quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Gostaria de falar um pouco sobre o PERDÃO

A base de toda a religião Cristã é o perdão e o amor.
O perdão é uma coisa difícil, pois a frase de Jesus que o exprime sem deixar dúvidas é "mostrar a outra face"
Por que ele falaria isso?
Nós somos animais que aprendemos errando. Assim erramos mais do que acertamos. Além disso temos o nosso instinto que se expõem, quando não conseguimos controla-lo a contento. Acabamos ofendendo outros sem percebermos.
Temos um sistema de defesa que nos alerta quando estamos sendo atacados mesmo sutilmente. As vezes esse sistema se engana ou as vezes ele falha e assim julgamos erradamente uma situação. Acabamos cometendo um erro com o outro ou sendo ludibriado por alguém que deseje algo de nós.
Quando esses fatos ocorrem o pior é a mágoa que possa acarretar. Se gerar rancor a situação se torna pior, pois o rancor gera a vingança. E a vingança não se apaga.
Nunca nos vingamos com eficácia de alguém. Sempre sobra alguma coisa. Além disso ele vai com toda a certeza se defender e isso nos causará transtorno. Assim a vingança não cessa. Nem mesmo com a morte. Mas a explicação disso segue em outra etapa.
Por que a vingança não cessa. Por que o problema não é o outro, mas nós.
A dificuldade é acordar do torpor da raiva, para enxergarmos a realidade. quando desejamos nos vingar queremos mostrar que somos mais capaz que o outro para podermos colocar o outro em seu devido lugar. Uma afronta com jeito de justiça, mas que é vingança.
Quando bradamos que desejamos justiça estamos apenas pedindo que sejamos vingados por outros, seja um ser etéreo superior ou algum poder governamental superior. É apenas vingança.
Há a necessidade de leis e de sistemas judiciários na Terra, mas as leis divinas são mais completas, pois elas permitem o arrependimento do algoz e a compreensão de uma outra realidade que não aquela que ele imagina.
Na terra há a necessidade de oprimir as ações nefastas ou que possam prejudicar a outro, para que possamos ter um civilização, mas o ideal quando ocorre a punição seria a tentativa da recuperação do indivíduo para que possa se tornar um cidadão útil à sociedade e não incorrer novamente em ilícitos, isso irá moldando o seu egoísmo e permitindo que seja mais participativo e útil.
Quem carrega a vingança dentro de si, vive perpetuamente em estado de ódio, infestando toda sua máquina química com este sentimento reduzindo a capacidade dos órgãos, com isso reduzindo sua longevidade.
Se notarmos, vivemos naquele passado distante, onde o erro de termos acreditado naquele que nos traiu ou ofendeu, tornando-o presente, perpetuo e imutável. É o nosso orgulho falando alto e não aceitando que ele, o orgulho, foi humilhado que isso faz parte da vida e que aquele que nos ofendeu tem seus problemas para ter agido daquele jeito. 
Ele esta certo? Ele está errado? Não sei. Eu não vesti as calças dele para saber das provações que deve ter sofrido na vida, para ter chegado a esse tipo de atitude. A vida o ensinará, pois essa é a função da vida.
Na realidade o algoz deve se perdoar, esse é o real motivo da vingança. A falta de perdão a si mesmo, por ter permitido que uma pessoa vã o prejudica-se, o rouba-se, o feri-se, o maltrata-se, o violenta-se, o puni-se, em fim tira-se proveito próprio sobre a nossa ingenuidade afrontando a sua fidelidade. O outro errou e nada mudará isso, por séculos, milênios isso ficará imutável e por mais que se vingue, nunca apagará o mal já feito. 
Assim temos mais é que nos perdoar para não sairmos nos vingando dos nossos desafetos e aprendermos algo de importante para que não mais sejamos vitimas de quem não merece a nossa amizade ou nossa consideração. 

Um comentário:

  1. Perdoe.Perdoe sempre.Mesmo que não possa corrigir todos os erros com relação a determinadas pessoas,mas pode sim, conhecer a natureza dele...Ninguém terá acesso ao meio divino sem antes perdoar a si próprio e a seus semelhantes.Toda oração, meditação, antes de mergulhar no silêncio externo e interno, deve ter um espaço para o perdão.A gente sempre se esquece dele! E outro no final, para a gratidão.

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