sábado, 22 de outubro de 2016

Como explicar o que não nos parece obvio.



            Como expor algo que sabemos que existe e se fala sobre isso por séculos, talvez até milênios e não queremos aceitar o que não parece obvio, mas existe?
         O que desejo falar é sobre o espirito que somos. Isso é, a essência que sobrevive ao findar as funções corpóreas. Isso de uma certa forma está provado com a pseudo morte de pessoas em hospitais que falam sobre a situação que viveram, encontrando parentes ou verem uma luz forte que as atraiam para a sua observação. Todos nós fazemos isso todos os dias ao adormecermos, mas como estamos inconscientes não lembramos com precisão aquilo que fomos fazer. 
        Uma vez quis pedir uma prova sobre essa realidade e não é que meus amigos espirituais me deram. Em uma noite sonhei que estava ajudando a fechar a porta de uma espaçonave. Realmente para mim foi um sonho até ter lido uma noticia no jornal que uma nave russa havia tido problemas no espaço para poder fechar a porta ou escotilha no espaço. Foi assim que descobri que era verdade o sonambulismo do sono e o bom que não estava sozinho tentando fechar a porta, mais gente fazia um esforço conjunto para preservar a manutenção da nave. Essa minha afirmação pode ser questionada? Obvio, pois isso é a minha visão e não um aparato científico que possa satisfazer a todos. Assim para mim é real. Com isso se tivermos uma mente científica podemos enxergar isso através do sono, mas sem ansiedade ou outro desejo negativo que possa atrapalhar ou mistificar a experiência.
          A partir disso digamos que a alma ou espírito é uma prova científica. Como somos espíritos e não carne o que isso pode representar? Se somos espíritos estamos aqui dentro de uma ilusão que é o corpo e não onde temos uma ação completa de nosso espírito. Assim temos um corpo que o usamos  enquanto ele permitir ser animado ou até falecer por algum motivo de doença, acidente ou envelhecimento. Então não somos o que vemos. Lindo isso, não, pois damos muito credito à nossa visão, mas ela é apenas uma ilusão. 
          Desta forma podemos fazer conjecturas. No Corão islâmico uma das suras fala sobre a ilusão ser aqui, o que demonstra que objetivamente vivemos em um momento curto do infinito sobre uma imitação de vida com suas dificuldades e bonanças. Essas duas coisas opostas nos mostram que estamos aqui para aprender e não necessariamente termos o paraíso como reino. Isso é, o paraíso não é aqui. Assim temos a dificuldade que nos avisa disso.
            Assim por que temos a dificuldade? 
           Veja para que eu possa ir a pé até um local que possa distar digamos 5  quilômetros para buscar água todos os dias, podemos dizer que isso é uma dificuldade, primeiro por que nossa velocidade nédia é de 3 a 5 quilômetros horários e na volta temos que trazer água suficiente para comida e para a se lavar alimentos e a nós mesmos. Agora se por acaso a fonte de água que vamos nos abastecer fica em uma região alta em relação a onde moramos, podemos fazer com que a força da gravidade nos ajude a termos água mais perto e não precisarmos andar 5 km para conseguirmos o liquido indispensável à vida. Assim surgiu os Aquedutos romanos ou dos Incas na cordilheira dos Andes. 
         Isso mostra muito bem que uma dificuldade pode ser transposta caso possamos vê-la não como uma rival, mas como algo que possamos compreender suas qualidades e as misturando podermos ter o beneficio que esperamos. Assim a dificuldade existe no mundo, mas somos nós que vamos realizar a bonança ou o paraíso que se fala nas escrituras.
        Como todo animal possui características típicas que lhe permite sobreviver, como a barata e o rato que se adaptam com alguma facilidade em qualquer meio inóspito que estejam, nós possuímos o cérebro para realizar a mesma coisa. Isso demonstra no nosso caso muito claramente que estamos aqui para aprender e assim termos ideias e testarmos dentro da realidade para sabermos se funciona ou não. Por isso a necessidade da materialidade para podermos começar a aprender as leis que regem o mundo.
        Podemos dizer com essas conjecturas que estamos aqui para aprender, sobrevivemos à morte e que nosso paraíso não é aqui, mas que será construído por nós com a ajuda de todos e não apenas das mentes privilegiadas ou poderosas, já que sem o lixeiro todos morreríamos contaminados com bactérias. Isso demonstra que não somos auto suficientes sem nossos vizinhos. 
           Obvio que o trabalho onde a simplicidade de ação mental é mínimo são menos valorizados, mas não o ser humano. Nós nos baseamos no custo para valorizarmos um ser humano em sua utilidade social ou do conjunto e assim pagamos mais pelos mais importantes e menos aos mais comuns sem grandes alterações mentais. O dinheiro não diz da capacidade do humano, já que este pode estar momentaneamente (uma vida) em situação inferior, pois seu cérebro pode não fazer as sinapse com a rapidez necessária para que ele possa ter condições de ser algo mais que um lixeiro. Mas isso não quer dizer que ele não tenha sido um poderoso Rei, ou um cientista que usou a sua inteligência não para facilitar a vida no mundo, mas para destruí-la como podemos dizer que fez Robert Oppenheimer, com a criação da bomba atômica e para purgar a sua medida inescrupulosa vir com um limite mental que lhe permite apenas ser lixeiro para sobreviver?
          Todos nós cometemos erros na vida, assim temos que retornar para recuperarmos a nossa compreensão do fato e recolocarmos tudo no lugar. O exemplo que dei pode não ser realístico, mas depende da culpa e remorso daquele que cometeu o erro e sua gravidade ou consequência. 
           Acabei lendo que Hitler, em uma colocação feita por Chico Xavier, que Jesus teria determinado que ele ficasse recluso em Plutão por mil anos que poderia ajudá-lo a compreender na solidão os erros que cometeu e retornar a vida depois de ter conseguido compreender suas falhas e as desgraças que proporcionou ao mundo. Vejam que no caso de Hitler ele foi necessário à Alemanha para que ela pudesse voltar a ter seu brilho de nação que deveria ter cessado com a conquista da França e assim o fim da Guerra em 1941 com a retomada das fronteiras naturais dos países europeus, sem envolver a URSS e muito menos os EUA com o ataque de Pearl Habor. 
            Com isso estou dizendo que nós somos os nossos juízes e como produto de nossa mente temos que fazer reciclagem pelo prejuízo que causamos aos outros, sejam eles meramente financeiros ou de vida, encurtando o período de um espírito no seu aprendizado terreno. 
            A Terra é uma planeta ótimo para isso por a sua materialidade permite que o espirito teste os efeitos da suas ideias e se elas funcionam de forma a beneficiar a todos ou apenas a si próprio. Por isso o combate do egoismo e do orgulho como mal do sistema instintivo de preservação da espécie que todos somos frutos dela. 
             Ao notarmos os instintos e o sistema de sobrevivência terrenos, dificilmente poderemos compreender que a harmonia entre as pessoas é a melhor forma de sobrevivência que temos, mesmo que poucos pensem como nós. Por isso a religião se faz necessária ao mundo, tentando apressar e informar a necessidade dessa harmonia. Como ninguém realmente morre, teríamos todos nós inimigos perpétuos pelo infinito dos tempos, já que os atacaríamos e seriamos atacados sempre que nos aproximássemos, já que estamos lutando pela nossa sobrevivência. Ao menos acreditamos nisso, já que não acreditamos em nosso inimigo, e a melhor forma de acabar com um inimigo é matando como se diz; "bandido bom é bandido morto" o que não resolve no mundo onde ninguém morre.
           Assim a religião vem nos dar informações que dependem da transformação dos nossos sentimentos pois o instinto é um sentimento de preservação e não uma forma racional de compreensão sobre como agirmos. Por isso o raciocínio, para podermos compreender os sentimentos que temos e como sabermos o que é vital para nossa sobrevivência e não ao nosso orgulho ou egoísmo. Boa parte da corrupção e do bandidismo corriqueiro no Brasil estão assentados nessas duas premissas, orgulho e egoísmo. O PT quis roubar tanto que acabou tentando matar a galinha dos ovos de ouro e os filhos de Lulla tiveram que se refugiar em outro país por acreditarem que realmente seu pai era imune a justiça e que mandavam no país, isso além de soberba e desprezo pelo povo demonstra muito orgulho que deve ser combatido pela vida e não por nós. 
          Estamos aqui para aprendermos a lidar com a eternidade e as leis da natureza ou com a vontade de Deus, pois se notarmos na gêneses Moisés fala em caos e se há caos não há leis ou normas, com Deus e sua vontade, isso é, Ele não precisa pensar para elaborá-las, Ele é a própria lei assim vivemos nele e o Universo é a demonstração de sua vontade ou de suas leis. Como ele não pensa apenas sente as leis e somos a sua expressão divina, temos também que compreender como sentir ou encontrarmos os nossos sentimentos dentro de todo esse emaranhado de dores e pesares que carregamos nos punido por não sabermos lidar com a vida.
            Quando tomamos pau na escola temos a bondade de refazermos novamente o ano perdido para recuperarmos o que não aprendemos, mas vida é da mesma forma. Se falhamos em uma vida retornamos a ela para corrigirmos o que nos levou ao erro, mostrando o nosso aperfeiçoamento, mas a revolta ou a depressão só nos fará falharmos novamente onde deveríamos ter acertado a resposta. Por isso que o otimismo e a perseverança são os fortes aliados para podermos acertar na vida e darmos a reposta correta à vida. Nos iluminamos criando a sabedoria ao conciliarmos o raciocínio ao sentimento compreendendo a dificuldade alheia, mas para isso temos que já termos passado pela mesma dificuldade para sabermos como ajudar. Agora não se limite a uma vida, já que desconhecemos as outras, pois essa dificuldade que percebemos nos outros pode ser uma batalha travada por nós em outra vida e se a percebemos é por que já a vivenciamos assim podemos tentar ajudar nosso amigo a sair da dificuldade que se encontram. Por isso a caridade é a grande forma que Deus nos possibilitou de consertarmo o que destruímos.
           Como todos vivemos no além por muito mais tempo que na Terra, seria sensato usarmos todo o tempo que temos aqui para nos aperfeiçoarmos e liquidarmos nossas dívidas do passado e a compreensão de nossa liberdade para o futuro, seja em uma nova vida ou na nossa vida no além.
         

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