ali em cima. Mas ele deixa cair um e o nosso preguiçoso troglodita apanha aquele e percebe que o sabor é distinto, melhor, mais agradável. Veja que ele percebeu uma diferença, entre o que está no chão e o que está no alto. Assim ele opta por subir na árvore também e isso faz com que ele tenha uma definição, melhor apanhar o fruto no pé que no chão. E assim ele toma uma decisão. Ele usou seu livre arbítrio para definir o que seria melhor para si. E assim ele começa a decidir o caminho da sua felicidade.
Esses três instintos ao meu modo de ver geram todos os problemas da humanidade como todos os benefícios da humanidade. Eles, do lado, digamos, do mal, ele gera o orgulho, o egoísmo e o preconceito, mas também gera a sobrevivência a auto defesa, o cuidado, o amor filial, o companheirismo, e a bondade ao julgarmos o que é melhor para nós e para os outros. Assim o bem e o mal andam juntos.

Mas tudo isso tem um fim ou um objetivo que é encontrar a felicidade. Veja que legal. Quando eu falei acima do troglodita, eu falei de uma escolha que ele fez, ele poderia ter ficado embaixo da árvore ou pedir para o outro jogar algumas frutas se pudesse se comunicar, mas ele foi tirar a prova do sabor no pé e assim conquista a felicidade do sabor. Assim temos como o objetivo em vida sermos felizes. Perceba que a felicidade não é uma dádiva, mas uma conquista onde a nossa capacidade de pensar e sentir nos deve nortear para atingirmos esse fim.

Com isso posso talvez entrar na estorinha.

Como disse o fim do espírito é a conquista da felicidade a única diferença é a conquista da felicidade do espírito que é perpétuo e não da carne que morre, mas pela nossa ignorância usamos a carne como padrão para o encontro da felicidade, mas ela é momentânea e não perpétua.

Vamos lá, a estorinha. Isso se estima que estávamos no século VIII ou IX.

Meu amigo Eric era um norueguês forte e grande, pois além de ruivo e barbudo tinha dois metros de altura e era lenhador. Tipo bonachão. Se olharmos para ele vivendo hoje seria o cara dócil e cordato que todos brincariam e fazendo ser a escada deles para piada. Era um sujeito pacato. Ganhava a vida como lenhador. Vivia nos fiordes e tinha construído uma casa de madeira para ele e a mulher que ele amava.

Ela era a luz da vida dele, pois lhe dava alegria e ela sempre feliz e alegre levava ele para onde ela deseja-se e ele aquele homão sempre manobrado pela sua amada. Ela o fez se tornar cristão, pois a Igreja começava a catequizar a população local sobre a boa nova. A mulher sempre sorrindo e dançando em sua volta feliz e alegre e ele feliz por ver a felicidade dela.

Ele vendia o seu produto, a lenha, na vila e assim conseguia o que a floresta não poderia suprir para o sustento deles.

Um belo dia, nosso Eric sai com o seu machado no ombro para conseguir lenha para vender e sua lareira ou forno e vai caminhando pelos caminhos conhecidos. No percurso encontra seis pessoas que lhe pedem informação, que ele por saber e ser prestativo fornece, sem temor ou receio. O grupo segue no caminho informado e ele segue o seu para prover seu sustento e de sua esposa.

Quando ele está retornando a sua casa no final do dia, ele percebe que alguém salta a janela lateral de sua casa e corre pelo mato fugindo.

Ele apavorado entra em casa e vê sua amada esposa destroçada no chão morta. A angustia que ele sente não lhe permite raciocinar e sai em franca embalada, atrás do infeliz que ele viu fugindo de sua casa.

Ele consegue apanhá-lo e o mata a machadadas, mas percebe que era um dos 6 que ele deu as informações do caminho. A fúria aumenta e ele sai atrás dos outros, matando cada um deles. Após ter cumprido a sua meta, ele sobe ao topo do fiorde e com o machado em mãos erguendo-o aos céus, ele grita com todas as forças de seu pulmão:

POR ODIN.

A partir daí ele parte com as naus vikings para as conquistas e seus massacres, até que a dor dele fosse aplacada pelo sangue. O que evidentemente não ocorre.

Assim ele retorna na idade média em algum feudo da Europa para se domesticar trabalhando na terra e se limitando a ser um servo, infelizmente sempre magoado e soturno e nada dele conquistar alguma felicidade para si ou para os outros, apenas vive, nada além disso. Isso acontece no século XIII ou XIV.

Como não matou ninguém, consegue um retorno mais rápido e se dedica a ser um religioso. Que acaba por se tornar um inquisidor na Europa. Ele se vê como um acusador, onde deve fazer valer a lei divina, que na verdade é humana, mas a sua ignorância e o desejo de acertar, acredita que fará a caridade perseguindo e punindo o mal na Terra, fazendo-a se iluminar.

Como todos sabemos, a inquisição foi uma enorme arbitrariedade praticada pela Igreja católica para poder manter seu poder terreno e assim se perseguiu vários “inocentes” que também martirizaram outros em outras épocas na nossa história anterior.

Como todo poderoso, nosso amigo Eric tinha poder, pois como julgar é sempre arbitrário, já que a lei divina é interpretada pelo interesse, todos queriam estar de bem com o inquisidor e assim se preveniam de morrer em alguma fogueira como bruxo ou feiticeiro nas mãos do nosso inquisidor.

Assim ele teve a mulher que desejou e roubou a fortuna de quem quis, mas ao se casar com uma linda mulher e esta ser uma dançarina ou atriz que tinha um filho menor, ele se recusou a manter como seu filho e pediu para ela optar entre o filho ou o casamento. Como se tal coisa fosse efetivamente uma opção, para ela, pois ele poderia sustentar ambos, pois tinha dinheiro para isso, mas por orgulho e não ser seu fruto a força a abandonar o rebento a sua própria sorte.

Bom graças a Deus ele acaba morrendo com muita dívida nas costas e um enorme número de mortes que executou ou mandou executar. E assim ele passa 4 séculos no Umbral purgando a estupidez que fez.

Novamente ele desembarca na Europa agora na Alemanha, perto da 1ª guerra mundial onde perde pai e mãe, se purgando do que perpetrou no pobre filho da ex-mulher.

Ele se posiciona em um orfanato que aos 7 anos foge e apanha o trem para Stuttgart na verdade duas estações a frente e começa a viver sua vida independente e rebelde, onde passa fome e necessidades.

Já maiorzinho ele consegue um abrigo com uma senhora viúva e sua filha em um sítio da região onde estava e trabalha ajudando na plantação e nas necessidades das duas. Era o braço forte da família.

Ao que parece a senhora era judia e com a perseguição aos judeus, um dia ele teve que agir de forma violenta para defendê-la.

Como sempre, o radicalismo aparece para trazer novas dificuldades para o desenvolvimento espiritual de todos nós. Um dos rapazes da vila próxima se torna um SA e logo em seu primeiro dia de uniforme novo e querendo mostrar serviço, foi ao sítio martirizar a viúva.

Como nosso amigo Eric era recluso ele não esperava encontrar ali um homem e nosso Eric acabou matando o rapaz da SA.

Eric notando que a situação ficaria difícil para ela e sua filha ele pede que elas fujam e ele assume a identidade do rapaz que ele matou e assim se torna um SA, onde consegue crescer na organização militar e se torna um aspone do ministro do Armamento quando Hitler assume o governo.

Eric pela sua capacidade organizacional consegue se projetar e acaba coordenando toda a produção de Dresden para o armamento das futuras lutas da Alemanha.

Hitler com a derrota da Batalha da Bretanha, para evitar a decepção de não ter conquistado a Inglaterra se lança na batalha suicida de atacar a Rússia ou União soviética trazendo o triunfo novamente para a propaganda nazista e assim estimular a sua campanha de uma vida melhor. Era a volta da Blitzkrieg, que fazia a fama da Alemanha.

O ministro de Hitler do armamento Fritz Todt morre em na queda de seu avião e nosso querido Eric o acompanhava nessa viagem e perece junto.

Realmente essa morte do nosso Eric, foi providencial, pois perdendo o ministro perderia a oportunidade de desenvolver suas habilidades e assim acabaria indo para o Front soviético e mataria mais vidas além de ter o risco de morrer com isso, mas sobrevivendo seria um aumento em suas penas futuras, mas morrendo cessa essa jornada reencarnatória e ele se dispõe a outra, nove anos depois no Brasil. Neste meio do caminho ele vê seu projeto de vida, a organização da cidade de Dresden ser destruída pelas forças dos aliados e assim todo seu trabalho ruir sem deixar nada para contar história.

Bom, nosso Eric nasce no Brasil. Ele já não era o sanguinário que mostramos no começo de nossa história, mas um rapaz ainda rebelde, com uma inteligência acima da média e que teve um pai rígido que o punia regularmente pelos erros cometidos.

Mas essa família era bondosa, tanto a sua mãe como seu pai eram prestativos e sempre ajudavam com suas habilidades, outros que necessitavam, não eram de fazer doações financeiras, mas tinham senso comunitário e assim sempre dispostos a usar seus conhecimentos para ajudar o conjunto da comunidade. Eles moravam em prédios e assim sempre tinha algo a arrumar e ele (o pai de Eric) sempre ia para resolver o problema, pelo seu conhecimento geral de mecânica, hidráulica e elétrica.

Bom nosso Eric se torna um rapaz inteligente, mas sem saber que era inteligente. Logo cedo seus algozes do tempo da inquisição se apresentam e começam a tramar para destruir sua vida e assim fazê-lo não conquistar aquilo que poderia lhe dar a cultura necessária para ele cumprir sua meta de caridade ou de amparo com culturas acadêmicas. Na verdade, ele tem uma vida difícil e tudo dá errado e tudo que um espirito fala para ele ainda criança se consolida em seu futuro. Perde tudo que amealhou, perde família no sentido de todos se unirem em uma casa apenas e tudo se espalha pelas casas que conseguem pagar. Não consegue trabalho, pois tudo está trancado para ele, pois errou na escolha da profissão e assim ele sofre por não poder ajudar aqueles que fez mal em outras vidas e se subjuga a viver na sua possibilidade de ajuda limitada.

Mas o fato importante é o processo de obsessão que ele sofre se iniciando em 1968 e a cada 10 anos isso se concretiza com algum novo ataque e se perpetua dependendo da resistência que ele apresenta ao questionar aquilo que lhe oferecem como problema.

Isso para todos pode parecer uma coisa ruim, mas na sua visão a coisa se tornou muito produtiva, pois vivenciou na prática aquilo que o espiritismo tenta explicar em palavras.

Isso o transforma, pois faz com que use a sua inteligência para descobrir os sentimentos com a meditação e descobrir quem ele na verdade é e assim não mais se condiciona sem razão a evitar fazer algo que “dizem” ser o correto e pelo que Kardec expõem ele preferiu questionar tudo e verificar a sua validade e assim compreender a lógica que isso pode trazer.

Com isso ele descobre que não existe o mal, pois o mal leva a um bem e assim o que se sofre não é nós, mas o nosso orgulho que não aceitamos perder seja o que for termos que nos submeter a tudo que não queremos como se fosse um drama ou uma violência, mas isso é materialidade como perder tudo que amealhou nessa vida. Isso é empréstimo e assim tiraram o que lhe emprestaram e pagou parte ou a totalidade da dívida como inquisidor pelo que roubou de outros ou teve mordomia pelo cargo. Ele não perdeu ele ganhou. Mas o orgulho dele sofreu para ele poder compreender isso. Agora quando ele perde mais alguma coisa por algum ladrão oportunista, ele acata e não sofre mais. Um triunfo.

Consegue compreender melhor a alma humana e assim auxilia com seu conhecimento grupos de pessoas para olharem a realidade de outra forma e assim podem se conformar mais facilmente com suas perdas e ganhos se mantendo humilde.

Uma das provas mais difíceis que teve que superar foi uma questão de consciência. Como sabia de sua condição de devedor à lei do amor divina, ele nessa encarnação se preocupa em fazer a caridade, não a monetária, mas aquilo que ele chama de ensinar a viver. Não que ele saiba, mas que ele pode abrir um novo caminho que possa levar a uma felicidade melhor a quem precise. Obvio que seus protetores estão junto a ele e usam a sua intuição para melhorar a performance das coisas que ele expõe.

Mas como via a felicidade na mulher que ele perdeu na Noruega, ele se suplanta ou se tranquiliza lembrando do amor e de alguém que teve nessa vida atual, mas não sabia identificar o amor que poderia lhe oferecer, limitando assim a sua felicidade de encontrar uma companheira que pudesse lhe dar a tranquilidade que desejava. Assim o dever se sobrepunha a felicidade, e normalmente ele seria taxado de chato.

Como sempre, estamos evoluindo, ele consegue perceber que ainda mantinha a imposição de inquisidor onde tentava corrigir os outros em seus erros de conduta, e assim se tornando grosso ou sincero demais se preferirem. Isso é sempre confundido com orgulho, que na verdade não é, mas falta de “semancol” em perceber até onde o outro lado da conversa pode absorver a sua realidade, pois a vê como lógica básica e não como algo imposto, mas algo racional.

Como ele precisa desesperadamente fazer o bem para resgatar seu passado, ele prejudica pessoas com a sua realidade desmedida, o que não é ruim, mas que infelizmente pela pessoa não estar preparada para absorver a informação, sofre com a verdade sobre si e assim pouco aproveita a realidade do momento e mais tarde alguém de forma mais branda o faz perceber a mesma realidade e aceita-la, pois, é um foco de evolução que ele deixa de apreciar pela atabalhoada ansiedade do nosso Eric.

O que desejo com essa estorinha mostre?

Primeiramente que não existe o mal, mas a dificuldade que tornamos sofrimento pelo nosso orgulho e a não aceitação do fato de estar acontecendo conosco. A aceitação é a primeira parte para podermos compreender a situação e sabermos como lidar com ela e a vencermos. A dificuldade apenas nos mostra que estamos aptos a prender algo novo e como é novo não temos conhecimento ou um histórico anterior para nos basear nisso.

“Segundamente” é ótimo, adoro o termo como uma ironia. Que temos que olhar mais para nós que para os outros e que devemos não ficar justificando aquilo que fizemos, mesmo que possa ser justo à nossa visão, mas será que poderíamos ter feito de forma diferente a assim prejudicar menos pessoas? Sempre quando procuramos “justificar”, estamos fugindo a nossa responsabilidade de fazer melhor ou pedirmos desculpas, por não termos vistosa todos os ângulos possíveis pela nossa ignorância e quando pedimos desculpar e não justificamos o erro, temos a oportunidade de ampliarmos a nossa percepção dos detalhes do meio ambiente que sempre deixamos alguns deles passar, por não compreendermos que são fatores que interferem na premissa final.

Terceiro muitas vezes tomamos decisões no espaço pela visão ou cultura que temos e não conseguimos modifica-la de tal forma a se tornar apta efetivamente para a nossa evolução. Como mostra o inquisidor que mesmo querendo ser religioso, cometendo atrocidades por pura ingenuidade e ganância e assim mais prejudica a si do que se beneficia de tudo aquilo que escolheu. Ou então quando tenta de todas as formas fazer o bem, mas magoa as pessoas pela sua sinceridade onde não consegue melhorar a sua didática pôr na verdade não se desculpar pelo mal que perpetrou aos outros.

Assim na verdade toda ovelha desgarrada precisa de ajuda, mas não podemos ajudar ninguém que:

1 – Não queira ser ajudado.

2 – Não sabermos como ajudar.

Temos que ter conhecimento de nossos limites e nossas condições de sabermos lidar com a adversidade. Como ajudar um drogado se nunca fomos drogados? Não temos por que nos enfiarmos a procurar algo pela nobreza, mas pela nossa capacidade. Se só sabemos cozinhar, por que não oferecer comida a quem vive na rua? Se tenho um agasalho que ficou pequeno ou está fora de moda e para mim isso é importante, por que não doá-lo para uma instituição que dará um bom fim a ele, doando a alguém que precise? Isso é uma lição de humildade e caridade, pois fazemos o que temos condições de fazer e não o que poderá mostrar aos outros o quanto somos bondosos. Se só posso dar passe e ficar calado, que seja. Se posso ensinar, por que não tentar ajudar dando aula? Todos nós temos uma utilidade, ou melhor, temos virtudes e nosso trabalho é descobri-las e colocá-las para funcionar, seja para nós sobreviermos ou para auxiliar outros a sobreviver. Por isso se conhecer é o melhor caminho para encontrarmos a felicidade possível nesse mundo de provas e expiações, pois cometemos muitos erros no nosso passado, para exigirmos de nós sermos santos, quando ainda não conseguimos nem mesmo ser um ser humano e carregamos nossa selvageria por onde passamos. Assim não exija demais de você, mas medite sobre tudo o que fez e peça perdão ser tiver errado com alguém, mesmo que esse alguém seja apenas você mesmo. Procure pelas suas virtudes e veja as que estão ainda em seu início de desenvolvimento. Analise como pode, através da mente, ampliá-las para que possa melhorá-las e sair daqui muito melhor do que quando chegou a este orbe.

Que Deus esteja com todos e que possa fazer com que algo seja produtivo para os que o lerem.

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