quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Um Deus competitivo.

Estava ouvindo Imagine de John Lennon. Lindo como sempre. Falando da utopia, da vida onde tudo seria maravilhoso, mas essa ilusão não existe.
Temos um mercado ou uma vida competitiva, onde se luta para conquistar o seu espaço. Onde o mais fraco morre de inanição por não conseguir conquistar o seu quinhão dentro da sociedade. Assim visualizamos inúmeras pessoas vagando pelas ruas das grandes cidades esmolando o cotidiano e desprezando a oportunidade da vida.
Eles são fracos? Não. São doentes, estão em depressão, por um amor não correspondido, por uma enorme desilusão ou por que seus inimigos assim desejarem.
Na verdade alguma ligação de seu passado se tornou viva no presente onde a sua culpa, ou melhor, a sua responsabilidade foi avivada e ele não conquistou o perdão necessário. São projetos de vida que mesmo pessoas dotadas de uma inteligência maravilhosa não conseguem lidar com o sentimento de desprezo ou culpa se responsabilizando pela sua falta de habilidade em lidar com a solução do seu problema. A prova a superar.
Existem aqueles que desejam ter a mordomia que tiveram em outras vidas e assim se colocam a mercê da inveja procurando tirar dos outros, aquilo que se acham no direito de ter. São pessoas que foram nababescamente apoiada por uma família abastarda e conivente, em outra vida.  Nessa vêm com a incumbência de formarem a sua própria fortuna baseada em sua força braçal e intelectual, mas sucumbem na ganância e na inveja, pois seu condicionamento do passado faz brotar o orgulho de suas entranhas e assim vêem em tudo o seu direito de obter. Infelizmente são pessoas que dão mais valor ao proveito material que a reestruturação de suas emoções como um triunfo dessa vida.
A sociedade encara o instinto de preservação, a fome, como o grande triunfo da vida. Ter o suficiente e o excedente para poder garantir a sua vida, a sua abastança, quando se esta aqui apenas para se aperfeiçoar e evoluir. São caminhos trocados de uma verdade que se apresenta como realista, mas que é apenas uma ilusão, pois confunde o objetivo do que estamos fazendo aqui.
Assim Deus continua colocando no Mundo pessoas como John Lennon que cantam a esperança, a humanidade, a civilidade do mundo sem que se tenha êxito na transformação terrena.
As coisas da vida devem ser vividas em equilíbrio sem grandes paixões, sem grandes desejos, mas com consciência e sabedoria, assim a Utopia de John Lennon será um dia uma realidade, mas para isso temos que transformar nossos sentimentos íntimos e profundos, e começarmos a dar valor ao que realmente importa e não ao que cremos ser a verdade do mercado.
Assim ao notarmos que somos animais que evoluímos de uma espécie distinta que estava adaptada a um sistema ecológico pré-definido e que com a mudança do meio o mais adaptado se firma como a espécie dominante e assim sobrevive. Temos um sistema agressivo e violento, mas que apenas com a reencarnação a justiça se espalha pelo mundo tornando Deus o ser Justo que tantas religiões pregam ou afirmam.

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