Eu morri de queda de avião e incêndio. A primeira vez que
andei de avião foi com 24 ou 25 anos e foi louco eu pensar que poderia ter medo
de voar. Mas não. A frase eu não recordo, mas de alguma forma eu sabia que
tinha morrido de queda de avião em 1942.
Consciência disso não tinha, fui apenas ter certeza quando
tinha mais de 50 anos, ou 60, não gravei o ano e não tenho nenhum fato para ter
referência disso.
Sou disléxico, ela começou na infância ou nas primeiras
letras.
Depois, tinha no São Judas, com 10 anos, aula de inglês e
francês, que para mim tinham lógica do forma como eram apresentados. Mas depois
da adolescência, inglês virou uma incógnita para mim e totalmente impreciso.
Por que? Não sei.
Ainda não descobri como a dislexia funciona ou como é gerada,
mas tem características de um autismo leve, pelo que consegui compreender até
agora.
Todos carregamos de nosso passado traumas e confusões, e no
texto que vou postar passa a ser de um passado traumatizado, como ter perdido a
família por sua negligencia em uma vida passada, e isso gera culpa, que deveria
gerar responsabilidade e pela culpa você não resolve, pois sempre que um fato
como a queima da madeira e uma possível contaminação por arsênico possa
existir, você entra em colapso pela culpa passada. Assim nunca se culpe, se
responsabilize, pois a responsabilidade pode ser consertada a CULPA NUNCA.
A culpa nessa vida isso é enquanto estamos vivendo ela não
tem a responsabilidade de nos abalar, como se vê isso nitidamente nos
políticos, pois eles não sentem remorsos pelas vidas que destroem ou criam
dificuldades desnecessárias para o povo que sobrevive e tem grandes dificuldades
de fazer a sua vida funcionar. Mas ao sair da vida encarnada ele recebem toda a
carga energética da sua irresponsabilidade do assassinatos cometidos e da
pobreza espalhada que se arrependem e voltam com problemas mentais, outros não
se importam e viram obsessores ou exus com alguma consciência ou não e praticam
maldades para poder ter o que comer pois ainda mesmo que espíritos ainda tem as
mesma necessidades dos encarnado, como beber, fumar, se drogar e por ai via
como sexo também.
Existem os que se preocupam em agir como auxiliador de algum
encarnado mostrando a eles como realmente e maldade da vida é e os libertando
das consequências que outros tentam lhe infringir. Ou apenas permitem que isso lhe
aconteça, pois as consequências desse mal pode lhe ser muito mais útil que se
fosse evitado, Eles te acompanham por serem seus amigos e de alguma forma
confidentes. Cada religião lhes dá um nome, eu usei um mais comumente usados,
mas que carrega uma certa negatividade, mas não é real, pois depende do
objetivo desse espirito e o que ele espera que lhe aconteça. Por isso Jesus
valoriza o que se sente e não o que se fala.
As doenças psiquiátricas no meu ponto de vista tem situações
de questões de ocorrências em outras vidas, Eu tenho dois amigos que tem
crianças com problemas uma é autista a outra se suicidou por queda de altura e
volta a Terra sem condições de se movimentar como se tivesse com o corpo todo
massacrado pela queda.
Hoje ela por ter nascido dessa forma, o períspirito dele vem
se normalizando. A visão que tive foi de que ela está quase perfeita em seu
corpo humano, mas ela terá que voltar novamente com o mesmo problema que a fez
se suicidar e vencer a prova do desgosto que lhe foi causado e suportá-lo, sem
se culpar ou culpar quem lhe causou. Torço para que consiga.
A outra infelizmente não tenho contato, assim qualquer
suposição da minha parte seria mera especulação sem nada solido para ser
confirmado. Assim não posso tecer nenhum comentário sobre ela. Mas sei que
ambos os pais são altamente egoístas. Se isso quer dizer alguma coisa, pois um
filho com problema é também uma grande prova para os pais. Sempre. Seja ele agitado,
esperto, gay, drogado ou que desejarem ou tiverem em casa.
Vou postar a matéria aberta, pois é coisa de assinante do
Estadão e espero que possa ser útil e ajudar quem precise de alguma
alternativa, consolação ou mesmo ajuda de um processo psiquiátrico.
MATÉRIA
Modern Love: Um casamento
sobrecarregado por obsessões e compulsões
Meu marido era carinhoso, honesto, me apoiava e, de
certo modo, nos protegia demais
Nicole Comforto, The New York
Times - Life/Style, O Estado de S.Paulo
06
de setembro de 2021 | 05h00
Uma manhã, quando nosso filho tinha quatro
meses, meu marido notou uma pequena mancha vermelha no
nosso bebê. Como qualquer pai que tem dificuldade para dormir, meu marido foi
para o computador e pesquisou “mancha vermelha no lábio do bebê” no
Google. Vinte minutos mais tarde, voltou pálido e hiperventilando; teve de
colocar a cabeça entre os joelhos para não desmaiar. Ele tinha entrado em um
buraco negro na internet e encontrado a história de um bebê
com uma mancha vermelha no lábio que acabou adoecendo tragicamente.
A mancha do nosso filho desapareceu em questão de horas. Mas na realidade, aquele foi o primeiro sinal de algo terrível - o transtorno de ansiedade do meu marido.
Na noite em que conheci Mike, ele me
encantou em um popular jogo de curiosidades em um bar de Seattle com o seu
conhecimento enciclopédico. Sou terrível nas curiosidades, mas fiquei com
vontade de aprender tudo a respeito deste cientista da computação de 25 anos
com o sorriso fácil que compartilhava o meu amor por criar letras bobas para
canções pop. Frequentemente, ele perdia coisas e tinha um refrigerador repleto
de comida vencida, mas era confiável nas coisas que importam: tratava as
pessoas com carinho, falava a verdade, e gostava de estar presente.
Imediatamente,
combinamos de ir a festivais de música em vilarejos remotos na América do
Sul e acompanhar meus estudos universitários em Paris.
Estas são algumas das
coisas que ele me ensinou naqueles anos de aventuras:
Todas as linguagens
de computador são feitas de zeros e uns.
A couve-flor é
realmente uma flor.
Leva oito minutos
para a luz solar chegar até a Terra.
Eu não sei o que o fez reagir daquela
maneira por causa da mancha no lábio do nosso filho naquele
dia. Foi talvez a exaustão de um pai de primeira viagem? Nenhum de nós
dois dormiu mais de cinco horas seguidas durante meses. Certa preocupação
parecia normal. A questão era: quando é que demais era, de fato, demais?
Nos anos seguintes, Mike revelou
aquele grau de ansiedade que o tornava incapaz muitas
outras vezes, quando descobertas insignificantes provocavam o fim do mundo.
Toda vez, ele entrava em pânico e depois ficava desanimado,
como se o pior resultado possível já tivesse acontecido. Toda vez, eu o
tranquilizava até que o medo passava. Horas mais tarde, meu marido lógico
e confiável voltava.
Então, fiquei grávida de novo. Assim que soubemos
que havia outra criança a caminho, a ansiedade de Mike se
tornou mais do que um visitante ocasional: ela realmente se instalou entre
nós. Recentemente, havíamos comprado em Seattle uma casa tamanho
família com um quintal, e de repente ele começou a ver perigos em
toda parte.
Em um dia de
fevereiro, ele jogou um pedaço de madeira deixado pelos donos
anteriores ~dentro do fogão a lenha e depois correu para ver na internet sobre
os perigos em potencial de queimar madeira de sobras. Vinte minutos mais tarde,
ele apareceu com o rosto meio cinzento e tremendo. “Ah, não”, ele disse,
despencando no chão.
“O quê?”
“Me desculpa. Sou um
completo idiota. A madeira que coloquei no fogo? Provavelmente foi tratada com
arsênico”.
O que significava?
Nunca tinha ouvido falar de pessoas que morreram por queimarem madeira em seu
fogão a lenha, mas o que é que eu sabia? “Por que você não pensou nisso antes
de queimar a madeira no fogão?”
“Não sei!”
“Não vai ter nenhum
problema”, eu disse. “Não vamos morrer por causa disso”.
“Você tem certeza? Me
prometa que eu não acabei de envenenar a nossa família”.
Eu prometi, várias
vezes, mas levou dias para ele se acalmar. Nós não pudemos tocar no
fogão a lenha por todo o resto do inverno.
E não foi apenas o fogão. Mike passou
a se apavorar com qualquer coisa que, segundo ele, poderia nos
fazer mal. Quando chegou o verão, ele nos proibiu de comer os mirtilos dos
arbustos do nosso deque porque a madeira nos canteiros poderia ter sido
tratada com arsênico e este poderia ter absorvido pelo solo. As preocupações com
envenenamento de comida e de botulismo significaram que nós tínhamos de
jogar os alimentos perecíveis perto da data do vencimento. Sempre que
saímos para viajar, ele sempre precisava voltar em casa para verificar o forno
e as portas. Ele via plantas venenosas no nosso bairro e nos fazia ficar
bem longe delas.
Algumas coisas que aprendi sobre medos racionais
(e irracionais):
O arsênico pode
realmente envenenar as pessoas, mas são necessários anos de exposição, mais
comumente por água contaminada.
O botulismo leva
cerca de 72 horas para começar a paralisar os músculos.
O veneno da cicuta
(planta) pode começar a matar no prazo de uma hora.
Quando uma pessoa na qual confiamos começa a agir
de modo irracional, a coisa se torna desestabilizadora. É
claro que havia sempre um pouco de verdade em suas preocupações. Por outro
lado, eu não tinha nenhuma razão para acreditar nas horríveis coisas que
ele temia viessem a acontecer, mas também não podia provar que não pudessem. E,
se você procura na internet para justificar os seus medos,
ela em geral o faz.
Eu sabia que os seus temores eram uma decorrência
do seu amor e do desejo de nos proteger, mas era impossível conviver com
isso. Várias vezes ao dia, ele surtava a respeito de alguma
ameaça obscura que jamais teria passado pela minha cabeça. Tentava
tranquilizá-lo, encarando a coisa de maneira lógica, enfatizando que os
seus medos eram ridículos.
Pela primeira vez no nosso relacionamento,
comecei a esconder coisas dele (pois é, eu comia os mirtilos do deque).
Enquanto Mike se preocupava por tudo que pudesse nos prejudicar, eu me
preocupava com ele. A nossa vida se tornou uma questão de sobrevivência diária,
superando as crises do momento. As pessoas preocupadas não fazem planos e nem
vão em busca de aventura.
À medida que a minha barriga crescia, a ansiedade de Mike se
tornava mais frequente e maior. Ele começou a falar com um terapeuta, mas
isso não adiantou. As minhas tentativas de tranquilizá-lo não eram mais
suficientes; ele mergulhava numa espiral de medo, vasculhando
a internet durante horas. Comecei a pensar se deveríamos viver separadamente,
porque ele aparentemente não conseguia suportar o medo de viver conosco.
A ironia é que a
obsessão com a segurança pode, na realidade, tornar as pessoas menos seguras
porque elas se tornam tão concentradas em um problema imaginário que
não veem o problema real. Quando ele deixava o nosso filho na pré-escola,
Mike temia que ele machucasse acidentalmente alguém, sem se dar conta. Em vez
de prestar atenção na estrada, ele passou a olhar obsessivamente no espelhinho
do retrovisor.
Pedia para
ele parar de se preocupar e prestar atenção na direção.
Quando expliquei a situação ao meu terapeuta, ela
recomendou que procurasse alguém especializado em transtorno obsessivo-compulsivo,
TOC, que Mike e eu conhecíamos um pouco. Mas o que imaginávamos saber era a
versão cinematográfica; lavar as mãos com frequência, ligar e desligar as
luzes, evitar de pisar nas rachaduras. Estes não eram os problemas de Mike.
Além disso, as pessoas muitas vezes associam o TOC
a uma “esquisitice”. Como poderia meu marido distraído, com
suas pilhas de roupas sem dobrar, ter TOC?
Um especialista explicou que a obsessão de
Mike não era a limpeza, mas a segurança, principalmente a respeito
de contaminação e envenenamento. As suas compulsões eram a pesquisa e
a busca de reconfirmação. Como uma droga que vicia, a reconfirmação
tinha cada vez menos efeito, portanto ele exigia cada vez mais para superar o
medo.
Por isso, sempre que
eu prometia a ele que tudo acabaria bem, na realidade, estava alimentando o seu
distúrbio.
O que aprendemos com o TOC:
Os sintomas em geral
surgem durante a infância ou a adolescência, mas também podem surgir na vida
adulta.
Uma vez que os
sintomas começam a aparecer, costuma levar diversos anos para as pessoas
receberem o diagnóstico e o tratamento corretos.
Felizmente, o tratamento pode ser
muito eficiente.
Na nossa primeira consulta com o especialista,
fizemos uma lista de todas as coisas que mais preocupavam Mike e as colocamos
em ordem de importância. Depois, começando com as mais fáceis, ele passou
a encarar os seus medos e a sentir apenas desconforto.
Ele comia uma amora
não lavada. Começou a levar sapatos sujos de lama (e germes) na entrada da
nossa casa. Acendia o nosso fogão a lenha há muito tempo em desuso. Com a ajuda
de ansiolíticos, ele conseguiu mudar as suas reações a essas situações e a
outras que anteriormente o deixavam imobilizado.
Mike ainda tem surtos de ansiedade, mas
agora temos um protocolo, e isso provavelmente salvou o nosso casamento,
principalmente no estresse da pandemia. Quando ele fica ansioso de maneira que
é possível virar problema, ele usa uma frase como um código para se afastar das
crianças (”Papai precisa consertar alguma coisa no quarto”).
Depois de sair, ele
chama um amigo ou um membro da família para ouvir “uma perspectiva de uma
“pessoa razoável” a respeito do que fariam nessa situação. Depois,
ele deve fazer o que essa “pessoa razoável” faria, o que, em geral, é
absolutamente nada.
Também compartilha
amplamente a sua história, e me encoraja a fazer o mesmo, na esperança de que
os outros possam beneficiar-se disso.
Os nossos filhos agora têm 6 e 2 anos. Ambos
herdaram o enorme sorriso de Mike, o seu dom da palavra e o seu
prazer em aprender como as coisas funcionam. Também podem ter herdado a sua
predisposição ao TOC.
Aqui estão as lições mais difíceis que
aprendi:
Nem sempre podemos
proteger as pessoas que amamos, por mais que nos conheçamos.
Os nossos planos – e as nossas vidas – podem se
desfazer em um instante. / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA
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