domingo, 29 de novembro de 2009

O Positivismo ou o Otimismo.

Esta semana a Veja veio com a matéria de capa falando sobre os livros de auto ajuda, e como matéria das páginas amarelas um entrevista com Michael J.Fox, sobre a sua luta contra o Parkinson, que o obrigou a deixar a carreira de ator, fazendo participações esporádicas.
O positivismo é uma coisa boa, pois nos abre portas e dificulta que não gostem de nós. Mas como conquista-lo?
Esse é o maior número de problemas das pessoas. Normalmente são sempre as mil maravilhas até que se conteste algo de seu comportamento ou se seja comentado algo contraditório de suas crenças. Quando uma pessoa tenta ser positiva, notamos em seu intimo uma certa agressividade, uma coisa ou característica que destoa de toda aquela pseudo alegria. Trata-se de um alegria nervosa. Forçada. Por obrigação.
Foi o que Jesus comentou que este povo me reverencia mais com a boca que com o coração. E por incrível que pareça ele deu a solução do mistério. O Perdão.
Muitos agindo assim apenas vislumbrando o social a civilidade tornam-se excelentes atores, pois habituam a esconder com perfeição todos os seus sentimentos reais. Maquiavel (Niccolò Machiavelli ) descreve bem esse sistema em seu livro intitulado Príncipe. Os aristocratas tinham que dissimular seus sentimentos para poder conquistar o seu interesse específico. Pois tratava-se da estratégia a ser seguida para poder arregimentar maiores recursos dos aliados ou causar enormes prejuízos aos inimigos. Atualmente chamamos de "politicagem".
Assim mantemos uma capa dentro de um sorriso que nada quer dizer com a verdade de nossos sentimentos ou esperanças. Assim qualquer critica ao nosso comportamento nos faz fugir da presença dessa pessoa, pois sabemos que somos frágeis para mantermos nosso comportamento social.
Quando vemos uma criança e notamos a sua alegria de viver a felicidade da descoberta e o esquecimento das rugas do caminho ficamos sensibilizados com essa alegria que nos acalma o coração. Assim Jesus fala sobre a as crianças. "Deixai vir a mim as criancinhas, pois é dela o reino dos céus."
Como a maioria das religiões são reencarnacionistas e a judaica é reencarnacionista, a cristã como segue os preceitos de Moisés também é. Cristo não poderia estar falando dos espíritos que ali estavam que poderiam ser muito velhos, terem vários milênios de vivência. Ele só poderia estar falando sobre o esquecimento das ofensas que praticamente é automático na criança, permitindo que sejam alegres e felizes preservando sempre a esperança. E conclui que aquele que tiver o mesmo espírito ou animo das crianças entrará no reino dos céus. Evidentemente sem a ingenuidade que a caracteriza.
Mas como conseguir isso. Não é esquecendo os problemas, mas se perdoando por não saber lidar com eles. Não é se submeter a ele, pois isso define a culpa e não a vida. O conformismo é momentâneo, isto é, apenas o suficiente para olhar e ver como estamos agindo e assim podermos mudar a rota do evento, alterando o seu caminho. Tudo é feito no sentido experimental onde imaginamos uma forma e aplicamos e definimos o resultado como positivo ou negativo e assim vamos tateando até o objetivo ser conquistado.
Buda fala que o problema esta contido no desejo e para podermos meditar devemos deixar o desejo de lado, nos tornando livres. Quando desejamos, impomos nossa verdade sobre o universo ou forças que desconhecemos ainda. Assim o desejo é uma agressão. Jesus fala que o desejo vem para nós, pela fé. Ele compara os lírios do campo e as aves do céus.
Como isso ocorre? Através da serenidade. A Serenidade é um sentimento que se adquire pela liberdade de seus sentimentos, ie, sem culpas ou projetos mal realizados ao longo da vida. É o famoso "estar com a consciência tranquila". Não quando queremos impor nossa verdade quando citamos aos outros, pois é arrogância. Mas fazermos aqui o que podemos, que somos capazes, que temos capacidade para realizar. Que os nossos talentos nos permitem. Para encontrarmos esse talento basta nos observar. Seguindo os talentos teremos grande condições de atingirmos o sucesso profissional e de vida. E sermos humildes o suficiente para dizermos que não sabemos fazer, se esta acima de nossa cultura ou meios físicos para realizar.
Tem ainda o aspecto da culpa em si. Ao longo do caminho somos magoados e magoamos, vencemos e somos vencidos, perdemos e ganhamos. A questão é que não nos desculpamos pela derrota e não perdoamos quem nos derrotou.
Isso se retêm dentro de nós e nos mantemos em estado constante de alerta. Ao nos perdoarmos e perdoarmos o outro nos livramos dessas amarras e aos poucos vamos conquistando a nossa serenidade e auto confiança e assim o positivismo tão decantado. Todos somos úteis.
Não existe uma explicação científica que confirme isso, mas apenas a ciência a define como potencial, como uma força bruta que pode vir a ser útil, mas que depende de nós conquista-la.
Assim perdoar é um caminho difícil pelo nosso orgulho, mas é o meio que temos de viver com serenidade, sucesso e otimismo. E esta é uma conquista que não é abalada no futuro por vendavais momentâneos da inveja alheia.
Só quero ressaltar que ao admirar alguém você passa a ama-la, não deseja-la , mas ama-la, quando você inveja alguém você destila o ódio dentro de si. Assim não se reprima nos sentimentos, mas tenha humildade para se perdoar e assim achar o caminho que poderá solucionar o seu descaminho momentâneo. 

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