Sim,
esse é o objetivo da vida, mas é se tornar feliz e não apenas ser feliz. Existe
uma enorme diferença entre os dois termos.
Ser feliz normalmente é satisfazer os
nossos instintos, como as nossas necessidades mistificam os seus resultados para
equilibrar a mente, temos como resultado os seriais Killers, os sádico, os
masoquistas etc. Por isso o objetivo da vida é atingir a felicidade, conquistar
a felicidade e não meramente ser feliz.
Atingir a felicidade é conseguir alterar
os comportamentos instintivos que derivam da nossa animalidade.
Os instintos são importantes, pois são
eles que nos protegem das dificuldades e problemas. São eles que pela sua
imposição ou arco reflexo, geraram a fala, a construção de abrigos, a
agricultura e que nos levou pelo exercício a raciocinar. As primeiras
racionalidades mentais do homem foram sem dúvida uma lógica por imagem e isso
gerou a os instintos das palavras. Digamos como uma suposição:
- Imaginemos que um troglodita percebeu
uma semente caindo no solo em um determinado dia. Após um mês ou mais passando
pelo mesmo local percebeu que uma planta no local, por alguma marcação ou
referência de pedra ou morro, ou diferença de coloração de terra ele pode
marcar o local com alguma exatidão. Ele tenta mentalmente juntar as duas
imagens, uma com a semente no solo e a outra com a planta no lugar.
Perceba que na mente dele neste momento há
uma pergunta - Por quê? – Ele não expressa a palavra, mas expressa o
sentimento. E essa é a maravilha da mente e do instinto ele conclui que deve
perguntar, questionar.
O seu próximo passo é descobrir, sempre
como sentimento e o instinto o leva a tentar algo para experimentar. Essa
mágica é maravilhosa. E apesar do tempo que possa levar isso, ele em algum
momento concluirá que se usar semente poderá semear o que desejar com mais
facilidade que viver à procura de alimento em pontos distantes do seu habitat. E
este pequeno ponto em um mundo distante no nosso passado evolutivo o ser humano
teve o encontro com a felicidade.
Assim são acúmulos de conhecimentos que nos
propiciam a felicidade baseada na necessidade.
Porém como somos pessoas imperfeitas há sempre
alguma necessidade pessoal que se choca em oposição aos interesses alheios de
outros seres viventes.
Não importando sermos religiosos ou não,
pois todos concordam que o ideal é encontrar um caminho comum para lidar com
interesses adversos ou incomuns, no sentido de fora do usual para encontrarmos
uma forma de conciliá-los, quer dizer uma coisa nova dentro de nosso hábito de
lidar com a vida. É exatamente isso que nos torna felizes, e não é perpétuo
pelo mesmo motivo, pois necessitamos de novas dificuldades que nos sinalizem
onde a felicidade plena se encontra e assim podermos estar plenamente felizes
constantemente.
Com isso podemos dizer que como não somos
felizes ainda não compreendemos todas as leis que regem a vida (amar a Deus) ou
a todas as oportunidades que o “Caos” nos proporciona de evolução para
atingirmos a plenitude da felicidade.
Por isso não é correto dizemos que o
objetivo da vida é ser feliz, mas atingirmos a felicidade plena, intercalando
em momentos de felicidade e dificuldade.
Para o Ateu sem a reencarnação dificilmente
conseguirá ter alguma felicidade ou harmonia sem agressividade, pois lhe falta
a Fé, isto é, a esperança em um futuro pleno de harmonia. Assim muitos se
voltam ao Marxismo como alternativa de esperança ou fé, acreditando que o
sistema possa trazer a felicidade sem uma mudança intima, quando só a mudança
intima pode trazer isso.
Ou o religioso que se compraz no milagre e
fica esperando que lhe seja dado a dádiva divina sem que promova efetivamente
alguma mudança em seu âmago alterando o seu comportamento preconceituoso, sobre
quem não pensa como ele.
Todos nós resistimos as mudanças intimas,
pois não queremos sofrer os dissabores do erro ou do que sofremos anteriormente
para aceitarmos a mudança de vida ou comportamento, mas é pura covardia de não
aceitarmos que a felicidade ser algo que neste estágio da evolução nunca a atingiremos
plenamente, mas pequenas parcelas dela e apenas momentaneamente. Por isso Deus
nos manda os profetas, os religiosos, os Budistas, os Espíritas, Maomé e tantos
outros que vem confortar as nossas dificuldades. Inicialmente falando dos
milagres, da excepcionalidade, mas agora com mais cultura dos filhos de Deus ou
dos homens sobre a Terra podemos tirar os milagres para dar o devido direito à
razão e a lógica, pois tudo é regido por leis.
Para o religioso tradicional, a imagem de
Deus como um Pai é o que lhe dar força para continuar vivendo, pois reconhece que
este senhor que ele diz chamar Deus o protege e o ampara e o tira das
dificuldades como seu pai terreno fez com ele e assim ele se sente amparado
pela imagem de um Deus Pai parcial, pois é o dele e não o de todos incorrendo
em várias atitudes egoístas e orgulhosas sobre a verdade terrena.
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