Tudo é uma questão da nossa história e experiências. Quando vi essa foto comecei a fazer uma viagem pela memória e lembrei de uma critica que fizeram a ajuda de necessitados, assim resolvi escrever esse esboço.
Essa garota se adaptou a sua deficiência para conseguir sobreviver. Isso foi o que Darwin mostra em seu livro de Evolução das Espécies. Um animal qualquer se adapta ao meio ambiente para sobreviver, assim ele usa o que tem ou o que não tem para poder continuar vivo na natureza e assim gerar uma prole que talvez naquele ambiente possa ser uma forma evolutiva muito mais sadia que a anterior. Notem que falei em ter algo novo ou não tem algo comum. No caso da garota ela não tem boa parte do braço, mas pelo que se sabe não é um defeito genético, mas congênito que significa uma má formação uterina e não que possa ser transmitida geneticamente para a prole.
A situação da garota, a torna crítica em uma fase adulta, onde terá que se sustentar e o preconceito social poderá barrar-lhe um emprego não por falta de capacidade, mas por puro preconceito. A industria eletrônica descobriu que os daltônicos conseguiam ver defeitos nas placas de circuito e assim com a sua verificação poderiam diminuir o defeito de aparelhos eletrônicos. Perceba que a falta de ver uma das cores primárias se tornou útil para um ramo industrial.
Isso demonstra que todos somos úteis de alguma forma dentro do meio social, o que nos resta é descobrir a onde podemos ser úteis dentro de todo o sistema, já que todos tem alguma capacidade e uma virtude qualquer que lhe possa fazer se sentir digno e feliz realizando esse trabalho. A maioria se perde por pura ganância fazendo funções que lhe desagrada apenas com o objetivo de ganhar mais dinheiro que fazendo aquilo que o faria feliz, mas com menos bens acumulativos.
Como reencarnacionista uma punição como a dessa garota, implica em que possa usar mais a cabeça e seus sentimentos para poder desenvolver uma profissão no futuro, ou ainda ser uma atleta em corrida ou salto ou algo típico que lhe permita usar apenas as pernas e os pés como meio de aprimoramento.
Relativo ao carma ou seus pecados anteriores, ela se encontra hoje em condições de sofrer o que fez outros sofrerem e melhor se adaptar às dificuldades que a vida lhe impôs, dando a ela outras ferramentas para serem desenvolvidas que não as mãos que foram o sentido de sua queda como falava Jesus em suas parábolas.
Sim ela cometeu um desatino em outra vida, como todos nós. A dela é visível, a nossa é camuflada pela aparência, mas todos nós temos esse mesmo carma de pecados que cometemos, ie, desrespeitamos a lei de Amor de Deus que gera todo o Universo e assim termos que nos reabilitar, não pelo bem do mundo, mas pelo nosso bem.
Vamos imaginar que Deus criou o nosso espírito como o dele, quer dizer temos o mesmo DNA dele de uma forma material, por isso Ele é o nosso pai. Esse DNA não funciona como o DNA material onde somos escravos do seu comando, o DNA espiritual ele se choca com a materialidade que o expõe de forma arbitrária. Ele exerce uma função harmoniosa dentro de nós, mas quando afetamos essa harmonia com a quebra dessa lei do Amor marcamos o nosso perispírito com ela e assim a dor ou o sofrimento até podermos consertá-lo. Esse defeito que se vê na garota está no perispírito dela e assim o corpo não consegue se formar corretamente. Isso só acontece quando ela tem, já, capacidade de se adaptar à situação, o que poderá prejudicá-la será a sua inveja e o seu orgulho, não aceitando a situação que se encontrar e não usando essa dificuldade para superá-la e dar uma nova visão da sua capacidade. Na verdade não existe uma punição vinda de Deus, mas um meio de uma dificuldade física fazer com que surja um novo aprendizado. O que a nosso ignorância nos inibe de enxergar, ou seria a nossa soberba? Isso acontece com um animal qualquer como conosco e essa para ser a realidade individual de cada um.
Deus não nos pune, somos nós que nos punimos não aceitando a dificuldade que nos é imposta e pela rebeldia, a aumentamos, para que o nosso orgulho seja domado pela dificuldade e humilhação. Isso só ocorre para podermos aprender a sermos humildes.
Por essa visão todos nós somos sofredores e devemos sofrer o mal que fizemos para pagarmos a nossa divida com Deus. Seria o mesmo que aqueles crentes que se martirizam se ateando fogo ou chicoteando suas costas em rituais para combater o mal que ainda existe dentro de si. Mas entenda, corrompemos a lei do amor e não é com violência que poderemos reabilitá-la. Se não formos orgulhosos, não haverá martírio auto infligido, veja eu estou falando em AUTO INFLIGIDO. Não é Deus que nos pune, somos nós mesmos que fazemos isso conosco. Como? Não vendo que a saída está em ser humilde e não arrogante. Como fomos todos doutrinados pelas leis religiosas, não necessariamente as lei de Deus, acreditamos que eram certas e assim não a podemos modificar em nosso senso intimo. Mas ela já está ultrapassada na época em que estamos, seja agora ou daqui 100 anos. Ela foi boa a 1000 anos atrás, mas hoje ela é obsoleta. Como Deus não pode mostrar em uma equação ou em uma demonstração prática de uma aula de química, ou desenho ou projeto ou algo material ele se vale da vida para nos mostrar que já podemos mudar sem problema pois o mundo mudou. E agora esta na hora da dificuldade não ser mais material para desenvolver o intelecto, mas mental para desenvolver o sentimento.
Voltando ao fato da garota não ter mãos. Sim é um problema dela. Ela fez a melhor adaptação possível pelas dificuldades que a vida lhe impôs ou se apresentaram para ela superar. Com toda a tecnologia que a sociedade desenvolveu podemos dar braços e mãos sintéticas à garota, para que ela possa ter sua vida mais facilitada, não solucionada, mas facilitada, abrindo para ela, um leque de opções maiores para a sua sobrevivência. É isso que desejo mostrar. Todos nós somos pecadores ou temos débito com a lei de Amor divino. Aliviar o sofrimento alheio é uma dever nosso como irmãos que somos, mas necessariamente não quer dizer que vamos solucionar a vida dela, já que a responsabilidade dos seus atos foram dela, mas podemos dar carinho e afeto fazendo que ela tenha animo para superar a prova que tem que passar e superar nessa vida. Assim não é dando dinheiro que se ajuda pobre, mas lhe ensinando como conquistá-lo dando o estudo e a gerando dificuldades controladas (trabalhos escolares práticos) para que ele possa estar preparado para seu futuro de sobrevivência nesse mundo.
Para nós é dar aquilo que não demos e poderíamos ter dado em outras vidas, eliminando assim as amarras do sofrimento e da dor que sentiremos ao partir daqui. E para a pessoa apoiada, será grata, não necessariamente á você mas a vida por ter uma pessoa boa lhe ajudado e se sentirá mais amada e muito menos derrotada por saber em seu intimo do mal que já praticou, se sentindo assim amada por Deus e com isso poder vencer a prova que lhe foi dada por sua responsabilidade.
Espero que tenha conseguido passar o que desejava.
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