domingo, 1 de novembro de 2009

Falando de religiões

Para mim uma definição que exprime bem o que vem a ser religião é o conjunto de crenças de uma pessoa ou grupo que se expressa pela vida. 
Isso quer dizer que eu sendo ateu, sou religiosos. Como Deus não exclui ninguém a religião também não pode excluir alguém. Assim a Ateísmo ou Agnosticismo passam a ser um religião, não importando se acreditam ou não em Deus.
As religiões são meios que Deus forneceu para que informasse aos homens os seus objetivos nessa terra agressiva e violenta.
A pergunta é; Por que? Para que ele precisaria avisar ao homem o objetivo da vida?
Assim voltamos aos primórdios da vida humana na Terra.
Um troglodita, seja ele, pitecus, erectus, sapiens, não importa, para poder sobreviver deveria se adaptar a uma selva agressiva e violenta que o rodeava. Seu objetivo primário era comer, se alimentar, assim sai a caça de comida, para sua alimentação. Como somos animais sociais vivíamos em conjunto com outros, normalmente parentes, mas não dentro da harmonia que conhecemos, mas de uma forma competitiva e política como os chimpanzés. Onde o descuido o líder era motivo de regalia para os menos afeitos a fortaleza do macho alpha.
Assim temos a índole agressiva e violenta, que as religiões de uma forma geral não nos informaram mas tentaram molda-la conforme a conveniência de seus lideres. 
O objetivo das religiões é modificar os homens, tornando-os mais civilizados, prósperos e fraternos. Para que isso ocorra a inteligência é um dos atributos importantes dessa premissa. Então o desenvolvimento intelectual é um dos objetivos primários da evolução humana. 
Instintivamente somos prósperos, pois sempre procuramos o melhor, mas isso causa um certo embaraço, pois podemos achar que o melhor é uma roupa de grife de trocentos milhão, quando um jeans e uma camiseta comuns são o que nos trará felicidade.
A referencia que faço é que procuramos o melhor, porém esse melhor se baseia em nosso desenvolvimento e alguns meios matérias são necessários para que possamos atingir esse meio, como um livro, um instrumento musical, uma caixa de lápis de cor, um carro, uma bicicleta, uma geladeira, uma faculdade(diploma).
O mais comum é desejarmos isso tudo ao mesmo tempo. Cada pessoa se encontra aqui com um interesse especifico, pois é o meio que dispõe para poder evoluir e se transformar.
Assim como não conhecemos todas as premissas possíveis dentro da mente humana, não podemos criticar quem quer que seja e assim a ditadura da imposição de idéias tem que ser feita com responsabilidade. Coerente são os orientais de uma forma geral que não lhe dão a formula de agir, mas criam um enigma para que possa pensar e assim chegar a resolução de algo mais produtivo para si.
Assim o que o ocidente nos impõe como formula de felicidade é apenas o meio de conhecermos uma patamar mais alto do que o que nos encontramos agora. Não nos fornece o meio de o atingirmos, apenas nos mostra onde ele está.
Esta definição é uma premissa do grosso das religiões ocidentais e não algo definitivo.
Quando olhamos para a religiões orientais percebemos uma premissa distinta das ocidentais. Elas se baseiam na descoberta humana, seu potencial físico e intelectual, não o tratando como um miquinho amestrado, mas confiando na sua intelectualidade. Mas não lhe dá um caminho ou um patamar para que se baseie nele, apenas lhe fornece técnicas para que chegue a premissas pela sua experiência e vivencia e assim se completa no caminho da vida. 
Assim a religião hindu caminho por inúmeros labirintos da mente humana e espiritual, tendo uma enorme gama de deuses e ramificações que tentam visualizar o homem em seu todo.
Disso podemos concluir que a religião ocidental acresce à religião oriental assim como o oposto também é verdadeiro. Uma complementa a outra. Uma da o caminho das pedras a outra mostra onde esta o fim do caminho. 
Agora se elas são tão idênticas, como em uma visão terrena são tão diferentes?
Elas carregam em seu bojo a cultura das pessoas que as escreveram ou informaram.
Um exemplo simples e fácil de se verificar é olhar o Evangelho de Matheus e o Evangelho de João. Ambos foram apóstolos de Jesus, um era um coletor de impostos o outro um adolescente, que sofreu a influencia direta das palavras de Jesus.
O texto de Matheus é mais racional e descritivo, já o de João é mais sensível sublime. O primeiro fala a mente o segundo fala ao coração.  Cada vez que for lido será interpretado de uma forma, pois a cada momento somos diferentes e assim analisamos ou compreendemos de forma distinta o que esta escrito.
Por isso o que foi escrito teve a interpretação inconsciente do seu escritor. Por mais neutro que o profeta, rabi, médium oráculo, deseje ser ou colaborar ele não pode evitar o que é e a experiência que carrega pela vida que passou. Assim temos inúmeras seitas e variações de interpretações pelos lideres de uma organização religiosa.
Uma coisa que devo ressaltar. Deus e os anjos que seguem a premissa divina cuidam do que é domínio divino, ie, do que foi criado por Deus. O dinheiro não é uma criação de Deus. Trata-se de uma civilidade criada pelo homem para procurar por justiça no momento da compra e venda de produtos, assim Deus não procura agir sobre o dinheiro, pois não é seu filho. Isso não  quer dizer que é algo endemoniado, mas algo como um remédio que tem efeitos colaterais. 
Deus agirá para que tenha boas idéias e força de vontade para achar o caminho que lhe permita ganhar o seu sustento, mas não fará ganhar na loteria.
Quando Moisés pede o dizimo (http://pt.wikipedia.org/wiki/Dízimo) não pede para si, mas como um imposto como um governo que se valeria para cuidar das coisas do religioso e do templo e dos necessitados. Como sempre se peca no uso do prioritário e assim se encontra inúmeras distorções sobre o assunto.
O dirigente de uma entidade religiosa atualmente deve ter um trabalho remunerado, onde ele exerça em horário comercial sua atividade de sua escolha e que ao terminar seu turno possa dedicar à comunidade de forma voluntária seu trabalho religioso, permitindo que o dizimo recebi se reverta para uma instituição com programa e objetivo que possa auxiliar com êxito quem necessite de seus serviços, e logicamente quem nela trabalhar receberá seu salário como um trabalhador contratado. E este dinheiro deve reverter também para o pagamento do aluguel, água e luz além de impostos se existirem, como do conserto necessário do prédio da casa de orações. Desta forma se prioriza os objetivos e não se comete deslizes pela ganância de tanto dinheiro fácil.


  

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